Volkswagen Tera manual usa truque de Kwid e Onix para camuflar calotas

Versões MPI e 200 TSI do SUV mais barato da Volkswagen imitam rodas de liga leve em suas calotas para ficarem mais refinados Não é de hoje que as montadoras vêm trabalhando em soluções a fim de reduzir custos sem deixar de comprometer o visual mais, digamos, refinado. É uma arte. É como guardar uma geleia de mocotó caseira em um pote de Nutella. Brincadeiras à parte, a Volkswagen arranjou uma solução criativa para o Tera, usada por rivais, para que suas rodas de aço com calotas pareçam rodas de liga leve nas versões de entrada com câmbio manual: MPI e 200 TSI.
Essas belezuras ganharam notoriedade entre os anos 1960 e 1970, em carros esportivos e mais luxuosos. No entanto, suas origens remetem à década de 1920, por meio do Bugatti Type 35. O veículo tinha liga leve metálica, de alumínio, em conjunto único de aro. Justamente por isso, desde que surgiram, são sinônimo para velocidade e requinte.
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As rodas de liga leve se fazem presentes até hoje, comumente em versões mais caras de automóveis com propostas menos frugais. No entanto, mesmo configurações mais baratas de carros de entrada se valem da solução. Mas aí, leitor, é à base do famigerado “jeitinho”.
As rodas com calotas do Volkswagen Tera
Volkswagen Tera MPI: calotas devidamente posicionadas “camuflam” rodas de aço
Vitória Drehmer/Autoesporte
Veja o caso do Volkswagen Tera nas versões MPI, cujo preço sugerido é de R$ 99.990, e 170 TSI, que sai por R$ 116.990. Olhares mais distraídos certamente não notarão que os modelos têm rodas de aço com calotas. O mesmo se aplica ao Polo Track, ao Nivus Sense e às configurações mais acessíveis de Renault Kwid e Kardian e dos Chevrolet Onix, Tracker e Montana, por exemplo.
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As versões de entrada do Tera, assim como todos os carros citados, trazem calota de plástico que emula o visual de uma roda feita a partir de liga metálica. O grande truque se encontra, bom frisar, na forma com que a peça é posicionada, de forma a camuflar as boas, velhas e mais baratas rodas de aço.
Roda da versão de entrada do Renault Kardian, a Evolution MT: liga leve ou aço?
Divulgação
As calotas do Tera MPI, vale destacar, bebem da mesma fonte do Polo Track. Têm visual ligeiramente distinto, mas são pintadas em preto e escondem as rodas de aço calçadas por pneus 185/65 R15. Na versão 170 TSI fazem o mesmo, mascarando, neste caso, rodas de aço com compostos 205/60 R16.
Fontes ouvidas por Autoesporte garantem que o recurso, ao contrário do que o leitor pode acreditar, não foi feito para ludibriar ninguém. “É uma solução acessível encontrada para deixar o veículo com visual mais elegante, sem que perca sua identidade mesmo na versão mais barata”, comentou interlocutor da seara de design de uma montadora que preferiu não se identificar.
Chevrolet Tracker é outro modelo que tem calotas que camuflam rodas de aço
Vitor Matsubara/Autoesporte
Embora ainda um símbolo de status automotivo, a roda de liga leve gera, bom deixar claro, muitas dores de cabeça ao proprietário. Mais delicadas que as de aço, exigem técnicas distintas na hora de reparos com o objetivo de não comprometer estrutura e, tampouco, acabamento.
O lixamento na área danificada tem de ser feito por profissional, de modo cuidadoso. Além disso, rodas diamantadas, por exemplo, podem demandar usinagem.
Por isso, o redator é um adepto das rodas de aço. Têm manutenção mais barata e, camufladas por uma calotinha esperta de plástico, visual que emula a riqueza. É a união do útil ao agradável, da geleia de mocotó a uma réplica de pote da Dinastia Ming.
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(QUI) Calotinha do Tera de entrada (Citar tb Nivus Sense, Kardian, Onix, Kwid, Tracker, Montana)
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