6 dicas preciosas para escolher o primeiro carro usado sem se arrepender

A tarefa de comprar o primeiro carro não é das mais simples, ainda mais quando se trata de um modelo usado, alternativa comum a muitos brasileiros que não podem desembolsar R$ 80.000 para adquirir um carro zero km de entrada. Portanto, neste artigo listamos algumas dicas de como escolher o primeiro carro usado sem se arrepender, evitando dores de cabeça logo após fechar negócio.
Neste cenário, é fundamental ter muita atenção aos detalhes, pois a frota brasileira está envelhecida e, perdão pela repetição, os velhos golpes continuam. No entanto, se você seguir os passos corretos conseguirá comprar um primeiro carro que entrega o que precisa no dia a dia e dotado de vida útil longa. Ao longo do texto, há exemplos de modelos com anúncios no Mercado Livre.
Em tese, o primeiro veículo é aquele com o qual o motorista ganhará experiência ao volante e acumulará rodagem para, em um segundo momento, dar o próximo passo. Sendo assim, é essencial que este carro seja um modelo mais básico, de manutenção simples e com peças disponíveis com facilidade no mercado. Afinal, será o companheiro de todas as horas.
Veja, abaixo, seis passos para acertar em cheio na escolha do seu carro usado de estreia.
1. Faça um test drive do carro usado
Chevrolet Celta é um modelo clássico que funciona muito bem como primeiro carro
Divulgação/Chevrolet
Após encontrar o carro usado que deseja, chega o momento de ver o veículo de perto. É necessário fazer um test drive antes de efetuar a compra, pois é a forma de conhecer a máquina na prática, sentir como é sua posição de dirigir, conforto — além das respostas do motor (aceleração, retomada) e como o câmbio funciona (engates mais macios ou mais firmes em transmissão manual; ou se dá trancos em modelos automáticos). É o momento em que você decide se o carro faz ou não sentido para suas necessidades.
No geral, fique atento a barulhos estranhos e aproveite para testar todas as funções do carro: suba e desça os vidros elétricos, acenda os faróis e faróis de neblina, ligue o rádio ou central multimídia, gire o volante de batente a batente (fique ligado em estalos), ligue e desligue o ar-condicionado e engate a marcha a ré para testar sensores e câmera, se houver.
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2. Observe a integridade da carroceria
Fiat Uno Mille
Divulgação/Fiat
Outro momento importante é o de conferir a carroceria do carro. Caso não tenha um especialista para te acompanhar, se atente ao alinhamento de portas e porta-malas (abra e feche-os para checar se não há rangidos), bem como o alinhamento de grade dianteira, para-choques e lanternas.
Desse modo, você minimiza o risco de adquirir um carro que tenha sofrido alguma colisão mais severa. Vale ainda levantar tapetes da cabine e do porta-malas para checar possíveis infiltrações de água ou até mesmo marcas de soldas fora do padrão.
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3. Mecânico de confiança
Ter um mecânico de confiança é essencial antes de fechar a compra do seu primeiro carro. É este profissional que poderá evitar que você entre em uma furada. Caso não tenha um profissional do tipo, aceite sugestões de familiares ou amigos.
O mecânico será capaz de constatar se um carro está em mau estado, seja por um ruído específico no motor, vazamentos ou até mesmo pela cor da fumaça do escapamento (fumaça azul, por exemplo, indica motor queimando óleo). Desconfie de motor limpo, pois pode indicar um carro “maquiado”, que não revela possíveis vazamentos de óleo numa tampa de válvulas ou no cabeçote.
4. Histórico do carro
Ter o manual de manutenção do carro em mãos é uma forma de saber um pouco do histórico de cuidado do veículo por meio dos típicos carimbos das revisões programas em concessionárias – geralmente até 60.000 km nos veículos mais antigos.
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No entanto, isso não garante um modelo bem cuidado. Vale também buscar o histórico do carro em plataformas na internet, que revelam detalhes como restrições judiciais, de roubo e furto e administrativa, histórico de leilão e recalls. Informam também se o veículo foi apreendido ou se há débitos ou multas.
5. Carro de entrada
Optar por um carro mais básico é uma boa escolha no momento de comprar o primeiro carro usado. Nesse cenário, se enquadram bem os hatches compactos, modelos com motorização 1.0 aspirada e que tiveram volume de vendas expressivo.
Na prática, são modelos com manutenção simples e com ampla disponibilidade de peças, robustos e capazes de aguentar muito “desaforo” — algo muito bem-vindo para motoristas com carteira de habilitação (CNH) recém-tirada.
Toyota Etios é boa opção de primeiro carro usado
Divulgação/Toyota
Vale destacar, primeiramente, o Chevrolet Celta, modelo compacto e com pouco espaço interno, mas que tem em seus últimos anos um motor 1.0 flex de até 78 cv valente e que rende bastante agilidade, principalmente por conta do seu câmbio de escalonamento mais curto.
Também se encaixa nesse perfil o Fiat Uno, que traz versões com motor 1.0 Firefly flex de até 77 cv nas opções mais recentes, mas com um pouco mais de espaço e suspensão mais macia. Caso o orçamento seja mais curto, o famoso Uno Mille quadrado não faz feio com seu robusto (e econômico) 1.0 Fire, embora seja mais espartano.
Fiat Uno pode ser alternativa em todas as suas “encarnações”
Fiat/Divulgação
Para quem aprecia uma dirigibilidade mais afiada, o Volkswagen Gol entra nessa lista sem abrir mão da robustez e da facilidade em encontrar peças já destacada por aqui. Tem suspensão mais firme e calibrada para melhor comportamento em curvas e conta com versões dotadas com motores flex 1.0 e 1.6 em sua fase final de vida, cuja potência varia entre 84 cv e 104 cv, respectivamente.
Outra grande alternativa é o Toyota Etios com motor 1.3 flex de até 98 cv e 13,1 kgfm de torque. É o único modelo de entrada aqui que pode contar com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades. Apesar das dimensões, é o modelo mais espaçoso dos três, além de contar com a confiabilidade da marca japonesa – o que reflete no maior valor de revenda.
6. Não tenha pressa
Não escolha o primeiro modelo: pesquisa é essencial
Volkswagen/Divulgação
A pressa é inimiga da perfeição e também de um bom negócio para um carro usado. É comum se empolgar na fase de pesquisa de anúncios, mas sempre vale olhar com cuidado e não comprar o primeiro carro que for conhecer pessoalmente.
Situações como “não vou achar outro igual a esse” ou “é uma oportunidade que não posso deixar passar” podem levar a uma compra precipitada. Pesquisar várias opções, até encontrar a que mais se encaixa ao seu gosto e necessidade, é primordial para fazer uma compra assertiva.
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