Ram Rampage brasileira deve ir aos EUA para frear sucesso da Ford Maverick

Exportação desde o Brasil, porém, é pouco provável por causa de uma lei de 1964 A Ram Rampage está prestes a subverter a lógica (e as fronteiras geográficas) e passar de apenas um veículo criado para o mercado brasileiro para ser oferecido também nos Estados Unidos, casa da marca de picapes do grupo Stellantis.
Durante a expedição promovida pela Ram no norte da Argentina, Autoesporte apurou que há interesse dos americanos em vender caminhonete intermediária por lá. Os estudos de viabilidade estão em curso, mas ainda não há definição sobre a possível data de lançamento.
Ram Rampage foi criada para o Brasil e é produzida em Goiana (PE)
Divulgação
Uma coisa, porém, é quase certa. Se for vendida nos Estados Unidos, a Rampage terá que ser produzida em outro lugar que não a fábrica da Stellantis em Goiana (PE). Isso porque uma lei de 1964, conhecida como o Imposto do Frango, taxa em 25% as picapes pequenas importadas para os Estados Unidos, cenário que praticamente inviabilizaria a Rampage brasileira.
Assim, a solução seria produzir a picape em solo americano ou mexicano (isento da sobretaxação) ou exportar os componentes de Pernambuco para que a montagem final seja realizada em qualque planta na América do Norte.
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Ram Rampage compartilha componentes com modelos da Jeep
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Recentemente, a Stellantis anunciou que iria reabrir a fábrica de Belvidere, nas redondezas de Chicago, e que o local seria responsável pela produção de uma nova picape da Ram. Outra opção seria enviar os componentes para a unidade de Toluca (México), onde atualmente o Jeep Compass é feito. O SUV e a picape compartilham a plataforma Small Wide 4×4.
A questão, porém, é mais delicada. Segundo Vitor Bohnenberger, diretor da Ram, a Rampage precisa passar por modificações estruturais para atender à legislação norte-americana. A picape foi vista mais de uma vez em testes no país, o que pode indicar que esse trabalho já esteja sendo realizado. Ao menos o conjunto mecânico não precisará de tantas modificações.
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A Rampage é oferecida no Brasil com motor 2.0 turbo de quatro cilindros e 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque da família Hurricane, exatamente o mesmo propulsor que equipa o Jeep Wrangler importado.
De olho na Maverick
Ford Maverick tem se saído bem nas vendas nos EUA
Renato Durães
Outro fator que ao menos está fazendo a Stellantis avançar nos estudos de lançar a Rampage nos Estados Unidos é o crescimento do segmento de picapes pequenas (sim, na América do Norte, essa é a classificação). A Ford Maverick, por exemplo, foi o 25º veículo mais vendido do país no primeiro semestre de 2024, com quase 80 mil exemplares emplacados.
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No Brasil, a situação é exatamente oposta. A Rampage perde apenas para a Fiat Toro no segmento das intermediárias. Entre janeiro e junho, foram emplacadas 11.375 unidades, quase oito vezes mais que a rival da Ford, que chega importada do México e teve apenas 1.440 exemplares vendidos no mesmo período.
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