Sedã elétrico tem quase 5 metros de comprimento e é equipado com baterias da BYD A China tem 1,4 bilhão de habitantes. Então, qualquer evento tem potencial de reunir muita gente. E o Salão do Automóvel de Pequim não é diferente. Mesmo nos dias voltados para a imprensa, o pavilhão da capital lotou. E nenhum lançamento da mostra atraiu tantos olhares como o Xiaomi SU7.
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O sedã foi lançado oficialmente em março, como primeira aposta no mercado automotivo da marca de eletrônicos. Teve ascensão meteórica e mais de 90 mil reservas em apenas 24 horas após o anúncio. No entanto, a empresa de tecnologia se surpreendeu ao ter cerca de 55% dos pedidos cancelados. Autoesporte agora teve a oportunidade de conhecer do modelo durante o Salão de Pequim e e te conta os detalhes.
Fila para ver o Xiaomi SU7 no Salão de Pequim, na China
Leonardo Felix/Autoesporte
Vale dizer que essa é a primeira aparição global do SU7. Até por isso, foi preciso organizar uma fila no estande da Xiaomi para que os convidados pudessem conhecer o sedã elétrico. Afinal, é o primeiro carro da empresa chinesa de tecnologia, que já prepara outros lançamentos.
E como é o Xiaomi SU7?
Feito sobre a plataforma Modena da Xiaomi, o SU7 tem 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,45 m de altura e 3 m de entre-eixos. Ou seja, é maior que o Tesla Model 3, seu principal rival, em todas as dimensões. O porte também o coloca como rival do BYD Seal, por exemplo. Este último, aliás, disponível no Brasil.
Xiaomi SU7 no Salão de Pequim
Leonardo Felix/Autoesporte
O sedã da marca chinesa ainda oferta um porta-malas dianteiro de 105 litros de capacidade, bem como um traseiro com 518 litros. Entretanto, um dos destaques é o design, com estilo que remete ao Porsche Taycan, com uma pegada cupê. O modelo tem faróis de LEDs pontiagudos, entradas de ar no para-choques e lanternas conectadas com o nome da Xiaomi.
Já a cabine é bastante sofisticada, graças ao estilo mais retilíneo do painel, que comporta a central multimídia de 16,1 polegadas com resolução 3K. Esta traz o sistema mais atualizado da Xiaomi, por sinal, o mesmo usado nos celulares da marca. Em termos de equipamentos, o sedã tem uma lista de assistência ao motorista. Na versão topo de linha, Max, por exemplo, há o sistema ADAS Xiaomi Pilot Max, que traz sistemas inteligentes.
Xiaomi SU7 tem design minimalista e refinado na cabine
Xiaomi
Mais de 800 km de autonomia
Ao todo, são três configurações disponíveis no mercado chinês. Todas elétricas e duas delas equipadas com baterias Blade da BYD. Na versão de entrada, Standard, o SU7 traz um motor elétrico de 295 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. A bateria é 73,6 kWh, que entrega uma capacidade de alcance de 700 km com uma única carga (no ciclo chinês).
A versão intermediária Pro tem o mesmo propulsor da versão de entrada. No entanto, a bateria é de 94,3 kWh, que permite um alcance maior, de 830 km. O maior das três configurações.
Por fim, a topo de linha Max oferta dois motores elétricos. Ou seja, tem tração integral (AWD). Neste caso, são 663 cv de potência e 85,5 kgfm de torque. A bateria é CATL Qilin de 101 kWh. Assim, a autonomia média é de 800 km no ciclo chinês. De acordo com a empresa, o 0 a 100 km/h é feito em 2,78 segundos e a velocidade máxima é de 265 km/h.
O Xiaomi SU7 está disponível na China em três versões com preços que partem de 215.900 yuans e chegam a 299.900 yuans. Ou seja, algo em torno de R$ 150 mil e R$ 210 mil, respectivamente. Desta forma, chega a ser mais barato que o rival direto, o Tesla Model 3, disponível por 245.900 yuans (cerca de R$ 170 mil).
Sucesso, mas polêmico
Xiaomi SU7 tem faróis de LED pontiagudos e design cupê
Leonardo Felix/Autoesporte
Embora tenha estreado no mercado há menos de dois meses, o Xiaomi SU7 passa por diversas reviravoltas. Um dos motivos para que clientes cancelem seus pedidos é a demora na entrega. Segundo a empresa, o prazo máximo para receber o modelo é de 31 semanas. Ou seja, até sete meses de espera para ter o carro na garagem.
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A produção da fábrica da Xiaomi em Pequim, na China, não está dando conta do alvoroço que o foi o lançamento do SU7. Segundo a imprensa chinesa, a capacidade de produção chega a apenas 300 carros diariamente.
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Outro motivo que pode interferir na onda de cancelamentos é que diversas unidades do SU7 estão se envolvendo em acidentes. Vídeos onde o carro perde o controle ou demonstra problemas na suspensão começaram a surgir logo após o início da fase de testes.
Por fim, a terceira razão é que, logo após apresentar o SU7, a Xiaomi divulgou que vai lançar um SUV em breve. O modelo também será elétrico e feito sobre a mesma plataforma do sedã. A estratégia de anunciar o lançamento de outro veículo durante a estreia do SU7 não foi uma boa escolha. Isso porque a jogada pode ter atrapalhado as vendas do sedã.
Xiaomi SU7 é elétrico rival de Model 3 e Seal
Divulgação
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