Ford Ranger híbrida será flex e terá quase 400 cv no Brasil
A Ford anunciou há algumas semanas um investimento de quase R$ 1 bilhão (US$ 170 milhões) para produzir uma configuração híbrida plug-in (PHEV) da Ranger na Argentina a partir de 2027. Obviamente, a variante eletrificada da picape média já está confirmada para o Brasil, e com algumas boas surpresas.
Martin Galdeano, presidente da Ford na América do Sul, confirmou em conversa com jornalistas, durante o lançamento da nova Maverick Hybrid no mercado brasileiro, que a Ranger PHEV a ser lançada no Brasil em 2027 será híbrida flex. “O desenvolvimento foi feito pelo time de engenharia brasileiro e já está em estágio avançado”, comentou.
Vale lembrar que, apesar de ter fechado suas fábricas no Brasil alguns anos atrás, a Ford mantém em operação na cidade de Camaçari (BA) um centro de pesquisa e desenvolvimento, usado para projetos de todo o mundo. Lá, segundo Galdeano, está sendo preparada uma especificação da nova Ranger híbrida plug-in dedicada ao nosso país.
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Ford Ranger PHEV na Europa tem 279 cv e baterias de 11,8 kWh. Aqui, números serão bem maiores
Divulgação
O executivo não deu mais detalhes do projeto, mas Autoesporte pode afirmar que a Ranger híbrida flex vendida no Brasil será a mais potente do mundo. Na Europa, a configuração PHEV da picape tem 279 cv de potência e 69,3 kgfm de torque combinados, sendo 188 cv gerados pelo motor 2.3 EcoBoost turbo de ciclo Miller — o mesmo do SUV Everest — e 102 cv por um motor elétrico.
Fontes afirmam que a variante sul-americana será “muito” mais potente, em proporção próxima ao que acontece com a esportiva Ranger Raptor, detentora do prêmio de Picape Premium do Ano 2025. No mercado brasileiro, a Raptor possui 397 cv, enquanto no europeu são 288 cv, uma diferença substancial de 109 cv.
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A explicação para isso está em uma maior flexibilidade quanto às normas de emissões brasileiras. Assim, podemos esperar uma Ranger PHEV flex com quase 400 cv à venda no Brasil a partir de 2027. Na Argentina, apesar de a calibração do conjunto ser parecida, a potência final ficará um pouco menor com gasolina do que o pico do mesmo trem de força no Brasil com etanol.
Para chegar a números tão superlativos, similares aos 437 cv de uma BYD Shark, a fabricante americana deve adotar uma motorização elétrica mais robusta na Ranger PHEV sul-americana, além de um conjunto de baterias maior do que os atuais 11,8 kWh oferecidos em mercados estrangeiros. Por lá, a autonomia elétrica fica em 43 km segundo o ciclo WLTP.
Ford Ranger PHEV vendida na Europa
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O câmbio automático de dez marchas deve ser mantido, assim como a tração 4×4, chamada e-4WD. Esta é formada por uma caixa de transferência de alcance duplo e bloqueio do diferencial traseiro. Tal qual as versões a diesel, a capacidade de carga deve ser mantida na casa de 1 tonelada e a de reboque, em 3,5 toneladas.
Em mercados como a Austrália, a Ranger PHEV é oferecida em quatro versões: XLT, Sport, Wildtrak e Stormtrak. Ainda não há qualquer definição sobre qual delas (e se mais de uma) serão comercializadas. A produção será em General Pacheco (Argentina), junto das versões a diesel da picape média.
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