JAC E-JS1 é o carro elétrico mais barato do Brasil por R$ 145.900; leia o teste

Compacto chinês é ágil, fácil de manobrar e econômico no dia a dia, mas demanda investimento inicial alto e tem baixa autonomia Chamar de barato um carro de R$ 145.900 pode parecer hipocrisia, mas é o que custa o modelo elétrico mais em conta vendido hoje no Brasil, o JAC E-JS1. Desenvolvido em parceria com a Volkswagen na China (a semelhança com o Up! não é mera coincidência…), o pequenino pode ser uma boa porta de entrada para quem quer ter a experiência de comprar o primeiro carro elétrico, seja pela tecnologia relativamente recente, seja pela consciência ambiental de poder ajudar um pouquinho o meio ambiente.
Central multimídia tem tela de 10,25″, mas nada de Apple CarPlay e Android Auto
Renato Durães
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A verdade é que o E-JS1 é um carrinho bem interessante para quem precisa de um transporte ágil, compacto e sem grandes arroubos de sofisticação para rodar na cidade. Seu motor desenvolve 62 cv de potência, mas o torque de 15,3 kgfm dá conta do recado para torná-lo bem espertinho quando precisa de força para fazer uma ultrapassagem ou arrancar com rapidez, deixando muitos modelos 1.0 no chinelo (pelo menos na saída). Tudo por conta da entrega de torque instantânea, comum a todos os elétricos, ainda mais aliado ao seu baixo peso, de 1.180 kg.
Interior tem acabamento colorido que combina com a carroceria
Renato Durães
Entretanto, o desenvolvimento da potência não resulta em um desempenho fora de série — nem é essa sua proposta. Segundo dados de fábrica, o compacto chega aos 100 km/h em 10,7 segundos e atinge velocidade máxima de 110 km/h — por isso mesmo, pegar a estrada com ele pode ser uma missão um tanto quanto ingrata.
JAC E-JS1 é feito em parceria com a Volkswagen na China
Renato Durães
Além disso, a pequena bateria de 30,2 kWh tem autonomia bem limitada. Apesar de a JAC divulgar um alcance de 302 km no otimista ciclo NEDC, que já é irreal se analisarmos as condições normais de rodagem, a nova tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, que mudou recentemente os parâmetros de medição, atesta que o E-JS1 pode rodar somente 161 km. É mais que suficiente para o dia a dia na cidade, mas não muito recomendável para viajar.
Seu porte compacto facilita na hora de estacionar; câmbio fica em uma alavanca atrás do volante
Renato Durães
A vantagem, porém, aparece no momento de “abastecer”. Enquanto alguns modelos precisam de oito ou dez horas para carregar a bateria, o JAC leva somente três horas e meia para atingir a carga completa. Sem falar que, com o preço atual da gasolina, um carro elétrico proporciona grande economia mensal, apesar do alto investimento inicial. O carrinho vai gastar por volta de R$ 5 para rodar uma média de 100 km.
Carga completa da pequena bateria leva três horas e meia
Renato Durães
Por seu porte compacto (3,65 metros de comprimento), quem tem dificuldades na hora da baliza vai agradecer aos anjos: ele é fácil de estacionar e tem a direção levinha, então as manobras são bem suaves. Mas isso significa também que o entre-eixos, que ajuda a determinar o espaço interno, é bem reduzido — 2,39 m. E o porta-malas está mais para porta-trecos: são só 121 litros de capacidade.
Cabine é simples, mas tem estilo moderninho, com painel digital e carregador por indução
Renato Durães
Em termos de estilo, o E-JS1 é bem moderninho, com peças coloridas no acabamento, painel digital e central multimídia com tela de 10,25 polegadas (sem Android Auto ou Apple CarPlay), ambas bastante simples. É um carrinho descolado e urbano para quem quer descobrir a eletrificação.
JAC E-JS1
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