Novo Nissan Leaf é apresentado no Japão; marca estuda volta ao Brasil


Quinze anos atrás o Nissan Leaf foi lançado como o símbolo da revolução da indústria japonesa. Foi o primeiro carro elétrico de volume do mundo, emplacando mais de 700 mil unidades ao longo de sua história. A concorrência chegou e ele foi desbancado — mas há um plano para resgatar o status do modelo original. A terceira geração, apresentada em junho, acaba de chegar ao Japão.
Autoesporte está no Salão de Tóquio e apurou que o modelo está sendo estudado para retornar ao Brasil, mercado em que o Leaf deixou de ser oferecido em 2024.
Nissan Leaf de terceira geração se transformou em um SUV
Cauê Lira/Autoesporte
Com design mais arrojado, nova plataforma e recursos tecnológicos avançados, o novo Leaf chega com a expectativa de recuperar o terreno perdido para a concorrência nos últimos anos. Também por isso, acaba de mudar de segmento: o Leaf ficou mais alto, abandonou as linhas de hatch e se transformou num SUV cupê elétrico.
Quando o modelo original foi lançado em 2010, ainda não precisava conviver com os modelos de entrada da Tesla — tampouco com os BYD que hoje assombram os carros japoneses.
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A lista de rivais aumentou consideravelmente desde o lançamento da primeira geração e, de carro elétrico mais vendido do mundo no início da década passada, o modelo passou a mero coadjuvante na categoria. Agravando a situação, a Nissan passa por uma crise global e, mais do que nunca, precisa de carros rentáveis.
Abordado o design, a dianteira exibe faróis em forma de garras e conectados por uma faixa luminosa, enquanto o para-choque tem pintura inferior contrastante com a cor da carroceria. Na traseira, a versão topo de linha traz lanternas com elementos com efeito 3D, integradas ao formato do aerofólio.
Faróis do Nissan Leaf são interligados por uma faixa luminosa
Nissan/Divulgação
Baseado na plataforma CMF-EV, a mesma do Ariya e dos elétricos da Renault, o Leaf está menor na comparação com o antecessor. A versão norte-americana possui 4,40 metros de comprimento, enquanto a variante para o Japão e a Europa têm 4,36 m e 4,35 m, respectivamente.
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A distância entre eixos é a mesma para todas as regiões: 2,69 metros. Para efeito de comparação, a geração anterior, ainda com formato hatchback, tinha 4,48 metros e 2,70 m de entre-eixos.
Nissan Leaf de terceira geração ficou mais curto, mas tem um excelente entre-eixos
Cauê Lira/Autoesporte
Enquanto carros elétricos adotam linhas cada vez mais quadradas, o Leaf continua esculpido para favorecer o coeficiente de arrasto aerodinâmico. Essa variável caiu de 0,28 na geração anterior para somente 0,25. Quanto menor o índice, mais eficiente é o design.
O painel segue tendência já vista em outros SUVs da marca, como Murano e o próprio Ariya. O quadro de instrumentos de 12,3 polegadas é combinado com a central de entretenimento de 14,3 polegadas, ambos posicionados lado a lado.
Cabine do novo Nissan Leaf tem prancha com duas telas e console vazado
Nissan/Divulgação
A Nissan oferece o Leaf 2026 em duas versões e exclusivamente com tração dianteira. A básica tem motor elétrico com potência de 177 cv e uma bateria com capacidade de 52 kWh. Já nas configurações mais caras, o motor elétrico sobe para 218 cv e a bateria tem capacidade de 75 kWh.
Para o mercado europeu, o Leaf de acesso promete 436 km de autonomia no ciclo WLTP, enquanto a versão superior chega aos 604 km. A velocidade máxima da versão europeia é de 160 km/h.
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