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Navio com carros elétricos pega fogo há 3 dias; por que é difícil apagar?

06/06/2025
Navio com carros elétricos pega fogo há 3 dias; por que é difícil apagar?

Incêndio se alastra desde a última terça-feira (3); especialista revela os possíveis motivos do caso e os desafios para conter o fogo Um navio cargueiro que transportava 3 mil carros chineses pegou fogo no Oceano Pacífico, próximo ao Alasca, na última terça-feira (3). Todos os tripulantes foram resgatados, mas a guarda costeira americana alegou que as chamas ainda não foram totalmente contidas. O incêndio teve início no depósito que alocava carros híbridos e elétricos. E Autoesporte explica o motivo de ser tão difícil de controlar o fogo.
De acordo com a empresa britânica Zodiac Maritime, responsável pelo navio Morning Midas, os 22 tripulantes seguiram à risca o protocolo de contenção de incêndio. Sem sucesso, evacuaram o navio e foram resgatados por outra embarcação que transitava nas proximidades. Não há informações sobre um carro elétrico ter sido o foco inicial do incidente. Há um total de 3.048 veículos a bordo — entre eles, 681 modelos híbridos e 70 elétricos.
Por mais que a incidência de fogo seja menor em comparação com modelos a combustão, e que ainda não exista a comprovação de que um carro tenha sido preponderante no caso, veículos eletrificados exigem procedimentos especiais durante incêndios. Autoesporte conversou com Fabio Delatore, coordenador do curso de pós-graduação de veículos elétricos e híbridos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), para entender sobre os cuidados durante o transporte de carros deste tipo.
O que pode ter causado o incêndio
Navio Morning Midas transportava mais de 3 mil veículos da China até o México
Reprodução/Guarda Costeira dos EUA
O especialista diz que há uma sequência de condições para chegar numa situação de fuga térmica, que poderá se concretizar num incêndio. “Podem acontecer problemas durante a manufatura, como defeitos no material de isolação […]”, comenta.
“Também podem acontecer falhas no sistema de gerenciamento da bateria, que não detecta a elevação da temperatura interna, ou no sistema de arrefecimento, que não dá conta de retirar o calor”.
O incêndio só acontecerá se houver contato entre os terminais de bateria (chamados de eletrodos) pela ausência do material de separação. O sistema de gerenciamento da bateria, identificado pela sigla BMS, faz o monitoramento constante da temperatura e pode agir caso identifique riscos de combustão. E quanto mais energia se concentra na bateria, maior o risco do chamado “efeito cabum”, considerado o gatilho para um incêndio.
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As chamas de um carro elétrico se espalham rapidamente e podem consumir outros veículos. E mesmo após o incêndio ser controlado superficialmente, existe o risco do fogo continuar se alastrando na parte interna da bateria. Por isso, adota-se o procedimento de “quarentena”, em que um carro elétrico deve ficar totalmente isolado por várias semanas, pelo risco de voltar a queimar. Daí a dificuldade em conter uma ocorrência do tipo.
Quais são os cuidados durante o transporte
BYD já embarcou 7 mil carros eletrificados simultaneamente para o Brasil e nunca registrou acidentes
Getty Images
Há um protocolo de segurança obrigatório para o transporte de carros elétricos, seja por via naval ou aérea. Ele está determinado num documento técnico chamado Material Safety Data Sheet Report (MSDS), onde um dos tópicos diz respeito à carga da bateria, que deve ser a menor possível.
“Quanto maior a energia acumulada, maior é o volume de fumaça, chama e propagação [do incêndio]. Tudo isso causa aquela grandeza que vemos em vídeos: os carros elétricos pegando fogo muito rápido”, explica Delatore, que tem 11 anos de experiência em procedimentos de exportação.
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“Com a bateria no menor nível de energia possível, se acontecer alguma falha, a probabilidade dela produzir um incêndio de grandes proporções é reduzida de forma muito significativa”. De acordo com o especialista, incêndios em carros elétricos são tratados com exceção, mas incidentes não estão livres de acontecer, assim como nos modelos a combustão. Isso também aborda as variáveis de cada propulsão durante a geração de calor.
“A vela de ignição [de um carro a combustão] precisa de uma centelha para que, em contato com ar e combustível, se crie um incêndio. Na célula de combustível da bateria, há combinação de lítio e eletrólitos, que são componentes voláteis — e o contato dos pólos positivo e negativo geram uma fonte de calor”, explica. “Por isso, é imprescindível que o sistema de gestão de temperatura de uma bateria funcione — e funcione bem!”.
Como conter o incêndio de um carro elétrico
Neste incidente que se iniciou no Alasca na última terça-feira, os tripulantes seguiram um rigoroso protocolo de segurança para conter as chamas. Extintores convencionais são totalmente ineficazes, alega Delatore.
“Um incêndio deste tipo não pode ser mitigado com gás carbônico ou extintores normais. Existem duas alternativas: extintores de carbonato de potássio ou soluções de vermiculita”, elabora o especialista. Estes recursos já são utilizados em complexos de armazenamento de energia gerada por placas fotovoltaicas ou aerogeradores.
Baterias à prova de fogo
Bateria à prova de fogo já existe e ganha espaço na indústria
Divulgação
Por fim, o especialista afirma que a indústria caminha a passos largos para que incêndios em carros elétricos se tornem ainda menos frequentes:
“Diversas fabricantes de baterias, como a CATL, já estão regulamentando novas baterias que não provocam volume de propagação de chamas. É um novo padrão que será agregado aos carros elétricos”.
Exemplo disso são as baterias Blade, da BYD. As células possuem superfícies mais largas, que oferecem baixa liberação e geração mais lenta de calor, ajudando na sua dissipação. Já a forma retangular plana, de lâmina, melhora o resfriamento e o desempenho pré-aquecimento.
Além disso, a bateria Blade não libera oxigênio durante a fuga térmica, ao contrário do que acontece nas baterias NMC (níquel-cobalto-manganês), que liberam esse gás como subproduto.
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Fonte: Read More 

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