Caoa Chery Tiggo 7 PHEV: as primeiras impressões ao dirigir o SUV médio

Versão híbrida plug-in foi lançada com preço de R$ 239.990 para enfrentar BYD Song Plus e GWM Haval H6 PHEV19. Será que consegue? Quando fazemos algo que rende bons resultados, é natural que um plano seja pensado para que essa ação continue trazendo frutos. Foi exatamente isso que aconteceu com o Caoa Chery Tiggo 7. O SUV médio teve um crescimento de quase 400% nos emplacamentos em 2024 e, por isso, a fabricante chinesa resolveu investir em uma nova versão para o mercado brasileiro. Trata-se de uma configuração híbrida plug-in (PHEV) inédita para o carro.
Autoesporte teve a oportunidade de conhecer o Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV de perto em seu evento de lançamento e agora traz as primeiras impressões do SUV. Vale lembrar, no entanto, que só foi possível dirigir o carro durante 15 minutos no trânsito intenso de São Paulo. Portanto, saiba que detalhes mais descritivos, bem como números de desempenho, só serão entregues quando o modelo ficar alguns dias em nossa garagem.
Antes, também é importante posicionar o SUV médio no mercado. O Tiggo 7 Pro PHEV chega para ocupar o posto da versão topo de linha do SUV com preço de R$ 239.990. Até então, a dona da colocação era a configuração Pro Hybrid Max Drive, que traz motorização híbrida-leve (MHEV) e parte de R$ 181.990.
Fato é que o valor coloca o carro como o híbrido plug-in mais barato do portfólio da marca e na disputa com os líderes BYD Song Plus (R$ 244.800) e GWM Haval H6 PHEV19 (R$ 244.000).
Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV custa R$ 239.990
Vitória Drehmer/Autoesporte
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Veja os preços e versões de Caoa Chery Tiggo 7:
Caoa Chery Tiggo 7 Sport – R$ 146.990
Caoa Chery Tiggo 7 Pro Max Drive – R$ 176.990
Caoa Chery Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive MHEV – R$ 181.990
Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV – R$ 239.990
Design
Começo a análise do Tiggo 7 PHEV pelo seu design, que foi levemente reformulado na parte externa. Em resumo, manteve a grade com detalhes de pequenos diamantes, mas teve o para-choque renovado. Isso porque as entradas de ar estão mais modernas, com frisos transversais, enquanto os faróis de neblina agora aparecem em formato horizontal.
Na traseira, a novidade fica apenas para a inscrição “PHEV” na tampa do porta-malas. E para finalizar, o SUV estreia rodas de liga-leve diamantadas de 18 polegadas. Isso fez o Tiggo 7 ficar um pouco maior e mais largo. Agora tem 4,51 metros de comprimento (+1,3 cm) e 1,86 m de largura (+2 cm). A altura de 1,70 m e os 2,67 m de entre-eixos foram mantidos para proporcionar um ótimo espaço interno.
Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV tem 1,3 cm a mais por conta do novo para-choque
Divulgação
Já o porta-malas tem capacidade para 475 litros. O compartimento é menor que o da versão Sport com seus generosos 525 litros. Isso acontece porque a Caoa Chery precisou alocar o cabo de carregamento portátil no compartimento.
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Bateria
Carregamento? Exatamente. Caso você não saiba, a motorização híbrida plug-in fornece carregamento externo da bateria. Neste caso, estamos falando de uma com capacidade para 19,3 kWh, o que possibilita uma autonomia de 63 km apenas em modo elétrico no Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV, de acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Os rivais vão um pouco mais longe só com eletricidade: o Song Plus consegue rodar até 74 km, enquanto o Haval H6 PHEV19 anda por 68 km. Em carregadores de 7 kW, a recarga completa pode ser feita em cerca de três horas. E um ponto bem negativo é que o SUV não suporta recargas mais rápidas em corrente contínua (DC), assim como o modelo da BYD. Nesse caso, o GWM tem a vantagem.
Motor
Já a motorização é a mesma do irmão maior, o Tiggo 8 PHEV, que tem sete lugares e já era vendido no Brasil anteriormente. Trata-se da combinação de um propulsor 1.5 turbo a gasolina de quatro cilindros com injeção direta de 147 cv de potência, aliado a outros dois elétricos. Entrega, no total, 317 cv de potência e 56,6 kgfm de torque. O câmbio é do tipo DHT com 11 marchas simuladas.
Caoa Chery Tiggo 7 PHEV tem câmbio automático e freio de estacionamento eletrônico
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Isso significa que o SUV médio é mais potente que o Song Plus e seus 235 cv, mas pouco menos que o Haval H6 PHEV19 e seus 326 cv. No desempenho, porém, o Tiggo 7 se sai melhor. A Caoa Chery informa aceleração de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. Os rivais fazem o percurso em 8,3 s e 7,6 s, respectivamente.
Comparativo: BYD Song Plus 2025 e GWM Haval H6 PHEV19 se enfrentam com novas baterias
Consumo
O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) divulga números de eficiência energética de 36,9 km/l na cidade e 30,2 km/l na estrada para Caoa Chery Tiggo 7 PHEV. Vale lembrar, porém, que esse não é o consumo real.
Isso porque, para chegar nesses dados, o Inmetro faz inicialmente o teste de um modelo híbrido com a bateria 100% carregada até que ela deixe de ter autonomia. Assim, mede o consumo energético e converte a eficiência do propulsor elétrico de kWh/km para equivalência em km/l. Ou seja, os números consideram os cenários mais otimista: usando apenas o modo elétrico, no qual não haverá consumo nenhum de combustível.
Caoa Chery Tiggo 7 PHEV tem bom acabamento com materiais macios
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Há também o mais pessimista. Isso quando o motorista fica sem bateria e precisa rodar apenas com o motor a combustão. Neste caso, fará 12,3 km/l em ciclo urbano e 11,9 km/l em rodoviário com gasolina. Portanto, só saberemos o consumo real quando testarmos o SUV por mais tempo.
Primeiras impressões
Ainda assim, no trajeto de menos de 10 km percorridos com o Tiggo 7 PHEV foi possível ter algumas percepções. A primeira delas está relacionada a suspensão. O SUV médio traz um sistema independente McPherson na dianteira e multilink na traseira. É uma boa dupla. O problema é que, aparentemente, o conjunto não foi calibrado para o solo brasileiro.
O SUV não consegue segurar bem a carroceria, provocando oscilações na cabine ao passar por irregularidades no solo. É algo totalmente diferente do que acontece com o Tiggo 7 Sport, por exemplo. E isso tem uma explicação: a versão de entrada é montada em Anápolis (GO), enquanto a topo de linha vem importada da China.
Caoa Chery Tiggo 7 PHEV é importado da China
Vitória Drehmer/Autoesporte
Pelo menos não é possível sentir quando o SUV prioriza o motor a combustão ou o elétrico. A troca fica imperceptível quando se está no modo PHEV por conta do silêncio proporcionado também pelo bom isolamento acústico. Há ainda, claro, a opção do modo apenas elétrico, como já mencionado.
Equipamentos e tecnologias
No interior, o acabamento agrada com vários materiais macios ao toque e pouco plástico duro. Além disso, o Tiggo 7 PHEV estreia uma combinação de telas que soma 24,6 polegadas e integra o painel de instrumentos e a central multimídia, cada um com 12,3 polegadas, cada. O sistema, aliás, tem conexão com Apple CarPlay e Android Auto sem a necessidade de fio.
Caoa Chery Tiggo 7 tem central multimídia e painel de instrumentos integrados
Vitória Drehmer/Autoesporte
Entre outros equipamentos, Caoa Chery Tiggo 7 Pro PHEV traz câmeras com visão 360º, bancos com ajustes elétricos, aquecimento e resfriamento, teto solar panorâmico, freio de estacionamento eletrônico, carregador de celular por indução e ar-condicionado digital de duas zonas.
Na lista de itens de segurança está o sistema Max Drive da Caoa Chery com inúmeras assistências ao motorista. Há controlador de velocidade adaptativo, frenagem autônoma de emergência, alertas de colisão frontal e de saída de faixa, assistentes de mudança de faixa e de tráfego cruzado, além de monitoramento de ponto cego. São também seis airbags e cinco anos de garantia para o carro e oito anos para a bateria.
Caoa Chery Tiggo 7 PHEV tem detalhes metalizados nas portas
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Conclusão
A Caoa Chery certamente trouxe a versão híbrida plug-in do Tiggo 7 ao Brasil para aumentar ainda mais as vendas do SUV. A ideia é repetir o sucesso da versão de entrada. No entanto, há uma grande diferença entre os dois casos. Afinal, a configuração Sport tem preço extremamente competitivo contra os rivais. A PHEV, por outro lado, tem valor bem próximo ao dos líderes do segmento. Portanto, apesar de estar a mais tempo no Brasil, a tarefa de chegar perto dos concorrentes chineses recém chegados não será nada fácil.
Pontos positivos: acabamento, desempenho e lista de equipamentos generosos;
Pontos negativos: suspensão não foi calibrada para o solo brasileiro e não há opção de carregamento rápido da bateria.
Caoa Chery Tiggo 7 PHEV – R$ 239.990
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