Ayrton Senna deu Fiat Uno 1993 para Adriane Galisteu que ela tem até hoje
Com aparição na série Senna limitada a alguns minutos, atriz e apresentadora foi namorada do tricampeão de F1 por um ano e meio A série Senna, da Netflix, abriu uma polêmica envolvendo o relacionamento de um ano e meio que Ayrton Senna teve com a então modelo e hoje atriz e apresentadora Adriane Galisteu.
Registros como os da biografia Ayrton Senna – O Herói Revelado, de Ernesto Rodrigues, dão conta de que a família do tricampeão mundial de Fórmula 1 não aceitava muito bem a relação, o que pode ter contribuído para que a aparição da personagem de Galisteu na produção ficasse reduzida a poucos minutos nos últimos episódios.
Então modelo, Galisteu namorou Senna por um ano e meio
Ari Lago/Agência O Globo
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Polêmicas à parte, na vida real os relatos são de que Senna e Galisteu eram muito próximos. A ponto de o piloto brasileiro ter presenteado a namorada com um carro. E foi nada menos do que um Fiat Uno Eletronic 1993.
Em uma entrevista exclusiva à Autoesporte, em 2021, a própria Adriane contou sobre como foi o presente e como é sua relação com o carro. que continua em sua garagem até hoje.
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“Era o sonho de qualquer menina da minha época, que era de classe média baixa. Para mim era um carro muito inalcançável”, revelou Galisteu, que ganhou o Uno de presente de Ayrton Senna em 1993.
Segundo Galisteu, Senna não acreditou em um primeiro momento quando ela falou do Fiat Uno. “Ele ficou me olhando e disse: que carro você quer? (…) Para ele, era um presente muito simples, mas ele encheu [o carro] de rosas (…) e colocou um buquê de flores lindo no capô do carro [na hora de dar o presente]”, seguiu a apresentadora.
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A troca das calotas foi uma das poucas mudanças no hatch ao longo dos anos
Arquivo Pessoal
Senna também teve uma atitude carinhosa que Galisteu mantém até hoje: colocar as iniciais DRI (apelido de Adriane) na placa do veículo. A sequência passou a ser usada em todos os carros da apresentadora.
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O Uninho Eletronic foi um dos últimos carros carburados no Brasil. Notabilizava-se pelo uso de ignição eletrônica, com sensores eletromagnéticos de detonação no lugar do distribuidor, para não precisar substituir o carburador por injeção eletrônica. O motor 1.0 Fiasa rendia 56 cv de potência e 8,2 kgfm de torque.
A placa com as iniciais DRI inicou uma tradição que Galisteu mantém até hoje em seus carros
Arquivo Pessoal
Mas, apesar de ser um carro “mil”, na entrevista Galisteu revelou que Senna não deixava de lado o ímpeto de piloto ao dirigi-lo. “Eu ficava brava, porque ele queria correr com o meu o carro. Morria de medo dele bater o carro (risos)”. O Uno era sempre guiado por Senna quando o casal saía nos momentos em que o piloto estava no Brasil.
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De Ayrton, Galisteu herdou a paixão por dirigir: “Sempre gostei de dirigir. Eu brinco com todo mundo que tive um ótimo professor”, conta a apresentadora, que prefere guiar seus carros no dia a dia do que andar com motorista. Em 2021, o Uno Eletronic 1993 tinha quase 40 mil quilômetros rodados.
O interior impecável reforça o cuidado que Galisteu tem com o Uno
Arquivo Pessoal
Todo esse carinho e as memórias em torno do Fiat Uno ajudam a explicar o cuidado com que Galisteu cuida do carro. “Ninguém roda com ele. Eu só deixo o motorista que trabalha com a gente, de vez em quando, para ir até o posto de combustível ou dar uma volta rápida”, conta. “É um carro muito valioso, eu morro de medo de alguém bater nele, riscarem ou roubarem”.
O Uno só sai da garagem para fazer manutenções eventuais, conduzido pela única pessoa autorizada a guiá-lo
Arquivo Pessoal
Por falar em valor, já teve gente que ofereceu pelo Uno R$ 200 mil, mas todas as propostas são sumariamente negadas. “Não vendo de jeito nenhum. (…) O que esse Uno carrega de história, eu não posso repassá-lo”, afirma Galisteu.
Segundo Adriane Galisteu, a única forma de o Fiat Uno Eletronic 1993 que ganhou de Ayrton Senna sair de sua garagem seria para ir a um museu. “Se houvesse um museu que tivesse a ver com a história do Senna, com todo o cuidado do mundo, eu deixaria [ele ser exposto]”, conclui.
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