Leapmotor confirma produção de carros elétricos no Brasil em fábrica da Jeep

A Leapmotor confirmou que irá produzir carros híbridos e elétricos no Brasil, mais especificamente na fábrica da Stellantis em Goiana (PE). Os novos modelos nacionais serão anunciados ao longo do próximo ano.
O presidente da Stellantis para América do Sul, Herlander Zola afirmou que a produção será em regime KD, quando as peças chegam importadas e desmontadas. Só não especificou se será com menor nível de complexidade (SKD) ou com mais processos de montagem (CKD).
Além disso, deixou aberta a possibilidade de fazer mais de um modelo na unidade pernambucana. De acordo com o site Autos Segredos, os carros escolhidos pela Stellantis para marcar o início da produção da Leapmotor são os novos B10 e C10. De acordo com os colegas do Autos Segredos, será uma montagem no arranjo CKD.
A fábrica de Goiana foi escolhida por ser a mais moderna da Stellantis no Brasil, e uma das poucas capazes de produzir carros elétricos e híbridos. O grupo também tem complexos industriais em Betim (MG) e Porto Real (RJ).
Em Goiana, Zola afirmou que será construída uma linha paralela à que já existe para produção de carros de outras marcas. Para isso, a fábrica vai passar por reformas. O valor investido não foi anunciado, mas o executivo afirmou que o montante já está incluso no aporte de R$ 30 bilhões até 2030 anunciados no ano passado.
Polo automotivo da Stellantis em Goiana (PE)
Divulgação
Inaugurada em abril de 2015, a fábrica pernambucana iniciou sua operação com a produção de Fiat Toro e Jeep Renegade. Anos depois, passou a fabricar o Compass e se consolidou como uma das unidades automotivas mais avançadas do país.
Atualmente, além dos três carros citados, a fábrica de Goiana também produz Commander e Rampage. O local terá um papel central no processo de eletrificação de todas as marcas da Stellantis, mas nenhum modelo é montado em arranjo CKD ou SKD.
A sigla CKD vem do inglês completely knocked-down. Nesse formato, o veículo chega ao país praticamente desmontado em maior grau: centenas de peças separadas que exigem uma linha de montagem mais complexa e maior esforço produtivo local. É como receber um enorme quebra-cabeças, em que cada parte precisa ser ajustada e montada para dar origem ao carro final.
Já o SKD significa semi knocked-down, representa um nível intermediário de montagem. Nesse caso, os veículos chegam em kits mais organizados, em que carroceria, motor e transmissão já estão prontos, restando à fábrica brasileira integrar os principais conjuntos e adicionar itens menores, como sistemas elétricos, interiores e acabamentos.

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