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Carros sem botões serão penalizados em teste de segurança no Brasil

25/11/2025
Carros sem botões serão penalizados em teste de segurança no Brasil


Na intenção de desenvolver carros mais parecidos com smartphones, as fabricantes — especialmente as chinesas — têm adotado grandes centrais multimídia que concentram todos os comandos do veículo. Funções como ar-condicionado, ajustes dos retrovisores e até o velocímetro sumiram de suas posições convencionais e foram alocadas na tela principal. O Latin NCAP, órgão independente que fiscaliza a segurança automotiva no continente, diz que a prática coloca o motorista em risco e pretende penalizar a abordagem no futuro.
“Nossa visão é que estes sistemas não são bons. Todos os comandos touch, que não têm contato físico, geram uma distração. Vamos penalizar veículos que tenham essas características no próximo protocolo” — disse Alejandro Furas, diretor geral do Latin NCAP.
Atualmente, o Latin NCAP avalia quatro áreas da segurança de um automóvel de passeio: proteção de adultos, proteção de crianças, proteção de pedestres e assistências ativas. De acordo com Alejandro Furas, o órgão vai criar uma quinta área de estudo: a da percepção.
BYD Song Plus 2025 – Central multimídia do Song Plus é giratória e tem 15,6 polegadas, mas o sistema apresenta falhas quando o condutor usa o mapa do Waze. Imagens das câmeras 360º têm qualidade melhor.
Murilo Góes/Autoesporte
“Criando a área da percepção, teremos um panorama mais amplo da operação do carro […]. Faremos o cálculo das variáveis que podem colocar o motorista em risco”, explicou o especialista.
Furas não mencionou quais carros teriam tais características, mas alguns exemplos se tornaram notórios na indústria automotiva. O Volvo EX30, por exemplo, teve o velocímetro deslocado da posição original para o topo da central multimídia, o que exige que o motorista desvie o olhar.
Volvo EX30 mostra a velocidade na posição central da multimídia
André Schaun
Alguns carros da BYD não tinham a tarja fixa com os controles do ar-condicionado. O motorista deveria fazer um gesto, como se estivesse “arrastando para cima”, para os comandos aparecerem na região inferior. Isso mudou nos carros mais recentes da marca chinesa.
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Por fim, outra prática comum é o ajuste do retrovisor integrado à central multimídia, sem controles físicos. O motorista deve navegar pelas funções na interface antes de usar o volante como joystick. Estes e outros recursos são vistos como distrações pelo Latin NCAP, reduzindo a segurança do veículo.
Carros de origem chinesa estão trocando botões físicos por comandos na central multimídia
Renato Durães/Autoesporte
O novo escopo de avaliação do órgão também inclui o Adas configurável pela central multimídia. Diversos carros elétricos de origem chinesa permitem que o motorista desligue assistências importantes — entre elas, o alerta de saída de faixa, o detector de placas e o alerta de velocidade.
“Na nossa visão, se o motorista desligar um recurso do Adas, este deverá estar ativo na próxima vez que ligar o carro”, afirmou Furas. “O ideal é que o sistema nunca esteja totalmente desligado”.
Tais mudanças ainda são discutidas pelo Latin NCAP, que apresentou seu protocolo mais recente, válido a partir de 1° de janeiro de 2026. Será mais difícil para veículos vendidos na região atingirem a qualificação máxima de cinco estrelas.
Novas regras do Latin NCAP
Nissan Kicks 2025 Latin NCAP
Reprodução/Latin NCAP
Com a atualização do protocolo, o Latin NCAP divulgou a nova tabela de avaliação para proteção de adultos, crianças, pedestres e assistências de segurança.
Impacto frontal: sem mudanças para adultos, mas usa dummies mais avançados (com assento de elevação) para simulação de crianças;
Impacto lateral: maior velocidade e peso de colisão (60 km/h e 1.400 kg);
Impacto em poste: maior velocidade e novo ângulo de impacto de 75°;
Whiplash (chicote): será avaliada a segurança de passageiros adultos no banco traseiro, bem como a integridade estrutural do veículo;
Folha de resgate: teste de sistemas como liberação do cinto de segurança, abertura da porta, sistema de chamada de emergência e segurança pós-colisão de carros elétricos e híbridos;
Teste de evasão (teste do alce): agora é realizado a 60, 65 e 70 km/h;
Sensor de permanência em faixa: nota maior para carros que façam a manutenção automática;
Sensor de frenagem de emergência: serão realizados testes noturnos e a avaliação combina a média dos resultados urbanos e rodoviários;
Controlador de velocidade: maior pontuação para carros com alerta de velocidade;
Detector de ponto cego: critérios de distância entre os veículos passam a ser os mesmos do EuroNCAP;
Conector para sensor de álcool: carros com predisposição a receberem medidores de álcool, que detectam um motorista embriagado, serão favorecidos, por mais que este item ainda não seja obrigatório.
Outra novidade é que, para conceder cinco estrelas a partir de 2028, o órgão irá exigir que um carro de passeio tenha, impreterivelmente, os seguintes equipamentos como itens de série: controle eletrônico de estabilidade (ESC), aviso de cinto de segurança (SBR), sensor de ponto cego (BSD) e assistente automático de velocidade (ACC).
Latin NCAP quer ser obrigatório
O Latin NCAP é um órgão independente, sem caráter regulatório na região. O corpo de diretores é formado por engenheiros que nunca trabalharam na indústria automotiva. Por não ter vinculação com entidades governamentais responsáveis pela homologação dos veículos, as fabricantes não precisam atender aos regulamentos da entidade.
No entanto, todos os veículos vendidos no Brasil (ou em qualquer país do mundo) devem seguir normas de segurança definidas por cada mercado. O objetivo do Latin NCAP é ser uma espécie de braço independente com atuação ligada aos governos para regulamentar a segurança em novos modelos.
Alejandro Furas comparou a rotulagem de segurança automotiva com a da indústria de alimentos, em que as empresas devem descrever se um produto é alto em sódio, gordura ou açúcar.
O Latin NCAP, que hoje é financiado por fundos e ONGs internacionais, busca parcerias com governos para viabilizar o projeto. Existem negociações em andamento com as principais autoridades de trânsito latino-americanas no Brasil, Argentina e Uruguai.
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Fonte: Read More 

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