Gasolina começou o segundo semestre R$ 0,55 mais cara do que no início do ano
Primeiro semestre foi marcado pelo aumento de impostos estaduais e federais sobre o combustível RESUMO DA REPORTAGEM
Na primeira semana de janeiro o litro da gasolina custava R$ 5,12
Na primeira semana de julho o litro da gasolina foi de R$ 5,67
O primeiro semestre foi marcado pela volta de impostos federais e aumento de impostos estaduais
O ano passado foi marcado pela alta do preço da gasolina para os consumidores nos postos. Em 2023 não está sendo diferente. O valor médio do litro o combustível na primeira semana de janeiro deste ano foi de R$ 5,12, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E na primeira semana do segundo semestre a médio do litro foi de R$ 5,67, portanto, R$ 0,55 ou 10,7% mais caro, de acordo com a mesma ANP.
O segundo semestre começou em alta, mas já deu uma discreta reduzida. No levantamento mais recente da ANP, entre os dias 9 e 15 de julho, o preço médio no país foi de R$ 5,63 – R$ 0,04 a menos, o que corresponde a uma queda de 0,7%.
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Na primeira semana de janeiro o ICMS – que ainda permanecia com teto de 18% sobre o preço final do litro –, oscilava, em média, entre R$ 0,70 e R$ 0,80, dependendo do estado. Os impostos federais, por sua vez, estavam zerados. Isso ainda era reflexo das medidas do ex-presidente Jair Bolsonaro no passado para reduzir o valor do combustível nas bombas.
Porém, depois de um ano congelados, o Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que são os impostos federais, voltaram a ser cobrados no início de março, como já era esperado. A partir de então, os tributos representaram R$ 0,35 no preço final do combustível nos postos, segundo a Petrobras, que não mostra o valor separado de cada imposto, mas sim a soma deles.
Ano começou com impostos federais zerados e eles voltaram a ser cobrados a partir de março
Agência Brasil
Na época, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, explicou que a reoneração do combustível seria parcial e dividida em duas partes para que o impacto nos postos não fosse tão forte.
Três meses se passaram desde a volta parcial dos impostos federais e a partir de junho o ICMS passou a ser único, com preço fixo de R$ 1,22 após um ano com teto de 18%. Isso aconteceu após reivindicação dos estados e do Distrito Federal por perda de receita com a redução do imposto.
Por sim, a segunda parte da reoneração de tributos federais aconteceu no dia 29 de junho. Agora, esses tributos federais representam R$ 0,69 (12,3%) dos R$ 5,63 cobrados no litro da gasolina, já os R$ 1,22 de ICMS corresponde a 21,7%, portanto R$ 1,91 ou 34% do preço total de gasolina é só de impostos.
Composição do preço da gasolina (7 a 15 de julho)
O carro novo com o menor tanque de combustível vendido no Brasil é o Renault Kwid, tem que tem 38 litros de capacidade. Para encher o tanque com gasolina, o motorista precisa pagar R$ 213,94. Deste total, R$ 72,58 (ou mais de 30% do valor) são arrecadados apenas para impostos.
A conta é: R$ 1,91 da soma dos impostos (ICMS e federais) multiplicado por 38, que é a capacidade do tanque do Renault Kwid. Essa conta resulta nos R$ 72,58.
Renault Kwid tem o menor tanque de combustível do Brasil entre os carros 0km, com 38 litros
Divulgação
Usamos a mesma lógica para encher o tanque com gasolina dos 5 carros mais vendidos do Brasil no primeiro semestre deste ano. Se quiser conferir a lista dos 50 mais vendidos, basta clicar aqui.
Preços dos impostos para encher o tanque
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