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Teste: Toyota Bandeirante era “indestrutível” e não tinha medo de nada

07/09/2025
Teste: Toyota Bandeirante era “indestrutível” e não tinha medo de nada


Se a Toyota tem o respeito dos brasileiros, com a fama de fazer carros de confiança e que não quebram, tudo começou por causa do Bandeirante, um dos veículos mais importantes da história da indústria automotiva nacional. Autoesporte dirigiu — com exclusividade — a última das 104.621 unidades do modelo produzido em São Bernardo do Campo (SP), entre 12 de novembro de 1962 e 28 de novembro de 2001. A história do jipão começa antes, em 1951, ainda com o nome BJ.
Para provar a resistência desse veículo com projeto de caminhão, o piloto de testes da Toyota, Ichiro Taira, dirigiu um protótipo até a sexta estação do Monte Fuji, no Japão, a mais de 2,5 mil metros de altitude. Foi o primeiro veículo do mundo a atingir essa altura. O teste foi supervisionado pela Agência Nacional de Polícia (NPA) do Japão.
Impressionada com o feito, a NPA fez um pedido de 289 BJ para a patrulha oficial do Exército japonês. Até 1953 o jipe foi exclusivamente de uso militar. A partir de então, entrou em fabricação para uso civil com o nome de Land Cruiser.
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No Brasil, o modelo chegou em 1955, mas não pelas mãos da Toyota, e sim por meio da Sociedade Comercial Arpagral Ltda., que tinha um galpão no bairro do Ipiranga, na capital paulista. A empresa importava o chassi do Land Cruiser para montá-lo com motores diesel da Mercedes-Benz. A demanda pelo jipão começou a crescer e a Toyota só entrou em cena a partir de janeiro de 1958, quando abriu seu primeiro escritório, no centro da cidade de São Paulo.
Toyota Bandeirante teve produção encerrada em 2001
Renato Durães
Em dezembro daquele mesmo ano, a fabricante inaugurou sua primeira linha de montagem, também no bairro do Ipiranga, para fazer o Land Cruiser no regime CKD (Completely Knock-Down), que é quando o veículo vem importa- do todo desmontado em caixas e é montado aqui. Essa foi a primeira vez na história que um modelo da Toyota foi produzido fora do Japão — apenas 21 anos depois da fundação da empresa, em 1937.
Em 1961 a Toyota comprou o terreno em São Bernardo do Campo para construir a fábrica e, a partir de 1962, quando ficou pronta, o jipão começou a ser produzido de fato no Brasil. Então, o nome foi alte- rado de Land Cruiser para Bandeirante.
Toyota Bandeirante de 2001 tem o câmvio manual
Renato Durães
A Toyota não revela o motivo da troca de no- me, mas a principal teoria é de que teria sido uma homenagem aos bandeirantes, desbravadores do interior do Brasil nos séculos 15 e 16, já que o Bandeirante era um veículo capaz de enfrentar qual- quer terreno. E foi isso que aconteceu.
O Bandeirante chegou e logo começou a fazer parte da vida dos trabalhadores em todos os cantos do país. Ao longo das décadas, o Bandei- rante teve diversas carrocerias: capota de aço e chassi curto, capota de lona e chassi curto, chassi médio, chassi longo, picape com chassi curto, picape com chassi longo, picape com cabine dupla e caçamba curta, picape com cabine dupla e caçamba longa e tantas outras configurações. Até a década de 1990, o Bandeirante só usou motores de quatro cilindros a diesel da Mercedes-Benz (da família OM) derivado dos caminhões.
Toyota Bandeirante tem motor que compartilha peças com caminhão
Renato Durães
O primeiro motivo para essa opção da Toyota foi a robustez desses motores; e o segundo, porque naquele tempo a Mercedes dominava a venda de caminhões no Brasil, ou seja, deixava o mercado de reposição de peças bem servido, o que facilitava a manutenção. De 1962 a 1973, o Bandeirante usou o motor OM-324, um 3.4 de 78 cv e 17,5 kgfm.
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Em 1973, ele foi substituído pelo OM-314, um 3.8 de 85 cv e 24 kgfm. De 1990 a 1994 foi a vez do OM-364, um 4.0 de 90cv e 27 kgfm. Nesse período, teve sempre câmbio manual de quatro ou cinco marchas e tração 4×2 ou 4×4, dependendo da configuração. Foi somente a partir de 1994 que o Bandeirante passou a ter um motor da Toyota: o 14B, que equipa essa icônica última unidade produzida.
Última unidade doToyota Bandeirante tem apenas 50 km rodados
Renato Durães
O 3.7 de quatro cilindros a diesel tem 96 cv, 24,4 kgfm, câmbio manual de cinco marchas e tração 4×4 com reduzida. Esse último Bandeirante é da versão com chassi curto (3,93 m de comprimento) e está guardado como item de museu na fábrica de Sorocaba (SP). Tem só 50 km rodados no hodômetro — pelo menos tinha até Autoesporte o dirigir.
Com carroceria na cor Azul Pacém, o jipão é cheio de acessórios, como bancos de couro preto, gancho para reboque com cabo de aço de 40 m, quebra-mato, snorkel, farol de neblina, eixo traseiro flutuante, rodas esportivas, ar-condicionado, ar quente, tacômetro, relógio e rádio AM/FM digital.
Toyota Bandeirante 2001 tem a carroceria na cor Azul Pacém
Renato Durães
O banco dianteiro inteiriço deixa o motorista com o corpo em uma posição mais vertical, bem diferente dos carros atuais, mais semelhante a uma cabine de caminhão. Ao ligar o jipão, essa sensação é ainda maior com a vibração do motor na cabine e o cheiro de diesel no ar. Foram poucas voltas na pista de testes da Toyota, mas deu para sentir a essência do Bandeirante. Um veículo valente, com muito torque já em baixa rotação e engates precisos de marchas.
O asfalto liso faz o Bandeirante parecer um estranho no ninho, já que esse é o terreno menos desafiador para o jipão que se tornou referência de valentia e durabilidade de norte a sul do Brasil. O veículo que provou sua força subindo o Monte Fuji ganhou o respeito dos brasileiros: o Bandeirante passou a ser um ícone da indústria. Mesmo fora de linha há mais de 20 anos, ainda é um fiel companheiro dos trabalhadores brasileiros.
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