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Comparativo de 1995: Fiat Tipo e Renault 19 fazem duelo de hot hatches

02/02/2025
Comparativo de 1995: Fiat Tipo e Renault 19 fazem duelo de hot hatches

Ambos importados, empolgavam no desempenho com cavalaria idêntica: qual se saiu melhor na época? Texto publicado originalmente na revista Autoesporte 364, de setembro de 1995
Contemporâneos, sem dúvida. Ambos foram lançados em 1988 e começam suas várias versões com motores 1,4 litro. O Tipo foi um pouco mais longe, chegando ao motor de 2,0 litros. Já a Renault optou por parar a evolução do 19 em 1,8 litro.
Os dois contam com motor de 16 válvulas, que passaram a equipar o propulsor 1.8 francês em 1990, enquanto no carro italiano essa tecnologia foi incorporada em 1989 no motor 1.8, evoluindo, em 1991, para o 2.0.
Versões esportivas quase nunca objetivam grandes vendas. São mais uma demonstração de competência, um cartão de apresentação do fabricante. Como o Tipo e o 19 não ocorre nada de diferente.
Tipo 16V tinha calibragens de molas e amortecedores diferenciados em relação ao 2.0 8V
Autoesporte/Acervo MIAU
Conservadas as características originais das carroçarias, ambos receberam apêndices aerodinâmicos de apelo essencialmente esportivo que os diferenciam das versões inferiores. Disponível em apenas três portas, o Tipo recebeu externamente “saias” laterais colocadas entre as caixas de rodas. Todo seu contorno — inclusive os para-choques — é integrado por um filete vermelho.
Graças a isso se conseguiu uma impressão de grande rebaixamento da carroçaria, acentuando a caracterização de esportividade. No para-choque dianteiro foram incorporados faróis auxiliares de neblina e as rodas de liga leve (aro 14) têm desenho exclusivo.
Rodas do Renault 19 eram maiores que as do Tipo
Autoesporte/Acervo MIAU
O Renault 19 recebeu aerofólio sobre a tampa do porta-malas e uma abertura sobre o lado direito do capô, para ventilar o cofre na região do coletor de escapamento, muito junto à parede de fogo. As rodas de liga leve também têm desenho exclusivo e, o que é pouco comum, são aro 15.
Nos dois carros as modificações interiores são as mais significativas. Receberam bancos dianteiros com melhores apoios laterais, fator imprescindível num automóvel de desempenho esportivo. Os bancos do Renault, além de firmarem melhor o motorista, são mais macios do que os do Tipo, colaborando para absorver parte da rigidez de funcionamento das suspensões esportivas.
No 19 indicador do óleo tinha dupla função: marcador de nível com motor desligado e de pressão quando ligado
Autoesporte/Acervo MIAU
Os painéis de instrumentos tentam ser os mais completos possível. Além dos habituais velocímetro, conta-giros e indicador de nível de combustível, no Tipo estão presentes os termômetros de temperatura do líquido de arrefecimento e do óleo do motor, manômetro do óleo e relógio analógico. O 19 não dispõe de termômetro do óleo, porém, enquanto o motor não é colocado em funcionamento, o manômetro de óleo opera como um marcador de nível.
Nos dois modelos — principalmente no Tipo — esse instrumental é completado por uma profusão de luzes-testemunha para controlar diversas funções.
Com a evolução tecnológica os motores multiválvulas vão ficando cada vez mais suaves e elásticos. No Tipo a suavidade é surpreendente — graças a duas árvores contra-rotativas que restringem ao mínimo as vibrações.
Apresenta ainda elasticidade pouco comum neste tipo de motor. A adoção de um coletor de admissão de geometria otimizada eleva o torque e colabora para melhores respostas em baixos regimes de giros. Previsto para ser utilizado esportivamente, o motor recebeu alguns cuidados especiais para garantir maior confiabilidade: bielas trimetálicas, válvulas de exaustão bimetálicas, jatos de óleo para a refrigeração das cabeças dos pistões e radiador de água com grande poder de arrefecimento.
No Fiat Tipo, painel era bem completo, incluindo indicador de temperatura do óleo do motor
Autoesporte/Acervo MIAU
O Renault 19 já não é tão suave e também não mostra a elasticidade como ponto de destaque. A explicação é bastante simples. O motor Fiat tem 2 litros e 137 cv de potência a 6.000 rpm. Já o motor francês atinge os mesmos 137 cv, porém a 6.500 rpm e com apenas 1,8 litro. Essa diferença de capacidade cúbica obrigou um desenvolvimento mais acentuado para atingir a mesma potência do motor italiano.
Em função da maior cilindrada, o torque do Tipo também é bem maior: 18,4 kgfm a 4.500 rpm, contra 16,5 kgfm a 4.250 rpm. Essa superioridade completa-se por uma curva de torque mais plana, o que garante melhores retomadas de velocidade, ainda que a faixa de torque máximo no Renault seja atingida 250 rpm abaixo do Tipo. O carro italiano foi melhor em todas as avaliações de retomada. De 40 a 80 km/h em terceira marcha, por exemplo, precisou de apenas 6,4 segundos, enquanto o francês demorou 8,1 segundos.
Tipo 16V bateu por muito o concorrente em retomadas e acelerações
Autoesporte/Acervo MIAU
De modo geral, ambos mostram excelente desempenho. Mesmo sendo 100 quilos mais pesado — 1.215 kg contra 1.115 kg — o Tipo só precisa de 8,8 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h. Na mesma situação o 19 precisa de 9,6 segundos.
Em função de uma aerodinâmica não tão apurada, com Cx 0,31, o Tipo chegou aos 196 km/h (a fábrica indica 204 km/h) de velocidade máxima. É preciso levar em consideração que esse dado do carro italiano foi obtido na pista curta, enquanto o 19, com Cx 0,30, atingiu os 210,3 km/h (a fábrica indica 212 km/h) na chamada “reta infinita”.
Renault 19 16V oferecia mais conforto e capacidade de absorção de irregularidades do solo
Autoesporte/Acervo MIAU
As boas características de dirigibilidade são acentuadas graças às suspensões e aos pneus mais adequados. O pacote esportivo do Tipo inclui calibragens de molas e amortecedores diferenciados em relação ao oito válvulas. Ficou mais firme e atende bem à proposta de alto desempenho. O Renault segue a mesma regra de suspensões esportivas, porém com um pouco mais de conforto e capacidade de absorção de irregularidades do solo.
As suspensões firmes e a alta pressão (31 Ib) dos pneus recomendada pela Fiat causam um grande desconforto de marcha, além do que seria aceitável numa versão esportiva, Acelerar forte em piso irregular provoca muita trepidação e instabilidade direcional. Experimentamos rodar com 27 Ib nos pneus e esses inconvenientes foram bastante atenuados, além de o comportamento em curvas feitas no limite de aderência apresentar perda pouco significativa.
Esportivo da Renault foi melhor que o da Fiat em velocidade final e consumo
Autoesporte/Acervo MIAU
Em contrapartida, ambos são automóveis que respondem com precisão e segurança a todas as exigências de uma condução arrojada. Em curvas de qualquer raio mantêm sempre a trajetória correta. Os pneus do Renault, 195/50 R 15 V, são mais apropriados às solicitações esportivas do que os do Tipo (195/60 R 14 H). O conjunto suspensões/pneus permitiu ao 19 vantagem no teste de aceleração lateral: conseguiu 0,88 g contra 0,80 g do Fiat. Curiosamente o Tipo 16V obteve o mesmo valor da versão de 2,0 litros e oito válvulas, sem a mesma calibragem de suspensões e com pneus menores (185/65 R 14 H).
Em modelos de comportamento esportivo é perfeitamente aceitável níveis de ruído um pouco elevados. Nesse item o Tipo leva vantagem. Parte da desvantagem do Renault pode ser creditada à ausência de uma manta absorvente sob o capô. Quanto ao consumo, larga margem de vantagem para o 19. Ele obteve a média de 10,3 km/l na cidade e de 13,4 km/l na estrada, enquanto seu rival não passou de 7,8 km/I no trânsito urbano e 11,5 km/l na estrada. Porém, o modelo italiano garante a mesma autonomia com um tanque de combustível de 55 litros contra 47 litros do francês.
Fiat Tipo 2.0 16V e Renault 19 16V eram esportivos de verdade e não apenas adesivados
Autoesporte/Acervo MIAU
O Tipo já tem um histórico de sucesso: chegou a ser o terceiro mais vendido do País, incluindo os nacionais. O preço básico do 16V é de US$ 31.664. Com todos os opcionais, como é o caso da unidade testada (bolsa inflável, alarme contra roubo, ar-condicionado, bancos Recaro, teto solar e ABS), o valor sobe para US$ 40.310.
O 19, importado da Argentina sem taxas, responde por 60% das vendas da Renault no País, o que a ajudou a liderar as vendas entre as marcas que não produzem no Brasil. Esta versão de 16 válvulas é a única trazida da França. Seu preço final só com um opcional disponível (bancos forrados de couro) chega a US$ 36.000.
Apesar de os dois modelos já sentirem o peso dos anos, são opções bem interessantes a um custo competitivo em relação aos esportivos nacionais.
Resultado dos teste
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