Renault Kwid pode estar com os dias contados no Brasil; entenda o motivo

Hatch subcompacto segue nos planos da marca, mas futuro é incerto O Kwid é o carro-chefe da Renault no Brasil. O modelo compacto foi apresentado em 2017, e desde então se tornou um dos produtos mais importantes da empresa, sendo agora o mais vendido por aqui.
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Até outubro deste ano, o Renault Kwid emplacou 49.241 unidades. Para se ter uma ideia, o segundo modelo mais vendido da fabricante é o Duster, com pouco mais de 20 mil emplacamentos. Claro que o fato do Sandero ter saído de linha deu mais fôlego ao subcompacto. No entanto, sua importância é indiscutível.
Recentemente, sua produção foi dividida. Uma parte dos Kwid continuará saindo da linha da montagem em São José dos Pinhais (PR), enquanto a outra sairá do complexo de Envigado, na Colômbia.
Isso tudo para dar espaço para o Renault Kardian aqui no Brasil, novo SUV compacto que a Autoesporte já conheceu e conta os detalhes neste outro artigo. Este não é o fim do Kwid, mas a apresentação do novo SUV deu detalhes de que talvez o subcompacto esteja com os dias contados.
Foco em carros maiores (e mais caros)
A Renault deixou claro seu novo objetivo: ter carros de maior valor agregado. O Kardian é o primeiro produto dessa nova empreitada, que ainda contará com sucessores de Oroch e Duster.
Kardian terá três níveis de acabamento
Renan Bandeira/Autoesporte
E para isso, contará com a plataforma modular CMF-B. Uma estrutura moderna construída em parceria com a Nissan e que pode servir veículos de diferentes tamanhos.
A ideia da fabricante francesa é aplicar essa tecnologia em todos os seus futuros lançamentos. Aí essa questão passa a envolver o Kwid: a plataforma não comporta o tamanho de um subcompacto.
A CMF-B é uma plataforma que tem no mínimo 2,60 metros de entre-eixos, e isso impossibilita a produção de um Kwid sobre a estrutura. Ele tem apenas 2,42 m entre os eixos.
Ou seja, uma nova geração do Kwid teria de ter no mínimo 2,60 m de entre-eixos, o que é inviável para a proposta. Afinal, o carro ficaria muito maior, mais caro do que é atualmente e teria as dimensões de um Kardian – o que não faz sentido.
A verdade é que o Kwid continuará sendo vendido pela Renault enquanto puder ser fabricado sobre a plataforma atual. No entanto, é improvável que o modelo tenha uma nova geração, levando em consideração os planos da Renault para o Brasil.
A boa notícia é que seu “sucessor” já é conhecido e está próximo de ser lançado: o Kardian. No futuro próximo, é ele que deverá ser o produto mais barato e de maior volume da fabricante francesa no Brasil. Uma pena que não custará os mesmos R$ 70 mil…
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