Volkswagen Polo Highline: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem
Quem achou que o Volkswagen Tera mataria o Polo se enganou. O hatch continua vendendo muito bem, obrigado. Mesmo com mais de 60% das unidades emplacadas destinadas a vendas diretas e uma linha mais enxuta, o modelo agrada quem busca um carro compacto, bom de dirigir e com espaço interno acima da média.
Autoesporte avaliou a versão topo de linha, Highline, de R$ 134.490, e mostra a seguir cinco razões para comprar o hatch e cinco motivos para pensar bem antes de fechar negócio.
5 motivos para comprar o Volkswagen Polo Highline
1) É completão!
Volkswagen Polo Highline tem bancos revestidos em couro, partida por botão e painel digital
Divulgação
O Polo Highline até destoa das demais versões pelo nível de itens de conforto. Há sensor de chuva, painel digital, faróis de LED com acendimento automático, ar-condicionado digital, acesso por meio de chave presencial, partida por botão, carregador de celular por indução, câmera de ré e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
2) Anda muito bem
Motor 1.0 TSI do Polo entrega até 116 cv
Renato Durães/Autoesporte
Mesmo tendo perdido potência na reestilização de 2023, o Polo ainda se destaca por ser um dos hatches com melhor dirigibilidade do segmento. Tudo isso é fruto de um acerto de suspensão mais firme e uma direção bastante direta.
Nos números, o Polo Highline entrega 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque vindos do motor 1.0 TSI de três cilindros em linha. O câmbio é automático de seis marchas. A Volkswagen diz que o hatch vai de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos, com velocidade máxima de 192 km/h.
3) Ergonomia
Volkswagen Play tem ótimo funcionamento
Divulgação
Carros da Volkswagen costumam ter ergonomia impecável, mesmo em diferentes faixas de preço. Com o Polo não é diferente. Até na versão Track, que sequer tem regulagem de altura da coluna de direção, o motorista encontra posição facilmente. Na Highline, dotada de direção ajustável em altura e profundidade, isso fica ainda mais evidente.
Fora isso, comandos estão sempre ao alcance das mãos e a posição de dirigir é bastante correta. Além disso, a central multimídia VW Play, com tela de 10,1 polegadas apresenta visual moderno e é fácil de operar.
4) Maior que os concorrentes diretos
A atual geração do Polo tem quase uma década. Ainda assim, segue entre os mais espaçosos do segmento. Com 4,07 m de comprimento e 2,57 m de entre-eixos, supera os concorrentes já citados acima: HB20, Argo, 208 e Onix. O entre-eixos é tão bom que foi replicado no Nivus e no Tera, por exemplo.
Porta-malas do Volkswagen Polo acomoda bons 300 litros
André Paixão/Autoesporte
Fora isso, o porta-malas de 300 litros pode não impressionar, mas também está acima da média do segmento. Muitos dos concorrentes sequer chegam aos 250 litros, por exemplo.
5) Pós-venda
Além de ter à disposição a ampla rede de concessionárias Volkswagen, com cerca de 500 pontos espalhados pelo Brasil, o dono de Polo se garante com preços de revisões, peças e seguro mais camaradas que vários concorrentes.
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No Superguia Qual Comprar 2025, de Autoesporte, o Polo apresentou desvalorização de 8,3%, abaixo de Hyundai HB20 (10,6%) e Chevrolet Onix (13,3%), dois dos maiores concorrentes. Já a cesta de peças, orçada em R$ 7.704, é mais em conta que a do próprio Onix, além de Fiat Argo, Peugeot 208 e Honda City. Por último, a média do seguro está na casa dos R$ 2 mil.
5 razões para pensar bem antes de comprar o Volkswagen Polo Highline
1) Atraso no acelerador
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A culpa aqui nem é totalmente da Volkswagen. Com a fase 8 do Proconve, as fabricantes tiveram que deixar os veículos mais “mansos” para atender à legislação de poluentes mais rígida. Em muitos casos, a solução foi um remapeamento, mudando o comportamento na aceleração dos modelos.
É exatamente o caso do Polo (e também de Virtus, Nivus e Tera). Com isso, existe um certo atraso entre a pressão no pedal do acelerador e a resposta do motor. Esse intervalo varia de acordo com o modelo, mas o hatch é um dos que mais sofreram com a mudança.
2) Acabamento e ruídos internos
Acabamento é um dos pontos fracos do Volkswagen Polo
Fábio Aro
Mesmo na versão mais cara, o acabamento do Polo Highline deixa a desejar. O painel, predominantemente de plástico rígido, ainda apresenta ruídos com o tempo, especialmente em pisos irregulares, um ponto de crítica entre os proprietários.
Com um bom tempo de mercado, o visual da cabine também começa a parecer defasado, principalmente diante de concorrentes mais modernos e até de modelos chineses eletrificados que ocupam a mesma faixa de preço.
3) Itens de segurança
Volkswagen Polo tem freios a tambor na traseira desde a reestilização
Fabio Aro/Autoesporte
O Polo oferece, além dos equipamentos de segurança obrigatórios por lei, airbags laterais. Na reestilização de 2023, também trocou os sofisticados freios a disco na traseira por tambores, ainda que a solução seja eficiente para uso diário de um hatch compacto.
No entanto, com a evolução do mercado, um modelo de quase R$ 135 mil já deveria ao menos oferecer alguns recursos avançados, como frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa ou de ponto cego. Veremos mais adiante que há, inclusive, um bom exemplo dividindo showroom com o Polo.
4) Existe o Tera
Volkswagen Tera se sobrepõe ao Polo em algumas versões
Autoesporte/Murilo Goes
Os R$ 134.490 cobrados pelo Polo Highline o colocam em uma faixa que se aproxima ou se sobrepõe a versões de entrada de SUVs compactos, como o próprio Tera ou concorrentes diretos (e indiretos), como Renault Kardian e Fiat Pulse.
Para o consumidor que busca altura do solo e o visual “aventureiro” de um SUV, o Highline pode parecer caro demais para um hatchback.
5) Vai ter futuro?
Volkswagen ID. Polo antecipa a próxima geração do hatch
Divulgação/Volkswagen
O que nos leva ao último ponto da lista. O Polo vai ter um futuro longevo? Na Europa, pelo menos, a Volkswagen já adiantou que o modelo terá uma nova geração com versão elétrica, chamada de ID.Polo. Com a desaceleração dos modelos movidos apenas a bateria, é possível que surjam variantes híbridas.
Para o Brasil, sabemos que o plano de R$ 20 bilhões até 2028 prevê novas gerações de T-Cross e Nivus, além de reestilizações do próprio Tera, uma picape intermediária, a nova Amarok e reestilização de alguns modelos atuais. Mas, até agora, não há notícias de que o Polo usará parte do montante.
Ou seja, uma nova geração deve aparecer apenas em um ciclo futuro de investimentos. Até lá, o hatch segue em linha sem grandes mudanças.
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