Citroën Aircross XTR: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O Citroën Aircross trouxe mudanças importantes na linha 2026. O SUV , por exemplo, abandonou o prenome C3 e corrigiu um item polêmico: a posição dos comandos dos vidros traseiros. Indo mais além, o utilitário teve seu portfólio reduzido, o que não impediu a marca de adicionar uma versão aventureira, a XTR, posicionada agora como topo de linha da gama.
Com as mudanças, o Aircross passa a ser ofertado em quatro configurações, sendo apenas uma com cinco lugares e as demais com capacidade para sete pessoas. Os preços vão de R$ 118.800 a R$ 129.990, valor da configuração mais cara testada por Autoesporte. Por isso, separamos cinco razões que justificam a compra do Aircross XTR e outras cinco que fazem o consumidor pensar duas vezes. Confira!
5 razões para comprar o Citroën Aircross XTR
1. Nova posição dos comandos dos vidros
Comandos dos vidros dianteiros e traseiros foram realocados no Citroën Aircross 2026
Jady Peroni/Autoesporte
Era impossível iniciar a lista sem mencionar a correção na posição dos comandos dos vidros traseiros. Na linha 2026, eles passam a ser posicionados na porta do motorista e nas respectivas portas traseiras, da maneira mais comum. Essa mudança, vale dizer, resolveu um dos principais pontos de crítica dos consumidores em relação ao SUV compacto.
Para quem não lembra, antes, havia apenas um par de botões para comandar os vidros traseiros, localizados no console central, o que dificultava a vida diária dos passageiros. Primeiro porque o acionamento não era nada intuitivo e, segundo, o acesso era distante, ainda mais pensando em pessoas com mobilidade reduzida. O condutor, inclusive, também tinha dificuldade de acessar os botões, já que precisava desviar o olhar e até se contorcer para acionar a função. Portanto, foi a resolução de um problema.
2. Bom conjunto mecânico
Citroën Aircross XTR 2026 traz motor 1.0 turbo flex, o mesmo de toda a gama
Jady Peroni/Autoesporte
Todas as versões do Citroën Aircross são equipadas com o motor 1.0 turbo flex de até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. O conjunto, aliado ao câmbio automático do tipo CVT com sete marchas simuladas, rende um bom desempenho ao volante.
A direção do SUV é agradável e a mecânica traz boas respostas de aceleração e retomadas, o que se comprova no 0 a 100 km/h feito em 9,5 segundos quando abastecido com etanol, de acordo com os dados da marca.
Lembrando que o consumo fica em 11,2 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina e 7,9 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada com etanol, segundo dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro.
3. Espaço de sobra
Acesso à segunda fileira do Citroën Aircross é feita de maneira muito simples
Jady Peroni/Autoesporte
Um dos pontos de grande destaque do Aircross é o espaço interno. O SUV compacto tem 4,32 metros de comprimento, 1,72 m de largura, 1,65 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. Essas medidas proporcionam um amplo espaço na cabine, oferecendo uma área confortável para as pernas do condutor e para cabeça e joelho dos passageiros traseiros.
De fato, a terceira fileira de bancos será mais confortável para crianças, já que um adulto de estatura média fica com as pernas muito elevadas. Porém, num todo, o espaço é agradável. Por fim, em todas as configurações com sete assentos, o porta-malas tem 398 litros com a terceira coluna rebatida e 50 litros com todas levantadas. Continua sendo inferior ao da principal rival, a Chevrolet Spin, com seus 533 litros, mas ainda sim é uma boa capacidade para um carro da categoria.
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4. Bancos removíveis
No Citroën Aircross 2026, a última fileira de bancos pode ser removida, o que ajuda no espaço
Jady Peroni/Autoesporte
Um detalhe que reforça a praticidade do Aircross é a possibilidade de remover a terceira fileira de assentos, sendo o único modelo do segmento a oferecer tal solução. Isso porque, removendo os bancos, que são separados, sobra muito espaço no porta-malas. É uma solução prática, ainda mais que cada banco pesa em média 8 kg, o que não é muito. A operação para retirar e colocar também é muito simples.
5. Posição de dirigir
Citroën Aircross XTR 2026 tem boa posição de dirigir
Jady Peroni/Autoesporte
Tem quem não goste, mas a posição de dirigir elevada agrada grande parte dos motoristas. E essa é uma característica que o Citroën Aircross oferece, de um modo que você vê bastante do capô e proporciona melhor visibilidade. Os bancos são confortáveis e senti um bom encaixe da coluna, o que resultou em uma experiência na direção mais agradável.
5 razões para pensar bem
1. Falta recursos de segurança
Citroën Aircross XTR 2026 traz emblemas e adesivos indicando a versão
Jady Peroni/Autoesporte
O Citroën Aircross é até bem equipado, mas deixa a desejar nos recursos de segurança por priorizar na economia de preço, sobretudo quando comparamos com a Spin, que vem com uma lista de recursos mais completa em suas versões mais caras.
De fato, o SUV da marca francesa é mais barato e tem itens como sensor de estacionamento traseiro, assistente de partida em rampa e monitoramento de pressão dos pneus. No entanto, faltam recursos de assistência como frenagem de emergência, assistente de saída de faixa e controle de velocidade adaptativo. Fora que são quatro airbags, contra seis da minivan.
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2. Custo-benefício da versão XTR
Citroën Aircross XTR 2026 traz soleira com o nome da configuração
Jady Peroni/Autoesporte
A configuração XTR traz a pegada aventureira com detalhes de design. Há, por exemplo, o emblema com o nome da versão na traseira, bancos dianteiros e soleira, bem como pedaleiras cromadas e detalhes em verde na cabine, como nas costuras. Além disso, também adiciona pneus 215/60 de uso misto.
Em um aspecto geral, os itens agregam pouco no conteúdo geral, principalmente por custar R$ 3 mil extras em relação a Shine (R$ 126.990), que é posicionada abaixo e tão bem equipada quanto, apenas com detalhes de design diferentes. Portanto, falando em custo-benefício, o Aircross XTR pode não ser tão vantajoso no portfólio.
3. Isolamento acústico
Citroën Aircross XTR 2026 passou por uma melhora no acabamento da cabine, mas ainda tem encaixes soltos
Jady Peroni/Autoesporte
Um dos detalhes que incomoda no SUV de sete lugares é o isolamento acústico. O modelo até tem uma manta no capô, mas o carro em si é barulhento. Durante a direção, é possível ouvir muito ruídos externos e o rolamento dos pneus na cabine. Até mesmo o som do motor entra com muita frequência.
Outra questão é a ventoinha que, após o carro ficar um tempo ligado e imóvel, começa a fazer um barulho muito alto. Essa questão, particularmente, é uma das que mais atrapalha na experiência. Deixo aqui, no entanto, a confirmação de que sim, o acabamento geral do carro melhorou, mas ainda sim tem peças mal encaixadas, o que também resulta em mais barulhos.
4. Faróis halógenos
Citroën Aircross XTR 2026 não vem equipado com faróis de LED, apenas o DRL
Jady Peroni/Autoesporte
A falta de faróis de LED no modelo da Citroën também é um ponto sensível e que não foi alterado na linha 2026. O SUV continua com os faróis halógenos, mesmo que as versões mais caras ofereçam os o DRL com LED. A versão indiana da Aircross, por exemplo, já vem com o equipamento de série, que é mais eficiente e também ajuda na visibilidade. É uma falta.
5. Suspensão mole demais
Citroën Aircross XTR 2026 – lateral estática
Jady Peroni/Autoesporte
Por fim, mas não menos importante: a suspensão. Como falamos, a versão XTR foca no apelo visual, portanto, não há qualquer mudança nos amortecedores ou suspensão do veículo. Apesar do conjunto (McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira) absorver bem os impactos, é muito molenga, o que compromete na estabilidade, principalmente, quando o carro está em alta velocidade. Durante um trajeto de estrada de São Paulo à Peruíbe (litoral sul), senti que ele não é estável nas curvas e balança bastante.
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