Venda de carros novos cresce 7,4% em junho com programa de desconto do governo
Foram 189.528 emplacamentos diante de 166.361 do mês de maio O programa de descontos do governo para incentivar a venda de carros novos teve o primeiro balanço oficial nesta terça-feira (4). O impacto econômico da medida, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores(Fenabrave), foi um crescimento de 7,4% nas vendas na comparação entre junho e maio, saltando de 166.361 para 189.528 emplacamentos de um mês para o outro.
Na comparação entre junho do ano passado e junho deste ano, a alta foi de 6,5% diante das 165.470 vendas de 2022.
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Na última sexta-feira (30) o presidente Lula assinou uma nova Medida Provisória que complementa mais R$ 300 milhões aos R$ 500 milhões iniciais do programa de incentivo à indústria automobilística, totalizando R$ 800 milhões de incentivos.
Até o momento, as fabricantes já utilizaram R$ 710 milhões de créditos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC), portanto, a tendência é de que o mês de julho também seja positivo por conta dos quase R$ 100 milhões restantes de saldo.
Vale lembrar que o governo disponibilizou R$ 1,8 bilhão em créditos tributários. Além do valor para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil, programa também contempla R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, valores que não foram alterados na nova MP.
Como é o programa?
Para receber o incentivo, o carro deve atender três critérios:
preço (quanto menor, maior o desconto);
eficiência energética (quanto mais sustentável, maior o desconto);
densidade industrial (quanto maior o volume de peças nacionais, maior o desconto);
combustível utilizado (carros flex têm mais desconto do que aqueles apenas a gasolina).
Quem paga a conta?
Para subsidiar a concessão de créditos tributários as fabricantes o governo decidiu antecipar a reoneração do imposto sobre o diesel. Assim, em vez de aumentar os tributos em R$ 0,35 por litro apenas em 1º de janeiro de 2024, poderá haver um reajuste de R$ 0,11 por litro em setembro.
Porém, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou que a reoneração do diesel não deverá chegar ao bolso do consumidor pois, desde o anúncio do programa, já houve queda no valor do dólar e uma consequente queda no preço final do combustível.
Com o início da vigência do novo plano de incentivo à indústria, alguns carros custam menos de R$ 60 mil no Brasil. A tendência é que os preços voltem a subir quando o crédito for totalmente consumido.
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