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Como sede da Mazda foi salva da bomba atômica em Hiroshima há 80 anos

06/08/2025
Como sede da Mazda foi salva da bomba atômica em Hiroshima há 80 anos


Muitas das montadoras que sobreviveram até hoje já passaram por diversos perrengues em suas longas histórias e por pouco não fecharam as portas, na maioria das vezes por problemas financeiros. Mas nada se compara ao que passou a japonesa Mazda: simplesmente a fabricante dos icônicos Miata e RX-7 com motor Wankel escapou por um detalhe de ser varrida do mapa pela bomba atômica lançada em Hiroshima (Japão), em 6 de agosto de 1945 — há exatos 80 anos.
Desde sua fundação, em 1920, a Mazda está sediada em Hiroshima, a 800 quilômetros de Tóquio. A cidade foi justamente a primeira da história a ser bombardeada por uma bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos em 6 de agosto de 1945. O poderio bélico demonstrado ali fez o Japão se render, colocando um fim à Segunda Guerra Mundial.
Vista aérea atual das fábricas da Mazda em Hiroshima (em destaque); em verde o morro que ajudou a salvar a empresa da bomba atômica
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
O impacto da bomba em Hiroshima destruiu tudo o que se encontrava em um diâmetro de 3,5 quilômetros a partir do ponto em que a bomba foi detonada, bem acima do centro da cidade. Mas a fábrica da Mazda sobreviveu por duas razões: a primeira, por estar um pouco além deste limite, e a segunda, por ficar bem atrás de um morro, que absorveu a maior parte do choque causado pela explosão e serviu como uma espécie de anteparo.
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Mais sorte ainda teve o fundador e presidente da Mazda, Jujiro Matsuda. O dia em que bomba caiu coincidiu com seu aniversário, no qual ele nutria uma curiosa tradição: cortar o cabelo logo cedo. O barbeiro ficava muito próximo do epicentro da explosão, que ocorreu às 8h15 da manhã. Mas ele chegou ao barbeiro às 7h30 e saiu às 8h00. Quando a bomba atômica explodiu ele já estava fora da área mais atingida, mas a onda de choque fez seu carro decolar em plena via. Matsuda foi arremessado para fora do veículo e se machucou, mas sem gravidade. Assim, ele sobreviveu.
O prédio que abriga a sede mundial da Mazda em Hiroshima, no Japão, atualmente
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
Justamente por ser um dos poucos edifícios que permaneceram quase sem danos a fábrica da Mazda funcionou então como hospital, centro de abrigo aos sobreviventes e até como sede da prefeitura. Além disso a Mazda participou ativamente do processo de reconstrução da cidade, que levou muitos e muitos anos.
Nesta época, aliás, a Mazda ainda não produzia automóveis mas sim triciclos motorizados de carga. Seu primeiro veículo de quatro rodas foi um caminhãozinho em 1958, enquanto o primeiro automóvel veio em 1960, ainda que fosse um minicarro tipo Romi-Isetta.
Os primeiros veículos produzidos pela Mazda eram triciclos próprios para pequenas cargas
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
A origem da Mazda, aliás, é igualmente curiosa: a empresa nasceu como fabricante de produtos de cortiça, particularmente rolhas. Ela se chamava então Toyo Cork Kogyo Company. Passou depois a produzir as próprias máquinas para fazer suas rolhas e, depois, pequenos veículos para transportá-las. O nome Mazda foi adotado em 1931 e é uma referência a Ahura Mazda, um deus da antiga mitologia persa.
O museu da Mazda também fica em Hiroshima; em destaque o mítico RX-7
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
Em seu site internacional a Mazda recorda, ainda que discretamente, sua origem. Afirma que “o desafio e aventura que envolvem o desenvolvimento dos modelos da Mazda têm suas raízes na herança de Hiroshima, nossa casa no Japão. Como a lendária fênix, Hiroshima ressuscitou das cinzas da destruição nuclear. Recusando-se a parar de sonhar com um futuro melhor, as pessoas da região superaram repetidamente desafios assustadores. O espírito de coragem e determinação que sustentou a reconstrução bem-sucedida de Hiroshima continua a ser uma inspiração para nós”.
Talvez não por coincidência hoje em dia a Mazda é uma das pouquíssimas montadoras globais que não fazem parte de um conglomerado maior. De 1974 a 2015 ela manteve uma forte cooperação com a Ford, que chegou a ter um terço da companhia japonesa. Hoje, porém, a Mazda é independente.
Linha de montagem da fábrica da Mazda em Hiroshima hoje, onde é produzido o modelo CX-30
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
No ano passado a Mazda produziu 1,2 milhão de unidades, sendo 750 mil no Japão – as duas maiores fábricas, além da sede mundial, estão em Hiroshima. Sozinha, a Mazda atualmente responde por um terço do PIB da cidade. Além disso batiza o principal estádio do município, de um time de beisebol, e patrocina o Sanfrecce Hiroshima, time de futebol que joga na primeira divisão do campeonato japonês. A montadora ainda construiu um hospital para a cidade.
Em Hiroshima, a Mazda mantém também um enorme campo de provas e o seu museu, que guarda toda a história da empresa e de seus veículos. Ele está localizado no mesmo complexo da fábrica original da Mazda – aquela que nem mesmo uma bomba atômica foi capaz de destruir.
Em Hiroshima há ainda um grande campo de provas da Mazda
Foto: Divulgação/Mazda/Acervo MIAU
*Matéria publicada originalmente em 15 de abril de 2021
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