Chevrolet encara greve no Brasil e nos EUA ao mesmo tempo; veja outras marcas envolvidas

Greve nos Estados Unidos mobiliza mais de 40 mil trabalhadores que pedem reajustes salariais Trabalhadores de três fábricas da General Motors declararam greve no interior de São Paulo após demissões no fim de semana. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos acusa a marca de desligar funcionários por correspondências e e-mails — incluindo trabalhadoras grávidas que cumpriam licença-maternidade.
Funcionários de fábricas em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes também estão em greve. Ainda não há informações sobre a quantidade de demitidos e grevistas, mas a mobilização deve continuar até que os desligamentos sejam suspensos. De acordo com a General Motors, as demissões teriam o objetivo de adequar o quadro de funcionários às quedas nas vendas.
Coincidentemente, a mobilização dos trabalhadores da GM no interior de São Paulo acontece no momento em que a própria marca enfrenta uma de suas maiores greves nos Estados Unidos.
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O que aconteceu?
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O sindicato United Auto Workers (UAW), que representa trabalhadores das maiores fabricantes dos Estados Unidos, entrou em greve no dia 15 de setembro. O órgão protesta por reajustes salariais contra as chamadas “Big Three” (As Três Grandes): Stellantis, Ford e General Motors.
A greve começou nas fábricas de Detroit, um dos maiores polos automotivos do país, e avançou para outras regiões. Atualmente, 40 mil trabalhadores vinculados ao sindicato participam da mobilização.
Nesta segunda-feira (23), a fábrica em que a Stellantis produz a Ram 1500 anunciou que as máquinas estão paradas. Há a possibilidade de que mais funcionários em outros polos entrem em greve nos próximos dias.
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As consequências
Uma greve tão longa afeta a vida dos norte-americanos. Ao todo, a consultoria Anderson Economic Group (AEG) diz que a paralisação causou impacto de US$ 9,3 bilhões na economia do país — R$ 46 bi em conversão direta.
Deste montante, estima-se que o prejuízo foi de US$ 4,1 bilhões para Stellantis, GM e Ford; US$ 2,78 bi para fornecedores, e US$ 1,8 bi para concessionárias e clientes.
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Se a mobilização perdurar, as três marcas devem anunciar cortes e até cancelamentos de investimentos para o futuro. O prejuízo para a indústria americana pode ser ainda maior.
O UAW continua negociando aumentos salariais. Segundo o presidente do sindicato, Shawn Fain, as fabricantes aumentaram os valores propostos, mas continuam distantes da meta inicial de 40%. “Há mais dinheiro para pôr na mesa. Vamos manter a greve”, afirmou em vídeo ao vivo no Facebook.
O sindicato representa 150 mil trabalhadores nos Estados Unidos, Porto Rico e até no Canadá.
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