Honda WR-V e Toyota Yaris Cross vão reacender rivalidade entre as marcas

Clima deve voltar a esquentar com a chegada quase simultânea dos SUVs e relembrar duelos de Civic e Corolla Do final dos anos 1990 até o os anos 2010, quando as pessoas ainda compravam sedãs médios, a grande rivalidade era entre Honda Civic e Toyota Corolla. Os dois praticamente dominavam o segmento com alguns avanços de marcas rivais, como Chevrolet, Volkswagen e Nissan, mas poucas vezes um terceiro modelo incomodou a dupla.
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O mesmo é provável que volte a acontecer no ano que vem, quando vão chegar quase que ao mesmo tempo o Honda WR-V e o Toyota Yaris Cross. Em comum, os dois compactos terão o porte, a faixa de preço em disputa e o fato de trazerem sistemas híbridos flex para um segmento mais acessível. O Toyota deve estrear antes, tendo em vista que a tecnologia da Honda só estará pronta em 2028, como Autoesporte antecipou.
Dimensões
Honda WR-V tem porte semelhante ao de Hyundai Creta e Nissan Kicks
Divulgação
O WR-V, se não tiver nenhuma modificação muito grande em relação ao Elevate, terá 4,31 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,65 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. O porta-malas tem 458 litros de capacidade.
O rival Toyota Yaris Cross terá os mesmos 4,31 m de comprimento, mas com 1,77 m de largura, 1,62 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Já o porta-malas é de 471 litros, única grande diferença a favor do Toyota.
Toyota Yaris Cross tem o mesmo comprimento do rival, mas perde por pouco no entre-eixos
Felipe Celis
Os dois SUVs devem usar motores 1.5, outra coisa em comum. O WR-V vai compartilhar a mecânica do City, com 1.5 flex aspirado de quatro cilindros com 126 cv de potência e 15,8 kgfm de torque, sempre acoplado ao câmbio automático CVT.
O Yaris Cross também vai reaproveitar um motor 1.5, o do Yaris, que tem 110 cv e 14,9 kgfm. Melhorias podem ser feitas para que a potência se aproxime com a do rival.
Dupla híbrida
Novo Honda WR-V terá motor 1.5, só a combustão ou híbrido flex
Divulgação
Já as versões híbridas flex devem usar esse mesmo motor, mas em ciclo Atkinson, que retarda o tempo de expansão da câmara de combustão e de abertura das válvulas de admissão, enquanto encurta o tempo de compressão, em companhia com outro elétrico.
Na Índia, o WR-V não tem essa opção, mas é fácil imaginar que a Honda aproveite o sistema oferecido no City. O 1.5 atua em conjunto com dois motores elétricos, sendo um gerador e outro de tração. A potência combinada no City indiano é de 131 cv, sendo 98 cv gerados pelo motor térmico e 109 cv pelo elétrico, e 25,8 kgfm de torque máximo, este vindo do motor elétrico.
No Yaris, o motor a gasolina tem 90 cv e 12,3 kgfm, com um motor elétrico de 80 cv e 14,4 kgfm. Juntos, entregam 110 cv. Como os brasileiros usarão etanol, esses números podem ficar maiores nos dois casos.
Toyota Yaris Cross tem cabine mais moderna que a de outros carros da marca
Felipe Celis/Autoesporte
A briga também será na lista de equipamentos. Os dois SUVs devem ser vendidos com central multimídia flutuante, 6 ou 7 airbags e podem ter até opção de teto solar nas versões mais caras, como acontece na Ásia.
Preços
Os preços também devem ser próximos. A dupla vai disputar mercado com modelos como Hyundai Creta, Nissan Kicks e Volkswagen T-Cross, que hoje custam na faixa entre R$ 120 mil e R$ 180 mil. Vale lembrar que nenhum desses concorrentes ainda têm opções híbridas. Em entrevista ao CBN Autoesporte, o vice-presidente Roberto Akiyama disse que, se o WR-V fosse lançado hoje, custaria entre R$ 120 mil e R$ 150 mil.
Cabine do Honda WR-V tem visual menos inspirado que o do Yaris Cross
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