Chevrolet demite até grávidas por telegrama; funcionários entram em greve

Fabricante demitiu funcionários de três fábricas por meio de carta no último fim de semana A General Motors não vai produzir veículos no Brasil hoje (23). Os funcionários das unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, estão em greve após as demissões do último fim de semana.
Os desligamentos nas três fábricas aconteceram por meio de telegramas e e-mail. Até o momento, nem montadora ou sindicados informam o número de pessoas desligadas. No entanto, já se sabe que até mulheres grávidas estão na lista de corte, segundo G1 e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
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De acordo com comunicado da General Motors, as demissões aconteceram por “quedas nas vendas”. Com isso, foi necessário “adequar seu quadro de funcionários”.
As demissões vão contra o acordo de lay-off, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes. “Pelo acordo aprovado em junho, todos os operários da planta deveriam ter estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão de contratos. Cerca de 1,2 mil trabalhadores entraram em lay-off em julho”, informam em comunicado.
A organização ainda diz que a GM descumpriu a legislação que impõe uma negociação entre empresa e sindicato antes de demissões em massa. Agora, a entidade tentará pressionar os governos estadual e federal para reverter a situação e cancelar as demissões.
A greve foi convocada no último domingo (22) pelos trabalhadores da unidade de São José dos Campos, onde são produzidos S10, Trailblazer, motores e câmbios. Depois, se espalhou para São Caetano do Sul, onde são feitos Spin, Montana e Tracker. Por fim, estado de greve também foi anunciado em Mogi das Cruzes, onde outras peças são produzidas.
Para colocar um fim à greve, o Sindicato cobra o cancelamento das demissões. Em nota à Autoesporte, a GM admite a greve e diz que entende o impacto “na vida das pessoas” , mas ressalta que a “adequação é necessária” para manter agilidade nas operações. Confira o comunicado na íntegra:
“Foi aprovada pelos empregados, nesta segunda-feira, 23 de outubro, em assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, São Jose dos Campos e Mogi das Cruzes a proposta de greve por tempo indeterminado.
Reiteramos que a queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.
A GM reforça que a segurança dos empregados é nossa prioridade”.
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