BYD Song Pro: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem

SUV híbrido plug-in está disponível em duas versões no Brasil, com preços a partir de R$ 195 mil O BYD Song Pro é o híbrido mais vendido do Brasil. Não por menos, será o primeiro carro da marca chinesa a receber uma variante flex do conjunto 1.5 DMi híbrido plug-in, quando começar a ser produzido na fábrica de Camaçari (BA). A previsão, após um atraso no cronograma, é de que o início das operações aconteça em setembro deste ano.
Enquanto a produção nacional não começa, o BYD Song Pro está disponível no mercado brasileiro em duas versões, GL e GS, com preços de R$ 194.800 e R$ 204.800, respectivamente. Agora, Autoesporte testou o SUV médio híbrido plug-in para entender as cinco razões para comprar e outras cinco para pensar bem. Confira!
5 razões para comprar o BYD Song Pro
1 – Desempenho surpreende
O BYD Song Pro é equipado com o mesmo conjunto híbrido plug-in (com recarga externa) do Song Plus e King. Ou seja, o 1.5 aspirado a gasolina aliado a um propulsor elétrico. No SUV, são 223 cv de potência na versão de entrada e 235 cv na opção mais cara. O torque combinado não é divulgado, mas a tração é sempre dianteira, distribuída pelo câmbio automático e-CVT.
Mesmo não sendo turbo, o SUV médio tem um desempenho honesto e grande parte disso graças ao seu motor elétrico que produz 197 cv de e pouco mais de 30 kgfm de torque. Tanto que, apenas no modo elétrico, o modelo alcança 120 km/h com relativa tranquilidade. Com esse conjunto, aliás, o SUV vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e pode chegar a uma velocidade máxima de 185 km/h. Portanto, responde bem em ultrapassagens e retomadas.
2 – Amplo espaço interno
BYD Song Pro tem assoalho plano e bom espaço para até três passageiros na segunda fileira
Divulgação
Um dos destaques do BYD Song Pro, com certeza, é o espaço interno. Em termos de tamanho, o SUV médio tem 4,74 metros de comprimento, 1,86 m de largura, 1,68 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos. Ou seja, supera o rival Toyota Corolla Cross, que tem 4,46 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,62 m de altura e 2,64 m de distância entre-eixos.
Além das medidas, há algumas sacadas que deixam a segunda fileira mais confortável para os passageiros. Esse é o caso, por exemplo, da ausência do túnel central e do assoalho totalmente plano. Como consequência, o espaço para pernas é muito generoso.
3 – Porta-malas generoso
Capacidade do porta-malas do BYD Song Pro é maior que a do principal rival, Toyota Corolla Cross
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E já que falamos de espaço, não tem como não falar da capacidade do porta-malas. Afinal, é bem maior em relação a outros SUVs médios graças aos seus 520 litros. Para efeito de comparação, Toyota Corolla Cross tem 440 litros, enquanto o Jeep Compass oferta 410 litros de capacidade.
Como nem tudo são flores, é importante frisar que o BYD Song Pro não vem com um estepe, apenas um kit reparo que auxilia por um tempo determinado. Essa questão, por si só, já auxilia no maior espaço.
4 – Bom acabamento
BYD Song Pro ainda traz duas telas digitais que correspondem ao painel de instrumentos e central multimídia
Cauê Lira/Autoesporte
Algo que surpreende no Song Pro, e também em outros modelos da BYD, é o nível de acabamento. Na cabine, temos uma mistura de tecidos de borracha, plástico e revestimento sintético no painel e portas, bem como detalhes em aço escovado. E embora seja simples, as peças são muito bem encaixadas, com um acabamento bem feito.
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5 – Ergonomia
Bancos e volante do BYD Song Pro são muito confortáveis
Cauê Lira/Autoesporte
Por fim, a ergonomia é outro ponto forte do BYD Song Pro. Os assentos, que têm ajuste elétrico apenas na configuração mais cara, são muito confortáveis e parecem abraçar o motorista. O volante tem uma boa empunhadura, bem como ajustes de altura e profundidade.
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5 razões para pensar bem
1 – Pacote de segurança, onde está você?
BYD Song Pro é bem equipado no pacote de tecnologia, mas peca no básico em relação aos recursos de segurança
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Abrindo as razões para pensar está o calcanhar de Aquiles do BYD Song Pro: a falta de recursos de assistências ativas de segurança. Itens como sensores de ponto-cego, monitoramento de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo foram cortados do pacote Brasil para reduzir o preço em nosso mercado. Entretanto, é uma grande falha para um carro que chega a custar R$ 205 mil. Essa questão se reflete ainda mais quando olhamos para o rival Corolla Cross, que traz um pacote mais completo.
2 – Velocidade de recarga
BYD Song Pro está disponível em duas versões, com baterias de diferente capacidade
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Embora tenha um bom conjunto, o BYD Song Pro pode ser carregado apenas em corrente alternada de até 6,6 kW, uma potência baixa. Portanto, o tempo para “abastecer” totalmente a bateria pode ser de um pouco mais de duas horas na versão de entrada, que tem capacidade de 12,9 kWh, e chegar até a três horas na versão topo de linha, que tem capacidade de 18,9 kWh.
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3 – Suspensão
Assim como outros modelos da BYD, suspensão do Song Pro deixa a desejar para o solo brasileiro
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Apesar de ser um veículo próprio para o uso urbano, se vê logo de cara falta um esmero para o BYD Song Pro cair no gosto do brasileiro quando o assunto é suspensão. O conjunto é formado por McPherson na dianteira e multibraço na traseira, mas o resultado é uma direção mole e sem muita firmeza. Além disso, quando passamos em trechos com imperfeições na via, é possível sentir o reflexo na cabine chacoalhando mais do que deveria.
4 – Não tem teto solar (nem como opcional)
Teto solar é um item disponível de série no principal rival
Cauê Lira/Autoesporte
Mesmo tendo uma boa lista de equipamentos, faltou um teto-solar para complementar o SUV híbrido da BYD, que parte de R$ 195 mil. Os rivais já tem esse item de série, mas no caso do Song Pro não está disponível nem mesmo como um opcional.
5 – Garantia é um quebra-cabeça
Termos da garantia dos carros da BYD chegam a ser confusas por conta das condições
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Talvez a questão mais polêmica envolvendo os modelos da BYD esteja relacionada à garantia. A marca chinesa fala em oito anos de cobertura para motor elétrico e bateria, além de seis anos para o restante do veículo, mas há uma série de condições.
Carros da BYD têm 6 anos de garantia? Isso depende de várias condições
Esses seis anos, inclusive, são válidos apenas para os conjuntos de alta e baixa tensão (fiação, contatores da bateria, centrais eletrônicas de controle, por exemplo), chassi e corrosão da carroceria. Itens como amortecedores, central multimídia, caixa de direção, suspensão e borrachas, por exemplo, têm cobertura menor, de três anos.
Por fim, a BYD considera como uso normal a bateria com até 60% da capacidade. Também é importante dizer que a garantia cai para apenas dois anos quando o veículo é usado para fins comerciais, como transporte de aplicativo, táxi, frotistas ou representantes comerciais, por exemplo.
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