Honda HR-V Touring: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem

Testamos a versão topo de linha do SUV compacto que já passa dos R$ 200 mil O Honda HR-V está prestes a mudar no Brasil. O SUV compacto reestilizado está previsto para chegar ainda no primeiro semestre de 2025 com um design próximo ao do modelo vendido na Europa, além de uma lista mais recheada de equipamentos. Mas, enquanto a mudança não acontece, vale falarmos sobre o modelo atual, disponível com preços entre R$ 156.100 e R$ 204.200.
A terceira geração do Honda HR-V é vendida no Brasil desde 2022, quando estreou em quatro versões (com motor aspirado e turbo) para substituir a bem-sucedida geração anterior, que chegou a liderar o segmento dos SUVs compactos em 2016 e 2017. Agora, Autoesporte testou a versão topo de linha, Touring, e apontou as cinco razões para comprar e outras cinco para pensar bem.
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5 razões para comprar o Honda HR-V Touring
1 – Bom desempenho
Versões mais caras do Honda HR-V são equipadas com motor 1.5 turbo flex
Jady Peroni/Autoesporte
Comecemos pelo desempenho. O Honda HR-V Touring é equipado com o motor 1.5 turbo flex VTEC, com injeção direta de combustível, que rende 177 cv de potência e 24,5 kgfm de torque (entregues entre 1.700 rpm e 4.500 rpm) com gasolina. De acordo com a marca, o zero a 100 km/h oficial é feito em 8,9 segundos, ou seja, é um dos SUVs mais rápidos do segmento.
Durante o uso urbano, percebi que o torque em baixas rotações ajuda bastante nas acelerações do SUV, o que reflete em uma boa dirigibilidade. Portanto, o modelo não decepciona conforme você vai pisando no pedal do acelerador, mesmo com o câmbio CVT que simula sete marchas tirando um pouco a sensação de agilidade — e refletindo em um maior ruído na cabine em velocidades mais altas.
Seja como for, o conjunto faz um bom casamento. E vale um adendo: o consumo não é surpreendente, mas fica na média dos rivais. Segundo os dados do Inmetro, o Honda HR-V faz 8 km/l na cidade e 9,2 km/l na rodovia com etanol; com gasolina, chega a 11,4 km/l e 13,1 km/l, respectivamente.
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2 – Equipamentos de segurança
Além do bom desempenho, o Honda HR-V é muito bem servido em termos de equipamentos. No quesito segurança, o SUV é equipado com o pacote Honda Sensing, que traz recursos de assistência ao motorista como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, bem como assistente de permanência em faixa.
Ouso dizer que é um dos sistemas mais precisos do mercado e um ponto – bastante – positivo é não ficar apitando a todo momento e chamando a “atenção” do motorista. Além disso, são seis airbags. Vale reforçar que o HR-V é equipado com alerta de ponto cego no lado direito, com uma câmera que reflete a imagem na própria central multimídia. Entretanto, esse sistema tem um ponto que incomoda e você vai entender mais a frente…
3 – Espaço e conforto
Honda HR-V Touring tem boas medidas que refletem em um amplo espaço para os passageiros
Jady Peroni/Autoesporte
Em tamanho, o SUV japonês tem 4,38 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,59 m de altura e 2,61 m de entre-eixos. Essas medidas, por consequência, refletem em um amplo espaço na cabine. Algo legal é que a Honda conseguiu deixar os bancos dianteiros confortáveis sem exagerar no preenchimento interno. Isso faz com que o espaço para os joelhos seja muito bom para quem está no assento traseiro. Assim, pessoas mais altas conseguem fazer viagens longas sem problemas.
Como nem tudo são flores, deixo meu comentário de que a segunda fileira poderia ser mais larga, mesmo eu tendo 1,61 m de altura. Afinal, o assoalho não é plano e, portanto, o banco central, que é mais curto e fica numa posição mais alta que os outros, acaba sendo mais adequado para uma criança ou trajetos curtos.
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4 – A ergonomia que gostamos
Honda HR-V Touring tem ajuste de altura e profundidade no volante e detalhes que imitam couro na cabine
Jady Peroni/Autoesporte
A ergonomia entra nas cinco razões para comprar o Honda HR-V por ser muito fácil de encontrar uma boa posição de dirigir. E para quem gosta de uma posição mais elevada (assim como eu), não vai se decepcionar com o SUV da marca japonesa. O volante tem ajuste de altura e profundidade e um ótimo peso. Uma sensação que prevaleceu durante meu teste foi que consegui sentir de forma clara para onde as rodas estavam indo, o que passa até mais confiança na direção.
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5 – Suspensão confortável
Honda HR-V Touring 2025 já custa mais de R$ 200 mil na tabela
Jady Peroni/Autoesporte
A suspensão, por fim, não chega a ser rígida, mas é firme. Mesmo assim, não tira o conforto de que vem vai dentro. O modelo absorve muito bem os impactos da via e mesmo com os buracos da cidade de São Paulo, não senti fortes atritos mesmo em algumas passadas mais bruscas por lombadas. Muito pelo contrário, o nível de estabilidade é alto, o que ajuda na hora das curvas. No HR-V, o conjunto é independente McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira).
5 razões para pensar bem
1 – Central multimídia e baixa qualidade câmeras
Câmeras de ré e alerta de ponto tem imagens de baixa resolução
Jady Peroni/Autoesporte
Abrindo a lista dos motivos para pensar melhor está a central multimídia com tela de 8 polegadas, um tamanho considerado satisfatório para os tempos atuais. Entretanto, o que mais incomoda é a baixa resolução da imagem projetada pelas câmeras de ré e do ponto cego (olha ele aqui de novo).
Esse sistema de alerta de ponto cego, chamado de LaneWatch, inclusive, é um velho conhecido dos carros da Honda. Ao dar seta para a direita, a câmera do retrovisor espelha a imagem lateral na central para auxiliar nas trocas de faixa ou curvas. O “porém” é que, caso você esteja seguindo um mapa, por exemplo, a imagem da câmera aparece em cima e não é possível visualizar até você desativar a seta. Esse sistema, entretanto, pode ser desligado.
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2 – Capacidade do porta-malas
Porta-malas do Honda HR-V tem abertura e fechamento automáticos
Jady Peroni/Autoesporte
Agora, um dos pontos que deixa (bastante) a desejar é o porta-malas enxuto. Levando em consideração os principais concorrentes no mercado brasileiro, o Honda HR-V fica abaixo com seus 354 litros de capacidade. O Hyundai Creta, por exemplo, tem 433 litros, enquanto o Jeep Renegade oferta 385 l. Lembrando que houve uma queda considerável no volume do bagageiro na terceira geração, sendo que antes ficava em 437 litros.
3 – Preço elevado
Na versão topo de linha, faróis do Honda HR-V 2025 são conectados por uma barra cromada
Jady Peroni/Autoesporte
Que o mercado brasileiro sofreu com uma forte elevação de preços dos automóveis todo mundo já sabe. Mesmo assim, vale citar que o valor de tabela do Honda HR-V Touring é um pouco “salgado”. Na versão topo de linha, o SUV custa R$ 204.200. Ou seja, é mais caro que os principais rivais em suas respectivas versões topo, como o Hyundai Creta Ultimate (R$ 196.990), Volkswagen T-Cross Highline (R$ 184.490) e Jeep Renegade Willys (R$ 185.990).
4 – Acabamento bom, mas simples
Honda HR-V Touring tem opção de acabamento interno com tom claro
Jady Peroni/Autoesporte
Calma que eu vou explicar! Sim, o Honda HR-V tem um bom acabamento interno, com materiais refinados e sensíveis ao toque. No entanto, embora seja bom, é simples, ainda com muitas peças rígidas de plástico que deixam um pouco a desejar para um SUV com preço mais elevado, principalmente, se tratando de uma versão topo de linha. Isso fica ainda mais evidente quando pensamos na geração anterior, que entregava detalhes mais primorosos de encaixe de peças.
5 – Cadê o teto solar?
Honda HR-V está disponível em quatro versões no mercado brasileiro
Jady Peroni/Autoesporte
Para encerrar, apesar de ter uma boa lista de equipamentos, como falamos anteriormente, o Honda HR-V não é um carro barato. Portanto, algumas regalias são esperadas. Como consequência, a falta de teto solar é uma penalidade, já que os principais rivais já oferecem o item de série, enquanto o SUV compacto da marca japonesa não oferta o item nem como opcional.
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