Caoa Chery Tiggo 5x: os problemas e defeitos mais comuns do SUV

Câmbio de dupla embreagem das primeiras linhas e direção elétrica lideram as reclamações dos proprietários do SUV compacto Em 2017, o Grupo Caoa – conhecido pela importação e fabricação de modelos da Hyundai no país – assumiu metade das operações da Chery no Brasil para produzir carros da marca chinesa em Anápolis (GO) e Jacareí (SP). No ano seguinte, a parceria começou a dar seus primeiros frutos: o sedã Arrizo 5 e o SUV Tiggo 5X.
O primeiro saiu de linha em 2022, mas o Tiggo 5x continua sendo produzido em Goiás, apostando no custo-benefício como principal atrativo aos consumidores. Bom nível de equipamentos e motor turbo a preços relativamente competitivos fizeram o SUV ganhar espaço, ainda que discretamente, no mercado brasileiro.
Caoa Chery Tiggo 5X: SUV começou a ser produzido no Brasil em 2018, e segue com linha de montagem em Anápolis (GO)
Bruno Guerreiro/Autoesporte
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O Tiggo 5X é construído sobre a plataforma T1X, desenvolvida na China com algumas tecnologias absorvidas durante a joint venture formada com a Jaguar Land Rover. Essa arquitetura, aliás, causou controvérsia na época do lançamento do SUV, após a Caoa Chery associá-lo à marca britânica – entre 1994 e 2022, montadoras estrangeiras que operavam na China eram obrigadas a compartilhar tecnologias com alguma fabricante local.
Em dimensões, o Caoa Tiggo 5x mede 4,34 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,64 m de altura e 2,63 m de entre-eixos. O porta-malas tem 340 litros de capacidade.
Sob o capô, o SUV leva um motor 1.5 turboflex de quatro cilindros com injeção indireta, que gera 150 cv de potência e 21,4 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático CVT (continuamente variável) com nove marchas simuladas. Em seus primeiros anos de mercado, usava outra caixa, um câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas.
Na linha 2025, o Tiggo 5x vem equipado de série com controles de estabilidade e tração, freio de estacionamento eletrônico, central multimídia de 9 polegadas, câmera de ré, chave presencial, rodas de liga leve aro 17”, entre outros equipamentos.
Caoa Chery Tiggo 5x Pro é a atualização da versão topo de linha TXS
Divulgação
A versão TXS (mais tarde rebatizada de Pro), a mais equipada, acrescenta airbags laterais e de cortina, ar-condicionado automático digital, teto solar, câmera com visão em 360 graus e banco do motorista com regulagem elétrica.
A primeira reestilização estreou em 2020, quando recebeu novos faróis, grade e para-choques redesenhados, lanternas com novo arranjo luminoso e acabamento cromado na tampa traseira. A multimídia passou a ter conexão com o sistema Android Auto (antes só permita espelhamento do Apple CarPlay).
Em 2022, o Tiggo 5x foi reestilizado mais uma vez e recebeu o sobrenome Pro. O visual foi atualizado com a identidade caracterizada pela grade com efeito tridimensional, entre outras melhorias de acabamento e conteúdo.
Motivo de muitas reclamações, como veremos a seguir, o câmbio de dupla embreagem deu lugar a uma caixa automática CVT com simulação de nove marchas, que já equipava outros carros da Caoa Chery.
No mesmo ano, veio a versão híbrida Pro Hybrid, movida pelo mesmo 1.5 turboflex, mas agora com 160 cv e 25,5 kgfm, graças ao auxílio de um motor elétrico alimentado por um sistema híbrido-leve.
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Caoa Chery Tiggo 5X: preços, versões, equipamentos e consumo
Atualmente, o Caoa Chery Tiggo 5x 2025 é vendido nas seguintes versões:
Tiggo 5x Sport – R$ 119.990
Tiggo 5x Pro – R$ 132.990
Tiggo 5x Pro Max Hybrid – R$ 147.990
Caoa Chery Tiggo 5x Pro Hybrid: configuração do SUV compacto vem com teto solar panorâmico
Divulgação
Os problemas mais comuns do Caoa Chery Tiggo 5X
No site Reclame Aqui, os proprietários relatam problemas relacionados ao desgaste prematuro dos freios, superaquecimento do motor e acabamento do volante que descasca após algum tempo de uso do Tiggo 5X, mas o câmbio automatizado de dupla embreagem e a caixa de direção são os principais motivos de queixas dos consumidores.
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Câmbio de dupla embreagem
Caoa Chery Tiggo 5X Pro – Joystick do câmbio automático veio do irmão maior Tiggo 8
Divulgação
“Compramos nosso carro um Tiggo 5x ano 2021 na concessionária Caoa, no dia 12/04/2023. Estávamos muito felizes pois era o carro dos nossos sonhos. Entretanto, depois de dois meses de uso, o carro começou a apresentar um problema no câmbio: em descidas ele começava a fazer um barulho estranho. Era um barulho muito alto, parecia que ia quebrar alguma coisa. Ficamos assustados e comecei a evitar áreas com descidas onde o problema era mais recorrente. Como o carro já estava para fazer a revisão de 30.000 km, decidimos levar na concessionária para aproveitar fazer a revisão normal e ver esse problema”, conta a cliente Maristela, de São Paulo (SP), que também se queixa da demora da Caoa Chery para agendar uma data para a inspeção do veículo.
Relatos:
Caso 1;
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Caso 6.
O que diz o especialista?
“Câmbios automatizados cumprem a mesma tarefa dos automáticos convencionais, porém, o seu funcionamento é diferente por utilizarem um mecanismo eletrônico para acionar as embreagens e trocar as marchas. Quando os componentes internos sofrem desgaste prematuro ou alguma falha, o câmbio começa a dar trancos durante as trocas de marcha e pode até parar de funcionar, imobilizando o veículo. É recomendado fazer uma revisão minuciosa antes de comprar um carro usado com câmbio automatizado para evitar problemas futuros. Também é importante antecipar as manutenções preventivas, a fim de verificar as condições das embreagens e demais peças”, explica o mecânico Paulo Vianna.
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Caixa de direção
Caoa Chery Tiggo 5X Sport: versão de entrada do SUV compacto oferece quadro de instrumentos digital e central multimídia flutuante na cabine
Bruno Guerreiro/Autoesporte
“No final do ano passado, a direção do meu Tiggo 5x Pro 2022 começou a estalar. Fui à concessionária onde comprei o carro e me foi informado que teria de trocar a peça, em garantia. Viajei em janeiro e, para a minha surpresa e insatisfação, o barulho voltou. Fui à concessionária novamente e constataram a troca da caixa de direção, mais uma vez. No dia 31 de janeiro, fizeram a solicitação da peça e hoje, dia 24 de março, após vários contatos a concessionária ainda não recebeu o componente”. O cliente Marcio, de Belo Horizonte (MG), conta que não obteve resposta da Caoa Chery mesmo depois de esperar 50 dias pela peça do veículo.
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O que diz o especialista?
O mecânico Paulo Vianna explica que o ideal é levar o carro à oficina para reparar o sistema assim que notar trancos e ruídos ao esterçar a direção. “É importante reparar o sistema para evitar desgaste excessivo de peças do conjunto, que pode parar de funcionar se sofrer uma falha mais grave”, explica.
Consultada pela Autoesporte, a Caoa Chery ainda não respondeu os questionamentos sobre os defeitos apontados pelos proprietários do Tiggo 5x até a publicação deste artigo.
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