Novo Nissan Leaf agora é SUV cupê e supera 600 km de autonomia

Após 700 mil unidades vendidas em todo o mundo, elétrico se reinventa para enfrentar concorrência acirrada e ajudar a marca a sair da crise Lançado em 2010 como um dos primeiros carros elétricos de massa do mundo, o Nissan Leaf chega à terceira geração completamente reformulado. O modelo é símbolo da virada tecnológica japonesa em direção à eletrificação e se reinventa ao adotar carroceria do tipo SUV cupê em substituição ao formato hatchback tradicional. A mudança acompanha a nova tendência do mercado e posiciona o EV de forma mais competitiva no segmento.
Com design mais arrojado, nova plataforma e recursos tecnológicos avançados, o novo Leaf chega com a expectativa de recuperar o terreno perdido para a concorrência nos últimos anos. A lista de rivais aumentou consideravelmente desde o lançamento da primeira geração e, de carro elétrico mais vendido do mundo no início da década passada, o modelo passou a mero coadjuvante na categoria. Os chineses são agora os principais rivais a serem enfrentados.
A Nissan não fala abertamente em números, mas a meta é voltar aos tempos áureos das primeiras gerações, que juntas venderam mais de 700 mil unidades vendidas em todo o mundo. Alcançar bons volumes será providencial tanto para o Leaf quanto para a própria marca, que vive momento de grave crise e, mais do que nunca, precisa de carros com bons de venda para gerar receita.
Carroceria com estilo cupê é o grande destaque da nova geração
Nissan/Divulgação
Como é o novo Leaf
Baseado na plataforma CMF-EV do irmão maior Ariya e da maioria dos carros elétricos da Renault, o novo Leaf ficou ligeiramente menor na comparação com o antecessor. A versão norte-americana possui 4,40 metros de comprimento, enquanto a variante para o Japão e a Europa têm 4,36 m e 4,35 m, respectivamente. A distância entre eixos é a mesma para todas as regiões: 2,69 metros. Para efeito de comparação, a geração anterior, ainda com formato hatchback, possuía 4,48 metros e 2,70 m de entre-eixos.
Elétrico está bem mais funcional e aerodinâmico
Nissan/Divulgação
Em compensação, o coeficiente de arrasto diminuiu para 0,25 no modelo japonês e 0,26 na variante norte-americana, contra 0,28 da linhagem anterior. Quanto menor o índice, vale lembrar, mais aerodinâmico é o carro. Os ganhos nesse aspecto foram obtidos graças ao desenho mais fluido e soluções como maçanetas embutidas, retrovisores específicos e rodas projetadas para gerar menos resistência ao ar.
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Falando em design, a dianteira exibe faróis em forma de garras e conectados por uma faixa luminosa, enquanto o para-choque tem pintura inferior contrastante com a cor da carroceria. Na traseira, a versão topo de linha traz lanternas com elementos com efeito 3D e são integradas ao formato do aerofólio. Nas laterais, as maçanetas dianteiras são retráteis e as traseiras camufladas nas próprias colunas. Além disso, há rodas de 18 ou 19 polegadas, dependendo da versão.
Painel tem telas conjuntas e materiais variados na composição do acabamento
Nissan/Divulgação
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Painel e equipamentos
No interior, o painel segue tendência já vista em outros SUVs da marca, como Murano e o próprio Ariya. O quadro de instrumentos de 12,3 polegadas é combinado com a central de entretenimento de 14,3 polegadas, ambos posicionados lado a lado. Destaque ainda para o volante de dois raios com base achatada, bancos revestidos de tecido ou couro ecológico e console central ligeiramente rebaixado. O porta-malas das versões para os EUA e Japão leva até 420 litros (padrão VDA), enquanto na Europa as medições indicam 437 litros.
Porta-malas acomoda até 437 litros
Nissan/Divulgação
A lista de equipamentos do novo Nissan Leaf inclui teto panorâmico eletrocrômico (é possível escurecer seções individualmente), carregador sem fio para smartphone acoplado ao apoio de braço central, sistema de áudio Bose com dez alto-falantes (incluindo os integrados aos encostos de cabeça dos bancos dianteiros) e diversos sistema de assistência à condução.
Autonomia de mais de 600 km
Mecanicamente, a Nissan oferece o Leaf 2026 em duas versões e exclusivamente com tração dianteira. A básica tem motor elétrico com potência de 177 cv e uma bateria com capacidade de 52 kWh. Já nas configurações mais caras, o motor elétrico sobe para 218 cv e a bateria tem capacidade de 75 kWh. Para a Europa, o modelo de acesso promete 436 km de autonomia no ciclo WLTP, enquanto a versão superior chega aos 604 km. A velocidade máxima da versão europeia é de 160 km/h.
Produção será concentrada no Japão e no Reino Unido
Nissan/Divulgação
Para o Leaf americano, apenas a autonomia com a bateria menor foi declarada até o momento – 488 km de alcance no ciclo local. Os EUA, inclusive, receberão o modelo ainda neste ano, com unidades produzidas no Japão. Além do país asiático, o SUV será produzido no Reino Unido. No Brasil, o Leaf foi lançado em 2019 e ficou em oferta até 2024.
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