Volkswagen vai usar base chinesa para fazer carros híbridos mais baratos

Parceiras no mercado chinês, Volkswagen e XPeng anunciaram que a plataforma para carros elétricos desenvolvida em conjunto pelas marcas também vai equipar modelos híbridos e somente a combustão. É uma variação da moderna China Electronic Architecture (CEA), que surgirá nos primeiros carros a partir de 2027.
Vale lembrar que este é apenas mais um caso de marcas tradicionais recorrendo à chinesas para ganhar competitividade no maior mercado do mundo (e não só lá). Stellantis e Leapmotor e GM e Saic são apenas alguns outros exemplos.
No caso de Volkswagen e XPeng, trata-se de uma base técnica de última geração que inclui direção autônoma, assistências ativas e passivas de segurança, sistemas de conectividade com atualização pela internet e até assistente digital com IA. Tal arquitetura ainda permite reduzir custos de produção pela maximização de sistemas eletrônicos simples, dizem as marcas.
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Até 2030, o Grupo Volkswagen espera lançar ao menos 30 carros com essa plataforma no mercado chinês, incluindo modelos da própria VW, Audi e também a AUDI, em letras maiúsculas e sem as quatro argolas, que é uma nova fabricante exclusiva para o mercado local.
Audi E5 Sportback é carro chinês que não tem as quatro argolas
VCG/VCG via Getty Images
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Ao que tudo indica, as marcas não têm planos de lançar essa plataforma fora do país. Isso porque, de acordo com a Volkswagen, a nova base técnica faz parte da estratégia “In China, For China” (“Na China, para a China” em inglês).
VW terá carros baseados na plataforma do SUV XPeng G9 no mercado chinês
Divulgação
A iniciativa também inclui a criação de um novo centro de desenvolvimento para carros híbridos e elétricos e uma empresa de tecnologia focada em software. O objetivo é acelerar processos digitais que permitam a implementação de novas tecnologias.
Volkswagen reforça presença no mercado chinês
Volkswagen tem três joint-ventures com marcas chinesas
Vitória Drehmer/Autoesporte
A parceria com a XPeng é uma das várias investidas da Volkswagen no mercado automotivo chinês, o maior do mundo. A marca alemã adquiriu 4,9% da fabricante chinesa em 2023 com o objetivo de melhorar a competitividade contra a BYD, atual líder de vendas no país — mas a expansão não para por aí.
Isso porque o Volkswagen Group China tem joint-ventures com as empresas Saic, FAW e Anhui — e mesmo fora dessas sociedades colabora com outras marcas, como a própria XPeng e até a Jac Motors.
É justamente a partir de uma dessas parcerias que nascerá a próxima geração da Amarok na América Latina. Como Autoesporte repercutiu, a picape feita na Argentina terá base chinesa desenvolvida pela Maxus, que pertence ao Grupo Saic. Deverá chegar às lojas em meados de 2027.
Resta saber se modelos feitos sob a nova plataforma da XPeng também terão chance fora do mercado chinês, o que é improvável. Ao todo, foram emplacados 31 milhões de veículos no mercado local em 2024, sendo 40% deles eletrificados.

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