Achado usado: Volkswagen Voyage Sport marcou fim da primeira fase do sedã


O Volkswagen Voyage, igual ao Gol, continua encantando entusiastas e colecionadores dos VW “quadrados”. Surgiu em 1981 nas versões S e LS, ambas com motor BR 1.5 do Passat. Em 1982, ele deu lugar ao MD-270 1.6, fase em que o sedã foi eleito o Carro do Ano pela revista Autoesporte.
O ano marcou também a chegada da GLS e da série especial Plus. Em seguida, vieram a carroceria de quatro portas e a série especial Los Angeles. Em 1985 tivemos o debute do AP 1.600 e do AP 1.800 e, em 1986, veio a linha 1987 reestilizada, passando a ser identificada pelas versões C, CL, GL e a topo de linha GLS. Falando nela, em 1991, com a segunda mudança visual, passou a vir com o AP-1.800S, que se estendeu à Sport, em 1993.
Volkswagen Voyage Sport 1993 tem preço equivalente ao de um Fiat Mobi novo
Divulgação/797 veículos
Autoesporte encontrou um exemplar desses. Trata-se de um Volkswagen Voyage 1.8 Sport 1993/1994 na cor metálica prata Lunar, considerado um dos modelos mais belos e cada vez mais cobiçados por colecionadores. O veículo está à venda por meio da 797 Veículos de Curitiba (PR), loja especializada em carros novos, raros e clássicos.
Por R$ 80 mil, o Voyage 1.8 Sport tem o preço equivalente ao de um Fiat Mobi Like 0 km. Além disso, pode ser uma opção diferenciada às inúmeras unidades de Gol GTi espalhadas por aí, que já estão com valores inflacionados.
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Volkswagen Voyage Sport 1993 tinha 4,07 metros de comprimento
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Em se tratando de um sedã esportivo, hoje em dia, é árduo encontrar um exemplar em excelente estado como este achado. Vale frisar que no mercado do antigomobilismo, a bola da vez está sendo os Volkswagen quadrados de pouca tiragem, como este Sport.
“O carro foi adquirido 0 km em Porto Alegre, RS, que, depois, passou a um amigo nosso de Guarapuava, PR; em 2021 comprei dele e agora estamos vendendo para renovar a coleção”, relata o antigomobilista Wilson Cândido Júnior.
Volkswagen Voyage Sport 1993 tem 103 mil km registrados no hodômetro
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Com poucos donos nesses mais de 30 anos de história, o sedã da Volkswagen acumulou apenas 103 mil km. Segundo Júnior, tudo nele é original, exceto parte da pintura da carroceria. “O carro tem estrutura, parte interna e mecânica toda original; só foi pintado em volta dele, mantendo teto e tampa do porta-malas com a pintura de fábrica”, resume.
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A parte interna nos remete a um passado glorioso para a indústria automobilística nacional. Os bancos especiais da Recaro estão perfeitos. O painel com acabamento exclusivo espumado é completo e traz comandos do tipo satélite. Mas é desprovido de ar-condicionado, que era vendido como opcional. Em compensação, traz a assistência da direção hidráulica, vidros, travas e espelhos elétricos e o clássico rádio toca-fitas Volksline, que também era pedido à parte.
Volkswagen Voyage Sport 1993 traz acabamento em tecido nos bancos
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Conforme revelado por Wilson, o Voyaginho traz uma pegada esportiva e é muito prazeroso de guiar, com motor forte e câmbio com engates precisos e curtos como todo esportivo tem que ser. “Lembro-me bem da época, quando o comprei, fiz questão de buscá-lo pessoalmente numa viagem de volta de aproximadamente 250 km; é um carro honesto e muito gostoso de guiar”, revela.
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Volkswagen Voyage Sport: Gol GTS em traje de gala
O ano era 1993 quando o Voyage Sport virou realidade. Seu estilo elegante contrariava a vocação esportiva. O reforço vinha do motor carburado Alta Performance 1800S (AP-1800S), emprestado do Passat Pointer e do Gol GTS. No entanto, casou muito bem com a proposta inovadora do sedã.
Volkswagen Voyage Sport 1993 era equipado com motor 1.8 de 105 cv de potência
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O propulsor 1.8 foi o grande responsável pelo sucesso do Voyage Sport. Movido só a álcool, o sedã tinha um desempenho condizente com a proposta. Com 105 cv de potência e torque de 15,3 kgfm, o três-volumes de 945 kg ia de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos. A velocidade máxima declarada era de 171 km/h, números respeitáveis para a era dos quadradinhos.
Além do espírito esportivo, o modelo da Volkswagen também tinha seu lado descolado. As modernas rodas BBS de 14 polegadas estavam em sintonia com a tendência da época. As capas dos retrovisores e a parte inferior dos para-choques ganharam a mesma pintura da carroceria. Assim, optava-se pelo prata Lunar (a mesma do exemplar das fotos) ou pelo preto Universal.
A cor cinza prevalecia na cabine do Volkswagen Voyage Sport 1993
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Fora essas, a novidade para a linha de 1994 foi a cor cinza Spectrus. Ainda na parte externa, frisos largos com a palavra “Sport” estilizada, lanternas traseiras fumê e faróis de neblina completavam o kit esportivo. Curiosamente, o Voyage Sport foi o único a não trazer os faróis de milha, tendo em vista outros de estirpe, como o Gol GTS/GTI/Copa e a Parati Surf, lançada em 1995.
Por dentro, a série especial do clássico sedã se diferenciava das demais pelos já citados bancos esportivos da Recaro, volante e pomo do câmbio em couro, trio elétrico, carpete mais espesso no assoalho, entre outros pormenores.
Volkswagen Voyage saiu de linha em meados da década de 1990
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Com 4,07 metros de comprimento, o Voyage era 2,23 cm mais comprido que o primogênito Gol, o que dava bons 460 litros de porta-malas, ou 187 l a mais de capacidade do hatch. Já os 1,60 m de largura e 1,35 m de altura eram mantidos entre os carros originados da família BX, que também incluía Parati e Saveiro.
Com todas estas vantagens, o sedã compacto da Volkswagen aposentou-se em 1995 com pouco mais de 465 mil unidades vendidas. A sua volta ao mercado veio somente em 2008, mas aí já é uma outra história…
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