Honda Civic x BYD Song Plus: como o sedã se sai contra o SUV chinês que tem consumo de moto?

Desafiante do Civic é R$ 25 mil mais caro, mas tem mais espaço interno e é bem mais econômico O recém-lançado Honda Civic já foi comparado com o Toyota Corolla Cross e com o Volkswagen Jetta GLI pela Autoesporte. Agora, chegou a vez do sedã chinês entrar em um embate com um outro rival: o BYD Song Plus. Afinal, se a Honda considera seu conjunto híbrido uma referência em consumo de combustível, por que não colocar o Civic para encarar um modelo plug-in com lista de equipamentos semelhante?
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Dos três comparativos, esse é o único em que o Civic é mais barato. E com uma diferença considerável, de R$ 25 mil. Mas essa comparação é feita com o híbrido plug-in mais em conta do Brasil. E também o mais econômico. Segundo o Inmetro, na cidade, o Song Plus roda 38,1 km/l — consumo de Honda… CG, não Civic.
Considerando um motorista que rode 15 mil km ao ano, 70% na cidade, e o preço da gasolina a R$ 5,08, como no fechamento desta reportagem, o dono de um BYD gastaria, anualmente, R$ 2.150 a menos do que o proprietário de um Civic, sempre levando em conta os dados do Inmetro.
O quadro se inverte ao compararmos a cesta de peças dos dois modelos — R$ 5 mil a menos a do Honda. Nos demais quesitos relacionados a custos após a compra, Civic e Song Plus se equivalem. O sedã japonês tem manutenções mais baratas, mas o SUV chinês compensa com a apólice de seguro mais amigável.
Apesar do apoio de cabeça fixo, bancos do BYD Song Plus são confortáveis
Murilo Góes
Quer mais equilíbrio? Então é hora de comparar as listas de equipamentos. Civic e Song Plus oferecem um arsenal de auxílios ao motorista. Os dois são capazes de seguir o veículo da frente e se manter dentro da faixa. Quadro de instrumentos digital, ar-condicionado de duas zonas e bancos dianteiros elétricos completam o pacote de itens de conforto.
Tamanho não é documento, mas o Song tem rodas, teto solar e central multimídia maiores do que os equivalentes do Civic. E se você quiser impressionar alguém, basta pressionar um botão para girar a tela de 12,8 polegadas.
Mas bem que eu trocaria essa função por um uso mais intuitivo, como no Honda. Também escolheria os acertos de suspensão e direção do sedã — bem mais firmes e diretos do que os do Song Plus —, características opostas às dos carros chineses. Em nossos testes, o Civic bateu seu concorrente em todas as provas de desempenho e frenagem.
BYD Song Plus tem 4,70 metros de comprimento, 1,86 m de largura e 1,68 m de altura; porta-malas é de 574 litros
Murilo Góes
E olha que o BYD é mais potente. Tem 235 cv, contra 184 cv do Civic, quando movido pelo motor elétrico. A explicação pode estar nos 250 kg extras do Song. É como carregar três adultos e uma criança o tempo todo.
Quando isso é, de fato, necessário, o BYD o faz com mais conforto graças aos centímetros a mais no comprimento e no entre-eixos. O espaço interno ainda é mais bem aproveitado em razão do assoalho plano. O porta-malas tem abertura elétrica e acomoda 79 litros a mais.
Cabine do Honda Civic de 11ª geração é mais refinado e elegante do que a anterior
Murilo Góes
Porém, o que mais chamou minha atenção no Song Plus foi a qualidade do acabamento. Todas as superfícies que as mãos e os olhos alcançam são forradas de material de ótima qualidade, uma mescla de couro e plástico emborrachado. Não que o Civic vá mal nesse aspecto, mas o BYD realmente parece um carro de luxo. A cabine é mais refinada que a dos Mercedes de entrada.
Pelo conjunto da obra, o Song Plus é um produto (um pouco) melhor do que o Civic e justifica o investimento adicional com um consumo de combustível baixíssimo, mais espaço interno e no porta-malas e melhor acabamento. Não é muito fã de SUVs ou não deseja ultrapassar a marca dos R$ 250 mil? Vá de Honda e também seja feliz.
Compare o Honda Civic com o BYD Song Plus:
Honda Civic x BYD Song Plus
Honda Civic x BYD Song Plus
Dados da montadora
Itens
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