Grupo Sentinela_Logotipo_1_bc300Grupo Sentinela_Logotipo_1_bc300Grupo Sentinela_Logotipo_1_bc300Grupo Sentinela_Logotipo_1_bc300
  • HOME
  • SERVIÇOS
  • ÁREA PCD
  • CONSULTAS
  • SOBRE NÓS
  • DOWNLOAD
  • SEGUROS
  • BLOG
  • NOTÍCIAS
✕

BYD é alvo de reclamações sobre revisões mais caras que preços de tabela

17/10/2025
BYD é alvo de reclamações sobre revisões mais caras que preços de tabela


A presença da BYD no Brasil cresceu de forma acelerada nos últimos dois anos, com a marca chinesa conquistando destaque entre os consumidores de carros híbridos e elétricos. A proposta de oferecer tecnologia de ponta a preços competitivos atraiu clientes, mas, junto com a expansão, começaram a aparecer alguns relatos de insatisfação no pós-venda.
Entre os pontos mais sensíveis estão as revisões periódicas, serviço obrigatório para manter a garantia do veículo e que, em teoria, deveria seguir um padrão de preços acessível e transparente. Na prática, porém, a experiência de alguns proprietários mostra um cenário bem diferente. Enquanto a montadora divulga em seu site tabelas com os valores sugeridos para cada etapa de manutenção, diversas concessionárias estariam cobrando preços significativamente mais altos, sem justificativas claras para a diferença.
BYD Song Plus 2026 é equipado com motor híbrido plug-in
Divulgação
Essa falta de alinhamento entre o que a fabricante comunica e o que os clientes encontram no balcão das autorizadas tem gerado frustração, reclamações formais em plataformas de defesa do consumidor e até suspeitas de práticas abusivas.
Reunimos relatos de proprietários que enfrentaram esse tipo de problema, detalhamos como funcionam as tabelas oficiais de revisão da BYD, mostramos exemplos de queixas registradas em canais públicos e explicamos quais são os direitos do consumidor nesses casos. O objetivo é esclarecer até que ponto a divergência de valores pode ser considerada legítima e onde começa a falta de transparência no relacionamento entre marca, concessionárias e clientes.
Manter um carro híbrido é mais caro? Entenda as diferenças de custo
Carro elétrico e híbrido: veja as principais siglas e seus significados
Óleo de motor tem novas regras no Brasil; veja mitos e verdades
O que dizem os clientes da BYD
Um proprietário de um BYD Song Plus, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que pediu apenas os itens obrigatórios na primeira revisão, de 12 mil km ou um ano de uso, como troca de óleo, filtro de óleo e filtro de ar-condicionado, mas que foi surpreendido com uma cobrança de R$ 1.053, valor bem acima dos R$ 865 indicados no site da marca.
“Ficaram de me enviar a nota por e-mail, mas me cobraram sem fazer nada a mais. Questionei os valores do site e o consultor me disse que os valores são sugeridos, mas que cada concessionária pode aplicar os valores que quiserem. Consultei uma outra rede e o valor também estava acima [da tabela]. Fiquei indignado. Estou em um grupo com outros proprietários e disseram que em algumas cobram os valores do site, mas que outras não”, afirmou.
Notas do serviço de revisão de um cliente BYD, nos valores de R$ 584,83 e R$ 468,17, totalizando R$ 1.053, estão acima do preço sugerido na tabela da marca
Autoesporte
História semelhante foi relatada por Pedro Leite Machado, psicólogo de Vila Velha (ES), também dono de um Song Plus. Ele afirma que levou o carro para a primeira revisão em novembro de 2024 e encontrou um valor muito superior ao esperado.
“Vi que o preço no site era na casa dos R$ 920. Chegando à concessionária Vitória Motors, me passaram o preço de R$ 1.295. Reclamei, mas me disseram que o que está no site é apenas sugestão e que o preço quem passa é a concessionária. Ainda paguei um alinhamento e balanceamento de R$ 300 que achei muito caro, mas disseram que era específico do modelo”, disse em relato.
Orçamento passado por concessionária BYD a cliente para a primeira revisão do BYD Song Plus ficou acima do sugerido no site oficial da marca
Autoesporte
No caso de Pedro, no entanto, o desfecho foi diferente, já que ele conseguiu ser ressarcido ao entrar em contato com a BYD:
“Entrei em contato com a gerência da loja e não teve jeito, falei com o atendimento da BYD. Passou mais de uma semana e disseram que a loja entraria em contato para devolver o dinheiro. A concessionária entrou em contato e propôs que eu recebesse o valor como crédito na próxima revisão, dali um ano. Não aceitei, e ficaram de fazer um depósito na minha conta. Foram mais 40 dias de espera, cobrei diversas vezes, até abrir uma nova reclamação com a BYD. Só então a concessionária me ressarciu, no começo de agosto de 2025”, relatou.
+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte
Site oficial da BYD apresenta uma sugestão de R$ 865 para o serviço básico de revisão do Song Plus após os primeiros 12 meses ou 12 mil km de uso
Reprodução
Reclamações em canais públicos
Casos como esses não estão restritos a relatos isolados. No site Reclame Aqui, há diversas publicações semelhantes. Em uma delas, um consumidor relata que o valor da revisão foi 20% superior ao indicado no site. Em outro registro, a acusação é de propaganda enganosa por não se honrar os preços previamente divulgados. Há ainda reclamações de cobranças indevidas após promessas de gratuidade feitas no momento da compra do veículo.
A reportagem entrou em contato com algumas concessionárias para verificar os preços das revisões em relação à tabela oficial da BYD. Em muitos casos, a diferença entre o cobrado foi pequena, geralmente na casa de R$ 30 a R$ 50 em relação ao valor sugerido no site.
Questionados sobre o motivo e atendentes explicaram que, em algumas situações, a divergência ocorre pela compra do óleo em embalagens lacradas, que vêm em volumes superiores ao exigido pelo motor. Nesse caso, o cliente paga pela quantidade total adquirida e leva a sobra para casa.
Initial plugin text
De acordo com a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP), casos em que há divergência entre o valor divulgado em canais oficiais da empresa e o cobrado na prática podem configurar publicidade enganosa ou prática abusiva, em violação ao Código de Defesa do Consumidor.
A recomendação do órgão é que os clientes exijam a cobrança conforme o valor anunciado, guardando registros como prints da tabela oficial e notas fiscais. Se a concessionária se recusar a cumprir o preço informado, o consumidor pode abrir uma reclamação formal junto ao Procon de sua região ou acionar a Justiça.
O órgão também reforça que a montadora, ao publicar uma tabela nacional, assume a responsabilidade sobre o compromisso de clareza e transparência em relação aos custos de manutenção de seus veículos.
Clientes reclamam sobre os preços cobrados nos planos de manutenção da BYD
Victor Moriyama/Bloomberg via Getty Images
O que dizem os documentos da BYD
Nos planos de manutenção divulgados no site oficial, a BYD informa que as revisões devem ocorrer a cada 12 mil km ou 12 meses, o que acontecer primeiro, e que os preços indicados são sugeridos pela empresa com base em São Paulo, válidos em todo o território nacional até uma data determinada. O documento também afirma que, após essa data, os valores poderão ser reajustados sem aviso prévio.
A marca explica ainda que, dependendo das condições de uso, a revisão pode envolver outra composição de valores e que serviços adicionais só devem ser executados mediante autorização expressa do cliente. A garantia do veículo está condicionada à realização das revisões nos prazos estabelecidos em concessionárias autorizadas.
Autoesporte entrou em contato com a BYD para esclarecer os relatos de divergência entre os valores divulgados e os aplicados, além de qual é o critério para casos que tiveram o valor extra ressarcido. Até o fechamento desta reportagem, a empresa não havia retornando, afirmando que não responderia sem a divulgação dos dados dos clientes apurados pela reportagem.
Initial plugin text
O que dizem especialistas
O debate jurídico sobre os preços das revisões da BYD mostra que não há consenso, mas os especialistas convergem em um ponto: a transparência é essencial. A tabela nacional publicada pela montadora é apresentada como uma sugestão. Porém, ao ser divulgada em canais oficiais, pode ganhar caráter contratual perante a Justiça.
“Como as autorizadas integram a rede oficial de serviços da marca, há limites para a liberdade de precificação. Se a tabela é apresentada como oficial no site da montadora, pode ser interpretada pelo Judiciário como elemento contratual que deve ser observado”, analisa a advogada Daniela Poli Vlavianos, do escritório Arman Advocacia.
Caso BYD: reclamações incluem valores maiores ao prometido na hora de fazer a manutenção na concessionária
Divulgação
A advogada alerta que o problema não está apenas no valor cobrado, mas na forma como ele é comunicado: “Quando o consumidor encontra um preço no site e chega à concessionária com valores superiores, há risco de indução ao erro. A ausência de informação adequada pode configurar prática abusiva”, complementa.
O advogado Adelvan Oliverio, sócio do Fonseca Brasil Advogados, concorda que a tabela tem caráter meramente referencial, mas reforça que isso não isenta a rede de responsabilidade: “A diferença entre o valor divulgado e o efetivamente cobrado pode configurar falha no dever de transparência. Tanto concessionária quanto montadora podem ser responsabilizadas solidariamente”. Ele lembra que a base dessa interpretação está no Código de Defesa do Consumidor, que privilegia a proteção ao cliente.
Já o advogado Arystóbulo de O. Freitas, do Arystóbulo Freitas Advogados, amplia o debate ao trazer a Lei Ferrari (Lei 6.729/79), que regula a relação entre fabricantes e concessionárias. Segundo ele, o concessionário tem liberdade para definir seus preços, mas essa autonomia encontra limites quando a montadora divulga valores sugeridos: “Mesmo como referência, essa informação passa a integrar a relação contratual. Se o consumidor encontrar um valor maior, pode considerar descumprida a obrigação”.
Reclamações sobre os valores cobrados nas concessionárias da BYD são registrados em canais públicos
Divulgação
Direitos do consumidor e punições
Na prática, os especialistas apontam caminhos semelhantes para quem se sentir lesado. O primeiro passo é recorrer ao Procon ou registrar reclamação no consumidor.gov.br, reunindo provas como prints da tabela oficial e notas fiscais.
“É cabível ação de repetição do indébito, que garante devolução em dobro do que foi pago indevidamente, acrescido de correção e juros, quando houver má-fé. Também é possível pleitear indenização por danos morais se houver constrangimento ou prejuízo relevante”, explica Daniela Poli Vlavianos.
Oliverio ressalta que a via judicial só deve ser acionada quando não há solução administrativa, mas pode ser eficaz para assegurar o reembolso. Arystóbulo, por sua vez, lembra que a responsabilidade não recai apenas sobre a concessionária: “O Procon pode aplicar sanções administrativas por publicidade enganosa e descumprimento de contrato, e em casos reiterados o tema pode ser levado a ações civis públicas”.
As consequências para a rede autorizada, portanto, vão além do desgaste de imagem. “Se ficar comprovado que a concessionária pratica preços superiores sem informação adequada, ela pode sofrer multas dos órgãos de defesa do consumidor, além de ser condenada judicialmente a restituir valores e indenizar danos”, resume Daniela.
BYD Dolphin Mini é o carro elétrico mais vendido do Brasil
Divulgação
E não se trata de valores simbólicos: em São Paulo, por exemplo, o Procon pode aplicar multas que variam de 1% a 4% da receita bruta média mensal da empresa, ou de 2% a 8% se ficar comprovada vantagem econômica com a prática. Considerando uma concessionária com faturamento mensal hipotético de R$ 5 milhões, a penalidade poderia variar de R$ 50 mil a R$ 400 mil.
Em casos de reincidência ou lesão coletiva, completam os especialistas, a prática abusiva pode gerar responsabilizações mais severas e até restrições contratuais impostas pela própria montadora.
Atenção redobrada
Os relatos de clientes e os registros públicos revelam que, apesar da boa receptividade dos veículos da BYD no Brasil, a experiência de pós-venda apresenta falhas que comprometem a confiança na marca. Enquanto a montadora não padronizar de forma clara os valores praticados em suas concessionárias e não oferecer respostas mais rápidas aos consumidores, a percepção de que há falta de transparência continuará a alimentar a insatisfação.
A transparência nos preços de revisão é essencial para consolidar a relação de confiança que qualquer montadora precisa ter com seus clientes, especialmente em um mercado em que a fidelização depende tanto da experiência de uso quanto do produto em si.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas

Fonte: Read More 

Compartilhar
0

Artigos Relacionados

Isenção de IPVA para carros com mais de 20 anos é aprovada; veja as regras
04/12/2025

Isenção de IPVA para carros com mais de 20 anos é aprovada; veja as regras


Leia mais
Flagra: nova picape híbrida da BYD terá painel de Song Plus e chega em 2026
04/12/2025

Flagra: nova picape híbrida da BYD terá painel de Song Plus e chega em 2026


Leia mais
Flagra: novo Nissan Versa aparece sem disfarces e com pegada esportiva
04/12/2025

Flagra: novo Nissan Versa aparece sem disfarces e com pegada esportiva


Leia mais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2021 Todos os Direitos Reservados a Sentinela Despachantes.
Elaborado por: Kamilla Ribeiro | Desenvolvido por: Sales Publicidade
      Precisa de ajuda?
      Sentinela Despachantes
      Olá,
      em que podemos te ajudar?
      Iniciar conversa
      Usamos cookies para oferecer uma experiência melhor no site. Mas respeitamos a sua decisão e você pode aceitar ou não em compartilhar a sua experiência em nosso site.