Estes 5 clássicos nacionais devem valorizar muito nos próximos anos

Com um mercado de carros antigos cada vez mais visado, veja cinco Carros usados e seminovos podem ser um investimento? O debate é polêmico. A favor da tese, há os que defendem a importância histórica de determinados modelos, a baixa disponibilidade no mercado, a raridade dos exemplares conservados, e por aí vai.
Do outro lado, há alegações de que carros são risco de prejuízo, pois dão despesas e podem ter vícios ocultos. Além disso, é difícil prever quanto durará a febre por determinado modelo e se uma próxima onda de procura por ele virá, entre outros fatores de risco para escolha de compra um carro antigo.
O fato é que o mercado viu diversos casos de valorização. Modelos que antes ninguém dava nada passaram a ser queridinhos dos colecionadores. “Podemos nos basear no fim da Kombi, com a versão Last Edition. O carro foi um sucesso, só valorizou e continua o mesmo de sempre na hora de receber a manutenção. Além disso, a oferta dela caiu, mas a demanda não”, afirma Cassio Pagliarini, consultor automotivo e sócio da Bright Consulting.
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Nenhum modelo simboliza tanto esse tema quanto o Volkswagen Gol GTi: a icônica versão esportiva da geração “quadradinha” do hatch pode ser hoje encontrada em classificados online por mais de R$ 100 mil ou até R$ 200 mil, a depender do estado do veículo.
Volkswagen Gol GTI é exemplo de carro antigo supervalorizado nos últimos anos
Murilo Góes
Quais deverão ser os próximos carros antigos a se supervalorizarem? Essa é a pergunta de ouro que todos querem saber. Ainda que seja impossível ter certeza — pois ninguém tem bola de cristal — determinados carros dão alguns sinais de que vão subir de preço.
Muitos deles estão relacionados à facilidade de manutenção e à lei da oferta e da procura (como bem disse o especialista), mas podem ir além, rumo ao lado mais subjetivo e afetivo. Veja cinco modelos que poderão surpreender:
Chevrolet Monza S/R
Chevrolet Monza S/R é hatch esportivo equipado com bancos Recaro e equipamentos de luxo
Divulgação
O hatch esportivo dos anos 80 já não é mais tão barato assim, mas como se trata de um carro que tem apelo, oferta reduzida e encareceu menos do que rivais de época (como VW Gol GT e Ford Escort XR3), ainda tem boa margem para ganhar preço. Aliás, o Chevette é menos raro e já encareceu bem mais do que o Monza S/R. E a versão tem grife, com bancos Recaro, equipamentos de luxo para a época, preparações mecânicas e visual único.
Motor: 2.0 aspirado
Rendimento: 110 cv e 17,3 kgfm
Transmissão: câmbio manual de 5 marchas e tração dianteira
Fiat Uno 1.6 R
Uno 1.6 R é versão do clássico da Fiat dos anos 90 equipada com motor Sevel
Divulgação
Mais um caso de modelo que já subiu de preço, mas não o que poderia. Dentro da Fiat, vemos Grazie Mille, Uno Turbo e até Fiat 147 com ascensões mais altas. Mas além do apelo esportivo, da exclusividade e da simpatia que muitos colecionadores têm pelo Uno, o 1.6 R entrega o robusto motor Sevel, que além de render bem no carrinho, é fácil de manter. Pelo fato de haver cada vez menos exemplares em bom estado, os bons deverão valorizar.
Motor: 1.6 aspirado
Rendimento: 88 cv e 13,2 kgfm
Transmissão: câmbio manual de 5 marchas e tração dianteira
Volkswagen Brasília
Volkswagen Brasília é uma das grandes apostas de valorização
Divulgação
Trata-se de mais um clássico nacional que veio adquirindo preço ao longo dos anos. Entretanto, pelo fato de o Fusca ter disparado, a Brasília acabou virando uma verdadeira pechincha aos que curtem o borbulhante motor boxer a ar da Volkswagen. Como não seria nada improvável que a demanda pelo Fusca acabe “escorregando” para o lado “irmão”, trata-se de uma das apostas de valorização mais plausível para o futuro.
Motor: traseiro, 1.6 boxer aspirado
Rendimento: 60 cv e 12 kgfm
Transmissão: câmbio manual de 4 marchas e tração traseira
Jeep Ford / Willys Overland
Willys (ainda) é opção de jipe raiz mais em conta que um Bandeirante ou Defender da mesma época
Auto Esporte
Os colecionadores também gostam de um off-road. Enquanto antigamente a demanda era dividida entre o trilheiro americano, o Toyota Bandeirante e o Land Rover Defender, hoje os dois últimos já não são mais atraentes para qualquer bolso. O único cujos preços ainda não subiram para além da conta foi o Jeep raiz, sendo assim, poderá ser uma aposta para o futuro. Além de parrudo e carismático, é carregado de história e dirigibilidade analógica.
Motor: 2.6 com seis cilindros em linha ou 2.3 de quatro cilindros
Rendimento: 90 cv e 18,7 kgfm / 91 cv e 17 kgfm
Transmissão: câmbio manual de 3 marchas ou manual de 4 marchas, sempre tração 4×4
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Chevrolet Corsa GSi
Chevrolet Corsa GSi possui apenas 2.500 exemplares e poderá receber a placa de colecionador daqui a dois anos
Reprodução/MIAU – Museu da Imprensa Automotiva
Com apenas 2.500 unidades produzidas, o Corsa GSi chamava atenção pelo desempenho, pelos itens exclusivos e pela robustez da mecânica. Era desejado por aqueles que viveram na segunda metade da década de 90 ou até mesmo nos anos 2000. Daqui a dois anos poderá receber a placa preta e terá tudo para subir de preço rapidamente, uma vez que — tal como o Uno — o Corsa (ainda mais o GSi) é queridinho do brasileiro e fácil de manter.
Motor: 1.6 aspirado
Rendimento: 108 cv e 14,8 kgfm
Transmissão: câmbio manual de 5 marchas e tração dianteira
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