Exclusivo: Caoa Changan terá 3 carros nacionais feitos em fábrica de Goiás


Dias atrás, publicamos em primeira mão que a Caoa Changan é a nova marca sino-brasileira, fruto da união do maior grupo automotivo do Brasil com uma das gigantes da China. Agora, trazemos mais detalhes da operação. Em breve, você também vai saber como fica a relação da Caoa com a Chery.
Antes, vale lembrar que a apresentação da Caoa Changan será no Salão do Automóvel, em novembro, com as vendas começando meses depois, no segundo trimestre de 2026. Inicialmente, chegam três SUVs: Uni-T e CS75, ambos de porte médio e com motor a combustão, e o Avatr 11, um carro elétrico de porte grande com muito luxo para disputar o restrito mercado com Audi, BMW e a conterrânea Zeekr. Veja mais sobre os modelos neste artigo.
Avatr 11 será modelo mais caro na chegada da Changan ao Brasil
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Autoesporte apurou que a vontade dos chineses era iniciar as operações ainda em 2025, com carros importados. Porém, a Caoa conseguiu uma mudança no cronograma para o ano que vem por uma questão estratégica: o trio será lançado já com produção local, na fábrica de Anápolis (GO).
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Estamos falando da mesma unidade que, meses atrás, deixou de produzir os carros da Hyundai, em informação antecipada por Autoesporte. Mas os galpões goianos não ficarão ociosos por muito tempo. As linhas que antes seriam usadas pela marca coreana, serão aproveitadas para a chinesa.
O local inclusive está sendo preparado para uma nova fase. Entre abril e maio, os funcionários entraram em férias coletivas com a informação de que o período seria usado para modernização das instalações. Corrobora para essa informação os investimentos de R$ 3 bilhões anunciados em 2023.
Uma curiosidade é que a foto enviada pela Caoa mostra a fachada da fábrica já sem os emblemas de Caoa Chery e Hyundai — talvez um indicativo do que vem por aí.
Fábrica da Caoa em Anápolis está passando por modenrizações
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Quando o aporte for concluído, a fábrica terá sua capacidade dobrada dos atuais 80 mil para 160 mil carros por ano. Em 2024, a Caoa, ainda com um residual de produção da Hyundai, fez 62 mil veículos em Anápolis. Já a Caoa Chery, com importados na soma, vendeu cerca de 60 mil exemplares. Ou seja, um volume próximo ao limite da capacidade — e pequeno para abrigar uma segunda marca que almeja vendas expressivas.
Changan CS75 Plus será feito na mesma fábrica que atualmente produz a linha Tiggo, da Caoa Chery
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Com o aumento na capacidade, a fábrica de Anápolis vai conseguir abastecer, com sobras, o mercado local de Caoa Changan e Caoa Chery. Trataremos do futuro desta segunda em um novo artigo.
Procurada, a Caoa enviou a seguinte nota: “A Caoa desconhece esta informação e segue com o posicionamento oficial de que não antecipa estratégias, futuros laçamentos e negociações em andamento.”
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