Renault Sandero se despede após 17 anos à venda no Brasil

Hatch francês chegou ao país em dezembro de 2007 e colocou a Renault em outro patamar; relembre sua história O Renault Sandero saiu de linha após 17 anos no mercado brasileiro. O hatch compacto era vendido somente na versão Stepway, com motor 1.0 aspirado e pegada aventureira. Sem o brilho de outrora, a marca optou por interromper sua produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR).
A terceira geração do Sandero existe no mercado europeu, mas a matriz brasileira não pretende trazê-la. Neste novo capítulo para a marca — que se iniciou com a chegada do Kardian — a Renault pretende focar em carros de segmentos mais rentáveis, como SUVs compactos. Após milhares de unidades vendidas, a história do hatch chegou ao fim.
Renault Sandero: sucesso no Brasil e na Europa
Renault Sandero foi apresentado no Salão de Frankfurt de 2007
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O Sandero começou a ser desenvolvido em 2006, num tempo em que os hatches de entrada ainda proporcionavam bom faturamento às fabricantes. Tratava-se de um projeto da Dacia, uma submarca da Renault focada em carros de baixo custo, com ampla participação dos centros de engenharia da França, da Romênia e do Brasil.
Foi apresentado no Salão de Frankfurt (Alemanha) de 2007 como um carro global. Meses depois, próximo ao fim do ano, chegou ao Brasil com motores 1.0 e 1.6 aspirados, tornando-se o primeiro modelo da história da Renault a ser revelado fora do velho continente. Inédito, o hatch paranaense se destacou nas lojas meio a veteranos como Fiat Palio, Volkswagen Gol e Ford Fiesta.
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Renault Sandero Stepway chegou com apelo aventureiro
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Dois anos após a apresentação, em 2009, surgiu a versão Stepway com apelo aventureiro, pneus mais robustos e suspensão elevada. Era concorrente do CrossFox, seu vizinho paranaense, mas custava menos. Outra curiosidade interessante é que o modelo também foi apresentado primeiro no mercado brasileiro, mais especificamente oito meses antes de ser exibido no Salão de Barcelona (Espanha). A despeito da chegada de rivais mais competitivos, o hatch implorava por uma segunda geração.
A segunda geração do Sandero
Renault Sandero ficou indiscutivelmente mais bonito quando foi renovado por completo
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O desafio em torno da segunda geração do Sandero era desenvolver um carro robusto que fosse o mais barato da categoria. Isso aconteceu em outubro de 2012, quando o hatch começou a ser distribuído nas lojas europeias. Era a opção mais em conta para quem quisesse comprar um carro zero km no Reino Unido, por exemplo.
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Lançado na Europa em 2012, o Sandero de segunda geração só chegou ao Brasil em 2014
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Enquanto a primeira versão foi lançada consecutivamente no Brasil e na Europa, o modelo atualizado demorou dois anos para chegar ao mercado nacional. A partir de 2014, começou a ser produzido no Paraná com motores 1.0 e 1.6.
A história foi igualmente bem sucedida. O Sandero se revelou um hatch resistente para o prejudicado asfalto brasileiro, tornando-se o queridinho dos motoristas de aplicativo. A Renault, inclusive, investiu mais na versão Stepway, que chegou a perder o primeiro nome para ser vendida como um carro único. Forçando a barra, o marketing da francesa começou a chamar o produto de SUV compacto.
O lendário Sandero RS
Edição Finale marcou o fim do Renault Sandero RS no Brasil
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O ponto mais memorável da história do Sandero foi, certamente, a versão RS. Era equipada com motor 2.0 de 150 cv e 20,9 kgfm de torque. Aliado ao baixo peso, e ao acurado trabalho de suspensão feito pela própria Renault Sport, ascendeu como um dos esportivos mais desejados da época.
O preço foi outro fator determinante para o sucesso do Sandero RS. Era substancialmente mais barato que rivais como Fiat 500 Abarth e Suzuki Swift Sport. O hatch indomável logo caiu nas graças dos motoristas mais jovens e se tornou figurinha carimbada nos autódromos.
O fim do Sandero
A terceira geração do Sandero, disponível na Europa, nem foi cogitada para o Brasil
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O segmento dos hatches compactos se tornou enxuto no Brasil. O fato de carros como Gol, Ka, Uno e Etios terem saído de linha nos últimos anos corrobora para o argumento. O fim da produção do Sandero não surpreendeu quem acompanhou o andamento da indústria automotiva.
A nova geração, lançada em 2020, sequer foi cogitada no país. A Renault optou por seguir o mesmo caminho da Fiat, e passou a apostar em um SUV compacto com proporções de hatch. Já faz um tempinho que o nome Sandero deixou o mercado. Agora, seu “substituto”, o Stepway, segue o mesmo caminho.
Desse modo, o Sandero entra para o hall de modelos como Chevrolet Corsa, Ford Fiesta e Renault Clio. São veículos que saíram de linha no Brasil, mas ainda existem em outros mercados.
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