Achado usado: Ford Escort 2.0i XR3 SE é raro e mais barato que VW Gol GTi 

O Ford Escort XR3 tornou-se o sonho de consumo dos playboys dos anos 1980 e 1990, em especial a configuração conversível. Oferecida desde 1985, a charmosa carroceria derivada do hatch rapidamente tornou-se símbolo de status e sofisticação.
Ainda que contasse com sistema manual de abertura e fechamento, já trazia seus avanços, como o vigia traseiro com desembaçador.  Foi o primeiro carro brasileiro a contar com este recurso, diga-se de passagem. O projeto contava com a colaboração da Karmann Ghia do Brasil, que se responsabilizava por reforçar toda a parte estrutural do conversível.   
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Ford Escort XR3 Special Edition 75 trata-se de edição especial de aniversário
Divulgação L’art
O Escort 2.0i XR3 Special Edition 75 das fotos é de 1994 e faz parte de uma das 175 unidades produzidas em comemoração aos 75 anos de operação da Ford no país. Na época, a fabricante havia feito 75 exemplares, mas, com o sucesso repentino, acabou fazendo mais 100 carros. 
Mais refinado e custando menos que o GTi, assim é o XR3
De acordo com o anúncio da Lar’t, o raro colecionável da Ford está sendo oferecido por R$ 139 mil. O preço, ainda que divida opiniões, é um alento em meio à supervalorização dos Volkswagen Gol GTi, outro dos esportivos nacionais mais desejados. Só para efeito de comparação, avistamos alguns sendo “ofertados” a medianos R$ 200 mil.
Bancos em veludo da edição especial são da fabricante de assentos Recaro, os mesmos do modelo convencional
Divulgação L’art
O Ford XR3 especial está em ótimo estado de conservação e aponta 74 mil km no odômetro. Além disso, toda a parte da tapeçaria e capota ainda são originais de fábrica, algo muito raro em conversíveis. Aliás, esta foi a única configuração oferecida ao esportivo. A capota traz acionamento eletro-hidráulico e demora cerca de 10 segundos para abri-la ou fechá-la. 
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Esteticamente, a principal diferença no Special Edition 75 ocorria na única cor biton oferecida, preta e champagne. Fora isso, havia um discreto emblema com o nome da série especial. Internamente, os bancos em veludo da extinta Recaro são os mesmos do XR3 convencional, assim como o sistema de som com CD Player e equalizador digital.
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Escort XR3 com motor de Gol GTi, uma herança da Autolatina
O motor é um velho conhecido AP-2000 com injeção eletrônica multiponto LE-Jetronic oriunda da Volkswagen, graças à herança da joint-venture Autolatina, formada pela marca alemã com a Ford. Foi com este propulsor que o Gol GTi estreou em 1988.
Motor rende 116 cv e 17,7 kgfm de torque
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No Ford, a potência declarada era de 116 cv (4 cv a mais que no hatch da VW), enquanto que o torque final, 17,7 kgfm (contra 17,5 kgfm do rival), era despejado a partir das 3.200 rpm. Em sintonia com o câmbio manual de cinco marchas, em um teste de 1994 realizado pela revista Autoesporte, a velocidade final foi de 180,6 km/h com capota e 175 km/h sem.
O conversível é ofertado por R$ 139 mil e registra 74 mil km rodados
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Com isso, o equilíbrio entre desempenho e prazer dos cabelos aos ventos estava garantido. Que o diga o jornalista Bob Sharp, que testou em 1994 um XR3 conversível.
“Como está, acelera de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos, valor bom considerando o peso de praticamente 1.200 quilos. As trocas de marcha são fáceis e precisas (comando por cabos), porém o curso de engate poderia ser um pouco menor, como já observado em outros carros da mesma família, VW inclusive… Nas fortes chuvas que marcaram o verão brasileiro de 1994, não foi constatada a entrada de um filete d’água sequer no interior do veículo. O prazer de dirigir tendo o céu como teto não cessa nem no momento de baixar a capota, operação realizada facilmente. O ciclo dura apenas 10 segundos”. 
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Outro ponto bastante elogiado, ainda mais se tratando de conversíveis, foi a parte acústica bem caprichada.
Despedida do Escort 2.0i XR3
Ford Escort XR3 conversível e hatch saíram de linha em 1995
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Os últimos Ford Escort XR3 nas variantes hatch e conversível saíram da linha de produção de São Bernardo do Campo em 1995. No ano seguinte, com a produção vinda da Argentina, a versão Racer passou a ser a opção esportiva, porém sem a desejada capota retrátil. Era o fim dos tempos para um dos nacionais mais desejados para os dias ensolarados.
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