Volkswagen quer ajuda de chinesas para não fechar fábricas na Alemanha

Após queda nas vendas e alta ociosidade, marca aceita negociar empréstimo de suas unidades na Europa A Volkswagen está disposta a permitir que marcas chinesas assumam algumas de suas fábricas com capacidade ociosa na Europa por meio de parcerias. De acordo com o Financial Times, o grupo alemão está em crise e vê alianças como alternativa para conter o declínio da produção.
Volkswagen: como o Brasil pode ajudar a sanar crise que começou na China
Com a queda nas vendas, a Volkswagen reduziu sua escala produtiva nas fábricas de Dresden e Osnabrück, na Alemanha. Um acordo foi feito com sindicatos em dezembro de 2024, permitindo o corte de salários e bônus. Tal medida foi tomada para evitar um desfecho ainda mais drástico, que resultaria no fechamento das unidades.
Volkswagen e parceria com chinesas
Agora, conforme o diretor financeiro David Powels contou ao Financial Times, a marca está aberta a negociar com os chineses para enfrentar a ociosidade. “Em um mundo dinâmico, precisamos manter todas as opções abertas”, afirmou o executivo, que também foi presidente da Volkswagen do Brasil até 2017.
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Assim como no Brasil, a União Europeia tem colocado barreiras nas vendas de carros elétricos chineses por meio de impostos e reajustes. Portanto, a abertura de uma linha de produção no continente seria uma alternativa para vender os EVs por valores mais competitivos.
Volkswagen Tayron foi desenvolvido em parceria com a SAIC e atende exclusivamente o mercado chinês
Vitória Drehmer/Autoesporte
A Volkswagen tem parcerias com marcas chinesas há décadas. Duas de suas maiores joint ventures são formadas com empresas do país asiático: a SAIC, desde 1984, e a FAW, desde 1992. Não há indícios de que as gigantes estejam envolvidas na negociação para incorporar as fábricas alemãs.
Como a China dominou o mercado global de baterias
A Volkswagen, inclusive, também está em crise na China. O volume das vendas diminuiu após o início de programa do governo para a produção de carros elétricos. Enquanto marcas como BYD, Geely e a própria SAIC se anteciparam à tendência, a empresa alemã continuou investindo em carros a combustão. Com o início da era eletrificada, o grupo alemão largou atrás das rivais.
Hoje, a indústria ocidental vê a BYD como a gigante a ser combatida. Além da capacidade produtiva — 4,2 milhões veículos foram fabricados em 2024 — e dos subsídios do governo chinês, a empresa chinesa constrói suas próprias baterias, o que garante margem de lucro superior. Outras fabricantes compram baterias de fornecedores, como LG e CATL.
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