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O encontro do maior e do menor carro do Brasil na década de 1980

04/03/2023

Os anos 1980 representam tudo o que há de diferente no mercado automotivo nacional em razão da proibição das importações Os anos 1980 representam tudo o que há de diferente no mercado automotivo nacional. Em razão da proibição das importações pelo regime militar, já então em vigor havia alguns anos, e por termos apenas quatro marcas produzindo no Brasil, quem queria se destacar nas ruas (e podia pagar por isso) apelava para os fora de série locais. E aí havia de tudo um pouco: era um misto de criatividade com esquisitice e de ousadia com cafonice.
A representação perfeita desse momento único na nossa indústria automotiva está registrado em uma reportagem encontrada no acervo do Museu da Imprensa Automotiva, o Miau, publicada na revista Manchete de 7 de dezembro de 1985.
Nem dois Dacon 828 perfilados chegavam perto do tamanho da limusine de Lilian Gonçalves
Arquivo pessoal/Acervo MIAU
Colunista da revista na época, o jornalista especializado Fernando Calmon (que anos depois viria a ser editor e colunista de Autoesporte) soube de uma limusine, uma das primeiras montadas aqui, de propriedade de Lilian Gonçalves, conhecida como A Rainha da Noite Paulistana (título que recebeu da extinta revista Visão) por possuir e administrar várias casas noturnas e restaurantes na cidade.
Filha de Nelson Gonçalves, estava se lançando como cantora, e nada melhor que um carro chamativo, bem ao estilo popstar, para aumentar a repercussão da recém-iniciada carreira.
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Lilian, então, chegava aos shows com sua limusine Landau branco-pérola de fenomenais 6,4 metros de comprimento. Na reportagem, os construtores do veículo, Ludjero Ventura e Marcos Gianello, da Max Golden Car, explicaram que foram usados dois Landaus para fabricar a limusine — que recebeu nada menos do que 28 mãos de tinta. A conversão custou, na época, Cr$ 130 milhões, algo como R$ 200 mil em valores atuais.
Em entrevista concedida no mês passado a esta coluna, Lilian recorda que “todo mundo queria ver a limusine, tirar foto e andar nela”. A estratégia de chegar com o carro aos shows deu tão certo que outros artistas passaram a pedir o carro emprestado para fazer o mesmo, revela a empresária — que ainda hoje atua no ramo de restaurantes em São Paulo. “Muita, mas muita gente famosa andou naquela limusine”, assegura.
A limusine Landau branco-pérola tinha fenomenais 6,4 metros de comprimento
Arquivo pessoal/Acervo MIAU
Como na época o carro de Lilian era considerado o maior do Brasil (ou mais comprido), Calmon teve uma ideia para sua matéria: compará-lo com o então menor carro nacional, igualmente um fora de série, o Dacon 828 (também conhecido como Mini-Dacon).
Calmon, entrevistado agora por esta coluna, relembrou: “Pedi um 828 emprestado ao Anísio Campos (projetista do carro), que conseguiu uma unidade com a própria Dacon (fabricante do modelo)” — por isso o veículo ostenta inclusive placas azuis nas fotos originais, atualmente desgastadas pelo passar dos anos.
A diferença era absurda: como o 828 tinha só 2,65 m de comprimento, nem mesmo dois deles perfilados chegavam perto do tamanho total da limusine. O carrinho equivalia somente à distância da porta dianteira à traseira do Landau de Lilian.
Lilian Gonçalves, era conhecida como A Rainha da Noite Paulistana
Arquivo pessoal/Acervo MIAU
A empresária-cantora, naturalmente, participou do ensaio fotográfico com os dois carros em 1985, tendo o Obelisco do Parque Ibirapuera, em São Paulo, como cenário forçado. “Queríamos parar os carros em cima da grama do parque, mas não deixaram.” A reportagem original cita que “os dois carros andando juntos nas avenidas de São Paulo confundiam motoristas e pedestres”. Ora, não era para menos (nem para mais)…
Lilian conta que manteve a limusine por muitos anos. Mas, certa vez, o carro pegou fogo e sua recuperação foi considerada inviável. “Uma pena”, lamenta. Seu gosto por veículos clássicos extravagantes nunca arrefeceu: hoje ela tem outro V8, um Jaguar S-Type ano 2006, de “apenas” 4,90 m.
Do 828 das fotos não se tem notícia: só se sabe que foi um dos menos de cem fabricados na época, aqueles curiosos tempos de mínimos e máximos do mercado brasileiro de meados dos anos 1980…
*Marcos Rozen é fundador do Museu da Imprensa Automotiva – Miau
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