Produção de veículos cresce 5,4% no Brasil em 2022, mas Copa do Mundo atrapalha o final do ano

Fábricas do país montaram menos veículos em dezembro do que em novembro e dezembro de 2021 A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil cresceu 5,4% em 2022, na comparação com 2021. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6), pela Anfavea, (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). No total, foram fabricados 2,37 milhões de veículos no ano passado, contra 2,24 milhões em 2021.
No início de 2022, a entidade esperava que a produção crescesse 9,4%, chegando a 2,46 milhões de unidades. Porém, o resultado ficou abaixo do esperado.
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Considerando apenas o mês de dezembro, a produção caiu 9,2% em relação ao mesmo período de 2021. Foram 191,5 mil veículos produzidos no último mês de 2022, ante 210,9 unidades de 2021. Dezembro também ficou 11,3% abaixo de novembro, mês em que produção atingiu 215,8 mil.
Essas quedas foram impulsionadas por dois motivos principais, segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
“Em dezembro houve queda porque em 2021 não houve férias coletivas. Isso porque o ano foi marcado pela crise de semicondutores e a situação normalizou no final do ano, por isso a produção aumentou. Outro fator que atrapalhou bastante foi a Copa do Mundo”, afirma.
Exportações
Exportações cresceram em 2022
Divulgação
Do total de veículos produzidos em 2022, 481 mil foram exportados, número 27,8% acima dos 376 mil de 2021. Este é o melhor resultado desde 2019. O número poderia ser maior por conta da Argentina, que perde cada vez mais relevância, segundo a Anfavea. Os destaque foram para México, Colômbia e Chile.
Entre janeiro e novembro de 2021, a Argentina representava 35% das exportações, com 132 mil unidades. Em 2022, neste mesmo período, a fatia dos “hermanos” caiu para 29%, mesmo aumentando o número de veículos enviados para 139 mil.
Para o México, por exemplo, o salto foi de 68 mil para 86 mil no período, representando 18% das exportações atualmente. A Colômbia (15%) foi de 56 mil para 77 mil, e Chile (12%) foi de 38 mil para 57 mil.
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