GWM Haval H6 GT: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir

Por R$ 324 mil, modelo mais caro da família H6 oferece estilo, espaço, conforto, desempenho, autonomia e tecnologia, mas tem seus poréns O GWM Haval H6 GT é o modelo de topo da família que é o carro-chefe da marca chinesa no Brasil. Custa R$ 324 mil e é o único produto do quarteto H6 a trazer uma carroceria estilo SUV cupê, com visual dianteiro próprio.
Tanto a motorização quanto o conjunto elétrico deste SUV médio híbrido plug-in são os mesmos do H6 PHEV34: motor 1.5 turbo a gasolina aliado a outros dois elétricos de tração, um dianteiro e um traseiro, entregando 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque combinados. A tração é integral e as baterias têm 34 kWh de capacidade, com recarga lenta (AC) a 6,6 kW e rápida (DC) a até 48 kW.
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H6 GT 2025 traz rodas pretas e freios com pinças vermelhas para reforçar o caráter esportivo
Leonardo Felix/Autoesporte
Após rodarmos quase 1.700 km com o H6 GT em ciclo urbano e rodoviário, escolhemos cinco grandes qualidades e cinco mancadas do SUV. Confira:
GWM Haval H6 GT – 5 razões para comprar
1. Desempenho e dirigibilidade
Além dos números abundantes de potência e torque, mais que suficientes para empurrar os 2.050 kg de peso do SUV médio híbrido, o H6 tem uma distribuição inteligente de propulsão entre os motores. A prioridade da tração é sempre do elétrico dianteiro de 177 cv e 30,6 kgfm. O 1.5 turbo de 150 cv e 23,4 kgm entra quando há a demanda por uma aceleração mais forte. Já o elétrico traseiro de 184 cv e 23,7 kgfm é acionado apenas em cenários de aclive ou aderência mais baixa.
É possível acompanhar o fluxo de energia e tração do GWM Haval H6 GT 2025 em tempo real no quadro de instrumentos
Leonardo Felix/Autoesporte
Além disso, o posicionamento das baterias no assoalho deixa o H6 GT com um centro de gravidade relativamente baixo, apesar de seu corpanzil e sua silhueta alta. Isso ajuda SUV cupê a dar aquela “assentada” e a melhorar sua estabilidade, apesar das suspensões demasiadamente macias (característica que exploraremos mais adiante) e de uma leve tendência ao subesterço.
Por fim, os ângulos de transposição (19,8° de ataque; 24,9° de saída) e o vão livre do solo (17,2 cm) não chegam a ser os maiores do segmento, mas são bons o suficiente para que o veículo não raspe os para-choques com facilidade ao passar por valetas, lombadas e terrenos irregulares.
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2. Autonomia
O tanque de combustível com 55 litros e, mais importante, o robusto conjunto de baterias de íons de lítio de 34 kWh ajudam o H6 GT a operar praticamente como um carro elétrico na cidade, sem a necessidade de gastar uma gota de gasolina caso o motorista tenha como manter o SUV carregado. Na estrada, basta usar o modo de “regeneração obrigatória” que você não ficará sem energia elétrica.
Em nossa rodagem de 1.680 km, quase 85% formada por percurso rodoviário, o H6 GT registrou 13,6 km/l de consumo médio, mas chegou a passar de 15 km/l em trajetos de estrada com predominância de descidas. Isso mesmo pesando 2 toneladas e com o modo de regeneração obrigatória ativado, usando parte da energia do motor 1.5 turbo para manter as baterias carregadas sempre a pelo menos 30%.
Em um carregador rápido (DC) de 30 kW, recuperamos 100% das baterias do Haval H6 GT 2025 em 1 hora e 22 minutos
Leonardo Felix/Autoesporte
3. Conforto
O Haval H6 GT é um carro confortável. A suspensão pode ser permissiva demais em curvas de estrada, mas é macia para uso na cidade. Também há muito silêncio a bordo, graças ao bom isolamento acústico. Além disso, o ar-condicionado é potente e gela rápido a cabine (às vezes até demais).
E há um mimo especial: basta ativar a função Auto Hold (que mantém o carro travado sem precisar manter o pé no freio após a parada total) apenas uma vez que ela fica memorizada e se ativa automaticamente toda vez que ligamos o SUV.
Duas das câmeras de manobra do H6 GT
Leonardo Felix/Autoesporte
4. Espaço interno
Os 4,73 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,73 m e 2,74 m de entre-eixos de dimensões do GWM Haval H6 GT falam por si. O SUV médio é espaçoso para cinco passageiros. O porta-malas de 515 litros é igualmente generoso e nos permitiu viajar com as bagagens de três passageiros mais um pet de modo tranquilo.
Porta-malas levou essas mais algumas outras bagagens sem nenhum sufoco
Leonardo Felix/Autoesporte
5. Câmeras de manobra
As câmeras de 360° do H6 GT têm ótima resolução e são muito boas para manobras. Também oferecem um cardápio de ângulos interessante. As laterais ajudam a evitar que as rodas raspem em uma guia, por exemplo; as de ré incluem uma contagem de proximidade para o obstáculo atrás em centímetros.
Bancos dianteiros do GWM Haval H6 GT
Divulgação
GWM Haval H6 GT – motivos para fugir
1. Freios
Característica que acompanha a família GWM Haval H6 desde seu lançamento e até hoje não foi corrigida. Os freios são fundos e borrachudos demais, o que demanda mais esforço e atenção na hora das frenagens. É preciso dizer que não houve qualquer tipo de fadiga ou falha de nenhum dos discos ao longo dos 1.680 km de rodagem, mas que esse detalhe incomoda, incomoda…
GWM Haval H6 GT 2025 durante parada na estrada
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2. Suspensão e direção
Mesmo independente nos dois eixos, a suspensão é um tanto mole demais e permite inclinações laterais agudas em curvas mais fechadas de rodovia, apesar de o carro se manter estável e assentado por conta das baterias no assoalho. Outro detalhe é a direção, um bocado anestesiada mesmo quando configurada no modo “esportivo”, mais responsivo. Por fim, o volante tem um aro grande e a empunhadura fica posicionada muito para cima.
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3. Intuitividade dos comandos e alertas sonoros
Os comandos do painel de instrumentos digital e da central multimídia do Haval H6 GT poderiam ser mais intuitivos. Alguns ajustes, como os dos sistema de segurança ativa (Adas), ficam escondidos na central multimídia e não são de fácil acesso.
Mas o que mais pega são os alertas sonoros excessivamente altos e presentes a todo instante. O condutor está constantemente exposto a ruídos altos de seta, avisos de proximidade para o veículo à frente etc, o que acaba aumentando o cansaço e o estresse em trajetos mais longos.
Cabine do GWM Haval H6 GT
Divulgação
4. Comandos do ar-condicionado
Faz falta ter comandos físicos para regulagem de temperatura e intensidade do ar-condicionado. Só é possível ligar ou colocar o sistema em modo Auto por botões do painel. O resto é preciso fazer na central multimídia, o que tira muito a atenção do motorista. E o menu rápido que aparece à esquerda da tela de entretenimento não ajuda muito.
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5. Barulhos de acabamento
A unidade que pegamos tinha menos de 7 mil km rodados, mas já fazia alguns barulhos constantes de acabamento solto, especialmente na parte traseira. O tampão do porta-malas foi o que mais escutamos.
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