Achado usado: esta Volkswagen Brasília de pintura rara teve só 2 donos

Exemplar raro do ano 1974, com 91 mil km originais, parece 0 km e está à venda por R$ 75 mil A Volkswagen Brasília vem recebendo uma atenção especial dos potenciais colecionadores e apaixonados pelos “aircooleds” ultimamente. Sua história no Brasil começou em 1973 com a missão de substituir o velho Fusca, o que não aconteceu. Mas isso não impediu de ocupar o lugar entre os carros mais vendidos do Brasil na década de 1970.
Embora o besouro ainda fosse sucesso de vendas, a Brasília reforçaria a briga contra os rivais, como o Chevrolet Chevette, que também havia acabado de ser lançado. Outro motivo de orgulho para ela é que, junto do esportivo VW SP2, foi um dos primeiros veículos projetados fora da matriz alemã, ambos assinados pelo designer Márcio Piancastelli.
Volkswagen Brasilia 1974 aponta 91 mil quilômetros rodados no odômetro
GG World Premium Classic Cars
Esta rara Volkswagen Brasilia 1974 na cor marrom Caravela é um dos achados usados de Autoesporte que melhor representam a história. Com somente dois donos nestes mais de 50 anos de fabricação, e alegados 91 mil km originais, o exemplar está à venda pela GG World Premium Classic Cars à venda por R$ 75 mil.
O hatchback da Volkswagen, segundo o dono da loja, Alex Fabiano, só recebeu um banho de tinta e, tirando as rodas do VW SP2, tudo nela é original. Por dentro, é impressionante o estado dos bancos e forrações de porta, sem marcas ou manchas. O tabelier também mantém à risca a perfeita apresentação.
Volkswagen Brasilia 1974 tem acabamento em couro nos bancos e painel
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O painel de instrumentos é simples e reúne apenas o velocímetro com odômetro total e marcador do nível de combustível. Mais ao centro, nota-se que o nicho onde cabe um rádio foi preservado sem ter sido furado em todos esses anos.
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Sucesso de vendas
A VW Brasilia foi fabricada por quase 10 anos ininterruptos — entre junho de 1973 e março de 1982 — tornando um sucesso de vendas com mais de 1 milhão de unidades produzidas. Não fosse a decisão de tirá-la de circulação, os números poderiam ter sido melhores.
No comprimento, Volkswagen Brasilia 1974 é 17 centímetros menor que o Fusca
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A atitude, inclusive, gerou controvérsia, visto que o Fusca era um projeto mais antigo e, portanto, também cotado para ser descontinuado. O lançamento do Volkswagen Gol, em 1980, foi uma das razões do encerramento da história da Brasilia em nosso mercado.
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Primeira impressão de Autoesporte: “Parece um minicarro europeu”
A Brasília, apesar de ter 17 centímetros a menos de comprimento do que o Fusca, possui o espaço interno muito mais bem aproveitado. Durante o seu lançamento, Autoesporte reforçou, na edição de junho de 1973, que, embora parecesse uma Variant encurtada, ela tinha sua própria personalidade.
Volkswagen Brasilia 1974 é equipado com motor 1600
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“De fato, tanto o pessoal do Estilo como o da Mecânica fez um número de alterações tão grandes (em relação ao VWs 1600 atuais) que se pode afirmar, sem exagero, que o VW Brasilia é realmente um novo veículo. Embora lembre uma pequena Variant, principalmente quando é visto de frente, o VW Brasilia tem lateralmente semelhanças com minicarros europeus, entre eles, o Mini Cooper e o Fiat 127”.
Volkswagen Brasilia 1974 é pintada na cor marro Caravela
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O espaço também foi muito elogiado, graças ao motor 1.6 refrigerado a ar de ventoinha vertical emprestado do VW 1600 quatro-portas, e não o chamado “motor chato” que equipava a Variant e o TL. Com essa configuração, permitiu-se que os engenheiros pudessem posicionar o banco traseiro mais próximo do conjunto mecânico, ancorado na traseira.
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Motor 1600 carburado a ar de 60 cv
As primeiras unidades da Brasilia vinham com o motor 1600 refrigerado a ar alimentado por um carburador (Solex 30) que fornecia potência de 60 cv, transmitida às rodas traseiras. De acordo com os testes da Autoesporte, a perua registrou, em sua melhor passagem, a velocidade máxima de 134,328 km/h, superior aos 130 km/h indicados pela fabricante.
Volkswagen Brasilia 1974 oferta 60 cv de potência
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Na prova de aceleração, o modelo da Volkswagen fez de 0 a 100 km/h em 15 segundos, destacando que ela teve a melhor marca entre todos os VW 1600 da época.
No consumo, a Brasília também foi satisfatória e dentro dos padrões da fabricante alemã, de acordo com a publicação: 10,8 km/l rodando a dois terços da velocidade máxima na estrada, com 320 kg de carga. Na cidade, com o mesmo lastro, o consumo médio ficou em 8 km/l usando “gasolina amarela”, a gasolina comum da época.
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