Conheça os carros elétricos com a menor autonomia do Brasil

Listamos todos os modelos que rodam menos de 300 km com uma carga, segundo o Inmetro Desde fevereiro, a autonomia dos carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil precisa seguir as normas do Inmetro. O instituto adotou um padrão mais pessimista, com alcance cerca de 30% mais baixos do que as fabricantes costumavam anunciar.
Segundo o Inmetro, o objetivo é aproximar a autonomia anunciada com a que o motorista pode conseguir na vida real.
Saiba-mais taboola
Desde então, o segmento teve importantes lançamentos, como o BYD Dolphin e o GWM Ora. Este último inclusive teve a autonomia divulgada pela fabricante nesta terça-feira (7): 232 km. Isso significa 59 km menos que o grande rival, Dolphin.
Com base na versão mais recente da tabela do Inmetro, trazemos aqui os modelos com a menor autonomia do país. Reunimos todos os carros com menos de 300 km de alcance. São exatos 31 modelos. Confira:
Carros elétricos com menos de 300 km de autonomia
O que mudou?
Até o ano passado, cada fabricante divulgava a autonomia dos veículos de acordo com o um padrão. A grande maioria adotava o WLTP, o mais usado na Europa, que mescla testes de laboratório de de rodagem nas ruas. Algumas ainda optavam pelo ciclo chinês – o mais otimista de todos, com alcances maiores.
Outras preferiam a regra norte-americana EPA, mais próxima à realidade e a escolhida para ser replicada pelo Inmetro. A questão é que ainda há diferença na autonomia de modelos testados pelo padrão dos Estados Unidos.
Porsche Taycan tem diferença considerável de autonomia no padrão Inmetro
Murilo Góes
O Inmetro explica que a EPA “fornece aos fabricantes três métodos para avaliação em veículos elétricos”. Para o Brasil, o órgão escolheu um padrão com “custos e prazos para a realização dos ensaios e obtenção dos resultados mais adequados à realidade brasileira, bem como para garantir a uniformidade do método de apresentação dos dados”.
Assim, há diferenças consideráveis. A maior alteração nos dados é encontrada no Porsche Taycan 4S. No teste norte-americano, o alcance é de 378 km. Já no Brasil, autonomia é 36,3% menor, de apenas 241 km.
Mais próximo da realidade
De todo modo, o Inmetro afirma que essa mudança tem sido discutida com as fabricantes desde 2020 e explica que a medida foi tomada para aproximar a autonomia anunciada com a que o motorista pode conseguir na vida real.
Henry Joseph Jr., diretor técnico da Anfavea, a associação das fabricantes, diz que todos os testes de consumo de combustível (e autonomia, no caso dos elétricos) são feitos em laboratórios com condições controladas, em um cenário otimista diante das situações cotidianas de uso dos veículos.
“Nos Estados Unidos, há algum tempo, eles observaram que os testes levavam a valores muito bons quando comparados ao uso real, na rua. Essa diferença acabou sendo bastante discutida. Então, criaram um fator de deflação para vários tipos de veículo. Assim, é aplicada a deflação sobre o valor obtido no laboratório. Quando o consumidor pega o consumo de combustível de km/l, o valor da etiqueta é muito próximo ao que ele vai aferir no uso real”, afirma.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas
Fonte: Read More



