Produção aumenta em maio com retomada de fábricas paralisadas e anúncios dos novos “populares”
Produção nacional em maio registra alta de 27% sobre o mês anterior; exportações continuam em queda Em meio aos anúncios do governo sobre os novos carros “populares”, a produção de veículos cresceu em maio na comparação com o mês anterior. Segundo a Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), 228 mil unidades foram produzidas, representando alta de 27% sobre abril.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse em coletiva realizada nesta terça-feira (06) que três fatores colaboraram para a alta na produção em maio: a retomada de fábricas paralisadas, a expectativa dos incentivos do governo e mais dias úteis na comparação com abril. Confira os resultados abaixo:
Produção de veículos em maio/2023
A Anfavea repercute que maio começou aquecido nas vendas, superando em 13% os resultados de abril na 1ª quinzena. Neste período, os primeiros detalhes sobre o plano do governo para baratear carros zero-km foram divulgados.
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A partir da segunda metade de maio, as vendas caíram -16% pela expectativa dos novos “populares” Mesmo assim, 177 mil unidades foram vendidas em maio, contra 161 mil em abril.
O recuo de mercados que recebem carros brasileiros fez a importação cair -4,2% em 2023 na comparação com o ano passado. Até o momento, 191 mil unidades embarcaram para outros países, contra 199 mil do acumulado do ano passado. Segundo a Anfavea, os mercados internos com pior retração são Chile (-26%) e Colômbia (-24%).
Vendas e exportações em maio/2023
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O vice-presidente Geraldo Alckmin participou da coletiva da Anfavea e detalhou os planos do governo para carros novos mais em conta. A expectativa é que os modelos mais baratos tenham descontos de até R$ 8 mil.
Para pagar essa conta, o governo decidiu antecipar a reoneração do imposto sobre o diesel. Assim, em vez de aumentar os tributos em R$ 0,35 por litro apenas em 1º de janeiro de 2024, haverá um reajuste de R$ 0,11 por litro daqui 90 dias para subsidiar a concessão de créditos tributários aos fabricantes de carros.
Segundo o governo, o crédito total é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 500 milhões para carros populares, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Quando o crédito esgotar, o programa será encerrado.
Segundo Alckmin, os critérios para a contemplação dos créditos que variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil no preço final do veículo são os mesmos da antiga proposta:
preço (quanto menor, maior o desconto);
eficiência energética (quanto mais sustentável, maior o desconto);
densidade industrial (quanto maior o volume de peças nacionais, maior o desconto).
De acordo com o vice-presidente, o preço dos carros populares pode atingir patamares abaixo dos R$ 60 mil com outros descontos e promoções das fabricantes.
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