Yamaha XJ6: preços na Tabela Fipe, versões, manutenção e histórico

A esportiva da Yamaha já saiu de linha há 5 anos, mas deixou saudade. Vale comprar uma usada? Uma das motos mais desejadas do mercado é a Yamaha XJ6, que vendeu aproximadamente 21 mil unidades em no Brasil entre 2009 e 2019. O número não parece expressivo, mas é bom lembrar que estamos falando de uma esportiva de 600 cilindradas que ainda hoje é super valorizada no mercado de usadas. E Autoesporte faz um balanço de preços na Tabela Fipe, versões, manutenção e histórico do modelo.
A Yamaha XJ6 é tão desejada que seus preços ficam na faixa dos R$ 30 mil, tendo versões customizadas que podem chegar a quase R$ 50 mil. E a demanda pela XJ6 não diminuiu, mesmo após ela ter deixado o mercado em 2019.
Yamaha XJ6 é moto esportiva de 600 cilindradas que saiu de linha em 2019, mas ainda tem procura no mercado
Youtube/Autoesporte
Versões
A esportiva da Yamaha chegou ao mercado em 2009 com um motor de quatro cilindros de 599 cm³ que entregava 77,5 cv de potência a 10.000 rpm e torque de 6,1 kgfm a 8.500 rpm, que vinha da Fazer FZ6. Com esse propulsor, a XJ6 acelerava de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e atingia a velocidade máxima de 192 km/h.
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O câmbio era de seis velocidades com embreagem multidisco banhada a óleo e, apesar de nunca ter sido considerada concorrente da Honda CB 600 F Hornet, ela não fazia feio quando o assunto era potência, ficando apenas 10 cv atrás de sua rival.
Yamaha XJ6 acelera de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos e atinge velocidade máxima de 192 km/h
Divulgação
E foi com esse motor — que passou por algumas mudanças técnicas, mas não ganhou potência nem torque — que a XJ6 entrou e saiu do mercado quase uma década depois. O motor carregava um sistema de refrigeração líquida (o que é um ponto positivo), injeção eletrônica, cabeçote de alumínio com quatro válvulas por cilindro (totalizando 16V). Era praticamente um motor de carro popular com a metade da cilindrada. E existem duas grandes diferenças visuais entre as versões da XJ6.
Teste: Yamaha XJ6 N ABS, a 600 cc com uma bela sinfonia de um quatro cilindros
Yamaha XJ6 N
Yamaha XJ6 N é versão naked da moto esportiva que deixa motor e coletores de escape à mostra
Divulgação
Para muitos, essa era a opção mais desejada: o N significa naked (nua), que se traduz em uma motocicleta sem ou com pouca carenagem. A XJ6 N deixava o seu belo motor de quatro cilindros à mostra e, junto dele, dava para ver as belas saídas dos coletores de escape.
Na Tabela Fipe, o modelo 2009 tem média de R$ 32.264, enquanto de 2019: R$ 47.356.
Yamaha XJ6 F
Yamaha XJ6 F é configuração da motocicleta que se assemelha aos modelos de competição
Diculgação
A versão F, por sua vez, era totalmente carenada e dava para ver muito pouco de suas partes técnicas. Contudo, ela se assemelhava bastante a uma moto de competição.
A partir de 2013, a XJ6 recebeu um discreto facelift e ficou como a moto das imagens, passando por uma reformulação na lateral da carenagem, do tanque e do farol. O garupa também recebeu novas alças redesenhadas de liga leve e o revestimento do banco ficou mais aderente. O painel ganhou mostradores digitais de velocidade e computador de bordo, mas o conta-giros continuou analógico para evocar o aspecto esportivo.
Segundo a Tabela Fipe, os valores oscilam entre R$ 27.360 e R$ 36.810, dependendo do ano.
Ciclística
Diferentemente das Street, a XJ6 tem apelo mais esportivo, o que indica que ela exige uma posição de pilotar um pouco diferente, ou seja, o piloto tem que ficar um pouco mais deitado sobre a moto.
O tanque dela é razoavelmente grande, com capacidade de 17,3 litros, mas isso não impede o motociclista de “agarrar” a moto com as pernas, facilitando manobras de mudanças de direção. Com um consumo médio que gira em torno de 16 km/l (somente gasolina), é possível ter um alcance de aproximadamente 280 km com a XJ6. Não é muito, especialmente para quem utiliza a moto diariamente para ir e vir do trabalho na cidade, onde o consumo tende a ser mais elevado.
Yamaha XJ6 tem consumo médio de 16 km/l somente a gasolina; mesmo com o facelift de 2013, o conta-giros continuou analógico
Auto Esporte
Por ter torque e potência mais altos que as motos de entrada, a XJ6 não é uma motocicleta indicada para iniciantes, pois a eletrônica dela não é tão avançada e falta controle de tração, o que pode causar alguns sustos em motociclistas que ainda não estão acostumados com tamanha força. Apesar disso, pessoas de baixa estatura não sofrerão com a XJ6: por ter uma altura do assento de apenas 785 mm, a XJ6 serve com folga para pessoas de 1,70 m ou menos.
Pós-venda
Apesar de ser uma motocicleta com apelo esportivo, é comum encontrar unidades que tenham alguns equipamentos que não são originais. Por isso, checar quais itens extras foram instalados e a qualidade deles é importante para evitar futuras quebras.
Além disso, como já mostramos nesta reportagem sobre como comprar uma moto muito rodada, é importante pedir um laudo cautelar para o vendedor. Só com ele será possível determinar se a XJ6 que você deseja já passou por sinistros.
Uma compra que pode trazer mais tranquilidade para quem busca uma XJ6 é através do programa de seminovas da Yamaha que, de acordo com a fabricante, garante benefícios de uma zero quilômetro como garantia estendida de um ano, assistência 24 horas e a checagem de 25 itens da motocicleta.
Yamaha possui programa de benefícios para aqueles que queiram adquirir uma moto seminova da marca
Yamaha
Por já ter saído do mercado há um tempo, as concessionárias não praticam mais o preço tabelado de revisão que a XJ6 tinha quando ainda era comercializada como zero quilômetro. Por isso, para verificar exatamente o valor de cada manutenção programada, é preciso levar a motocicleta até uma revenda oficial e, por R$ 620 e duas horas de serviço, os técnicos verificam o que precisa ser feito (os valores podem mudar de acordo com a concessionária). Depois disso, ainda será cobrado o valor da revisão.
Uma coisa é certa: se tem o selo da fabricante, é provável que a moto usada esteja em bom estado. Se você optar por uma XJ6 do programa da Yamaha, lembre-se que a moto precisa ser revisada na concessionária para não perder a garantia.
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